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Palavra do leitor

Nuvens cinza, céu azul

Sobrevivemos no tempo da máxima informação e do pouco conhecimento. A população que tem acesso digital é bem servida e pode escolher a notícia que deseja, enquanto quem só dispõe do rádio e da TV aberta recebe noticia condicionada à grade das suas emissoras. A internet escancara o mundo, mas favorece a libertinagem, onde se presume poder falar o que quer ou flagrar e filmar o que bem entender. Internautas ávidos e tendenciosos se escondem num avatar e alardeiam todo o tipo de sofisma. O velho jornal de papel (e revistas) se tornou antiecológico. Contudo, mesmo que o jornalismo isento continue raro e acessível a poucos, o conhecimento sempre será o árbitro.

O estimulante é saber da possiblidade de quem busca a informação estar munido do desejo de peneirar as tendências, pois quase tudo sempre é orientado. Enquanto as TVs líderes em audiência anunciaram a prisão do Garotinho, com todo requinte da terminologia jornalística e criminal (será porque o apreendido é um evangélico?), a emissora do bispo noticiou através de um pequeno enfoque. O mesmo ocorreu no outro dia, com a prisão do Cabral. Aos poucos, Rádios e TVs estão buscando interação com seus públicos, enquanto a web já nasceu possibilitando o protesto a qualquer indignação. Nem tudo é ruim, nem tudo é boçal. "... Depois das nuvens cinza o céu ainda é azul..." (*)

Desde que Ninrode patenteou os tijolos da Torre de Babel, toda informação atende a um interesse nos bastidores. Quem nunca assistiu a um programa de futebol onde Flamengo e Corinthians não ocupam maior espaço? Por terem as maiores torcidas, o patrocinador precisa ter retorno. Isso é aceitável, embora não seja justo. Contudo, no caso de noticias ou programas tendenciosos o problema é mais sério. A TV líder de audiência destaca a umbanda e os orixás em quase toda a programação. Há pouco tempo, com o crescimento do estilo gospel perceberam que existe um enorme publico consumidor que estavam negligenciando. Porém, a tendência da emissora é sempre destacar a preferencia religiosa de seus fundadores e agradar carnavalescos. É Justificável ou questão de personalidade?

Sobre a personalidade humana Olavo de Carvalho (**), comentando a atuação pública, contrapõe Goethe; afirma que não se orgulha de ser ele mesmo, pois seu Eu apenas é. Disse: "Na medida em que você aparece, não com uma personalidade forjada, não com uma máscara, mas com seu coração na mão—a sinceridade–, as pessoas te ouvem." Silas Malafaia, aos berros no youtube, justificando ofertas financeiras ou esbravejando no melhor do seu carioquês, foi forjado pentecostal ilibado por seu temperamento ou por ser comunicador experiente? Somos todos "sombra" (Salmos 39), mas, mesmo assim alguns ainda se acham obeliscos. Talvez seja por isso que a verdadeira notícia acaba não sendo tão verossímil assim.

(*) Trecho da musica Consciência de Liberdade, Oficina G3, letra de Rubens Carvalho;
(**) Escritor, Conferencista, Jornalista, Filósofo.
Goiânia - GO
Textos publicados: 133 [ver]

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