Como ser feliz?

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Estivemos [eu e esposa], por algum tempo, no interior do Estado de São Paulo, na residência do meu mano mais novo, hospitalizado; foram e ainda são momentos de preocupações, de dores, de tristezas, de orações [e muitos estão orando por ele, o que agradecemos].

Meu irmão tem um casal de cães muito apegados a ele, principalmente o “menino”; percebemos, eu e minha esposa, que eles carecem, com a ausência do “pai” e da “mãe” que trabalha fora, de atenção, de carinho, e o “Pedrinho” se apegou muito a mim, quando estou em casa; onde eu vou ele vai “atrás de mim”, motivo pelo qual o apelidei de “Trademim”.

Diariamente, quando eu chegava do hospital, a recepção, principalmente da parte dele, era muito festiva, muito calorosa, muito carinhosa e, sobretudo, fiel ao novo amigo, seguindo-me, brincando, acariciando-me com “lambidas” nas mãos que o afagam; lamber é o beijo dos cães.

Li uma estória de uma criança que tinha um cão já com a idade avançada [14 anos] que, fraquinho pelos anos já vividos e pela doença malígna, estava prostrado, quase inerte.

A mãe da criança, quando o cão faleceu, questionou: “por que eles vivem bem menos do que nós, os humanos?” - O garoto já refeito do choque pela perda do amigo de quatro patas, sabiamente, disse:

- nós temos que viver mais porque temos que aprender a ser bons, temos que aprender a amar, temos que aprender a receber bem as pessoas que nos visitam, receber com alegria, com festa, com palavras que demonstrem interesse e carinho pelo próximo;

- “como vai você?” – “como está a família?” – “como está a saúde?” nem sempre são expressões presentes em encontros com familiares e amigos [Eles já nascem sabendo essas coisas].

- os cães [irracionais] recebem os humanos [racionais] com festas, com carinho, com amor que se expressam pelo abanar a cauda, que se manifestam com pulos querendo alcançar-nos com “beijos” em nosso rosto, quiçá nos lábios!

- os cães, quando perdem algo, cavam a terra até encontrar; nós nos desanimamos:
“perdido está, esquece!”

- os cães, quando estamos com problemas, percebem, são sensíveis, solidários, sentam-se ao nosso lado e sossegam; não são necessárias palavras para consolar o amigo: a presença basta!

- os cães, quando nos ausentamos, como ocorre todos os dias aqui em casa, como aconteceu comigo lá no interior, choram – o Pedrinho, quando dei uma saída de menos de uma hora, chorou o tempo todo!

Isso é amizade, isso é afeição, isso é amor; tudo isso é sincero, não encenação!

Como ser feliz? – AMANDO.

O AMOR: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando,
porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá” (1 Co. 13:1-10).

E o amor, principalmente o amor conjugal, requer “renúncia”; prioritariamente, do ego [falei sobre isso no artigo passado], é preciso largar tudo para socorrer o cônjuge sempre, como no altar prometemos ao nos casarmos: “amor na alegria ou na tristeza”,
“amor na saúde ou na doença”, amor em quaisquer condições, sejam boas ou não.

Como seria melhor este mundo se nós os “humanos”, os “racionais” fôssemos um décimo como os cães!

Quero lembrar aqui a Palavra de Deus, que nos foi transmitida por João:

“Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão [seu próximo], a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (I Jo. 4 20).

Um dos versículos prediletos meus [está em nosso cartão de visita - como casal] é, também, da primeira carta de João:

“Nisto conhecemos o amor; que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (I Jo. 3 16).

Se temos o Espírito Santo de Deus em nós, o “fruto” do Espírito tem que estar sempre presente em nossos atos:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, DOMÍNIO PRÓPRIO. Contra estas coisas não há lei” (Gl. 5 22-23).

Como ser feliz? – amando, se doando, renunciando ao próprio ego!

Pense nisso.

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Opinião do leitor