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Palavra do leitor

Kant e a cafeteira do Jornal do Brasil

Conta-se, dos tempos áureos daquela redação, de um funcionário que viu uma incrível máquina de café. Maravilhado, afirmava que a cafeteira não somente fazia o café como também servia o copo, o adoçante e que ainda punha a colherzinha para que o café fosse agitado. O pobre homem sofreu durante anos com o menosprezo dos colegas que, com muitos risos e piadas, o desmentiam... Na década de 70, o JB adquiriu um modelo da tal cafeteira, mas o mentiroso já não fazia parte da equipe. Não houve tempo para retratações.

"De modo que para afirmar que algo existe não é suficiente ter a idéia deste algo, mas ademais há de se ter a percepção sensível correspondente; tê-la ou poder tê-la. É assim que de Deus não temos, não podemos ter a percepção sensível correspondente; logo não podemos, em virtude de sua idéia, afirmar sua existência." (Immanuel Kant, 1724-1804) 

Foi exatamente esse o argumento utilizado para ignorar a existência de algo concreto e palpável para qualquer um de nós nos dias de hoje. Se não há percepção de forma alguma, então atribui-se inexistência. A incongruência está na própria máxima de Kant que afirma que tudo é relativo.

No pequeno exemplo do JB, o erro foi desconsiderar o testemunho do amigo, uma vez que a existência da cafeteira era relativa somente à experiência daquele que vivenciou algo diferente e distante daquele universo. Num caso mais amplo, o erro do próprio Kant também foi desconsiderar o testemunho daqueles que estavam distantes, não no espaço, mas no tempo muito anterior ao dele e ao nosso.

David Hume afirmou que nossas percepções sensíveis são nada mais que nossas, e que não lhes correspondem nada fora de nós. Kant, que se influenciou muito por sua literatura, prendeu-se somente à "percepção" e esqueceu-se da sua própria "relatividade". Talvez para ele não tenha sido possível, como também não será para muitos dos que crêem exatamente como ele, retratar-se ao perceber que a imperceptível cafeteira existe mesmo.

"Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram." (Jo 20.27-29)
Rio De Janeiro - RJ
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