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Palavra do leitor

Alegria, satisfação, felicidade!

Uma vez [1964] saindo de Juiz de Fora, onde residia, fui ao Sul de Minas, bem longe, para visitar um amigo que havia sofrido um grave acidente de carro.

Outro amigo, da região, que trabalhava comigo [em JF] me acompanhou e me hospedou em casa de sua mãe, em Pouso Alegre, tornando-se intermediário para que eu fizesse novas amizades naquela acolhedora cidade.

Era feriado de carnaval, o que me possibilitou fazer tão longa viagem; mas, à noite, os amigos foram para o clube carnavalesco e eu passei o tempo todo [não tinha para onde ir] do lado de fora da porta do salão vendo aquela multidão pular e dançar, uns espremidos nos outros, como se fosse o “brincar de trenzinho” que as crianças fazem cantando músicas como: “atirei o pau no gatototô, mas o gatototô não morreurreurreu...” ou como a estação do Metrô Praça da Sé, no horário de pico.

E eu, madrugada afora, pensando: onde está a graça, a alegria, a satisfação, o prazer [momentâneo] em ficar “brincando de trenzinho”, como as crianças fazem quando bem pequenas?

Mas, ali, não havia a ingenuidade, a inocência a pureza das crianças; os pensamentos, os gestos, as atitudes eram maliciosos, mal intencionados.

Talvez, questão de segundos, pudesse haver, apenas, um gozo sensual face ao esfrega-esfrega uns nos outros; alguns mais “impetuosos” se arriscavam a ter que levar a moça a se internar em uma maternidade nove meses depois, o que, aliás, anualmente acontece.

Era uma alegria estranha, pulando, dançando, arrastando os pés em volta do salão, espremidos entre si mesmos, bebendo, cantarolando e continuando a arrastar as sandálias, ou os pés já descalços, no ir e vir da roda, naquelas alturas, cheia de vômito deles próprios, os foliões!

Cultual e culturalmente privilegia-se o prazer momentâneo, porque físico ou emocional, em detrimento da alegria espiritual, essa eterna, verdadeira porque procede de Deus, o verdadeiro Amor [Agape].

“Os prazeres que essas coisas nos proporcionam são a única felicidade que o mundo conhece” [Martinho Lutero – Somente a Fé – Um ano com Lutero - pag. 117].

Diz a Palavra de Deus que a “leve e momentânea [tempo presente] tribulação produz em nós eterno [tempo futuro] peso de glória” (2 Co 4 17); analogamente a alegria, a satisfação, a felicidade espiritual superam todo e qualquer gozo presente, quando descompromissado, quando apenas físico, quando apenas emocional, por passageiro que é.

A verdadeira alegria se dá, por exemplo, quando perdemos algo e, depois, conseguimos recuperar como aquele pai rico que, a pedido do filho mais novo, deu a ele, sem arrazoar, toda a parte da fortuna que lhe cabia.

O jovem foi embora, gastou tudo nos prazeres da carne: sem dinheiro, empregado como cuidador de porcos, passou a comer o que esses animais comiam; então resolveu voltar para a casa do pai até para ser como um dos seus empregados.

O pai, que já esperava há muito tempo, quando o viu, no horizonte, correu em sua direção, abraçou-o, levou-o para casa e deu grande festa para recebê-lo, pois estava perdido e foi achado, estava morto e reviveu (Lc 15 11-24).

Essa é a alegria de Deus, quando um de nós, pecadores que somos, nos arrependemos, confessamos a Ele os nossos pecados (1Jo 1 9), abandonamo-los (Pv 28 13), nos convertemos ao Senhor Jesus e passamos a ter o direito de nos tornarmos filhos de Deus (Jo 1 12).

Há regozijo no céu [alegria, satisfação, felicidade, festa] quando um só pecador se arrepende (Lc 15 24).

Não estou fazendo apologia do “Cruzoé-ismo” cada um uma ilha de sí mesmo ou em sí próprio, como no romance Robinson Cruzoé, pois seria o culto ao “eu”, a egolatria.

Não estou fazendo apologia de uma segregação social, não! O ser humano foi criado para viver em sociedade, em comunhão com o próximo. O próprio Senhor Jesus orou ao Pai pelos cristãos [os seus seguidores]: “Não oro pelo mundo (Jo 17 9) oro pelos que me deste; não oro para que os tires do mundo, mas oro para que os guardes do mal” (Jo 17 15).

Não estou fazendo apologia de uma vida encafurnada, não! Não porque temos o que fazer, temos dons que Deus nos concedeu, é preciso colocá-los em ação; se os enterrarmos seremos como aquele terceiro servo do homem rico que confiou aos seus empregados os seus bens, enquanto viajava [parábola do talentos - Mt 25 15].

A Palavra de Deus nos recomenda visitar os órfãos as viúvas (Tg 1 27); noutro contexto disse o Senhor Jesus: “a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Lc 10 2).

Ao cristão não é proibido alegrar-se, pelo contrário, Deus, através de Paulo, nos recomenda a alegria, mas uma alegria pura, sadia: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos (...) finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4 4 e 8).
São Paulo - SP
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