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Palavra do leitor

Tem um Gay na Cruz, e Daí?

Tenho o casco grosso, já dizia minha mãe, não me ofendo nem faço beicinho por qualquer coisa, desde cedo aprendi a resolver, não interessavam os métodos, meus próprios entortamentos de caminho; desde cedo aprendi que não é o que as pessoas fazem contra mim que determinarão minha caminhada, mas são minhas reações e decisões a respeito do fato em si.
Trouxe isso para minha vida adulta e, ao excluir ontem o artigo sobre o transexual travestido de crucificado foi tão somente por perceber que escrevi movido pela indignação alheia, centenas de amigos e amigas, de certa forma ou de forma direta cobraram uma atitude e acabei embarcando na indignação geral, ao ponto de me sentir ofendido, afrontado, desrespeitado nas minhas mais profundas convicções religiosas e tal e etecetera.
Mas, peraí, desde quando uma cruz vazia ou com uma imagem me representam? Desde quando posso ser atingido de maneira tão infantil e rasa, rasteira todas as vezes que um objeto é usurpado ou sacaneado pelo humor e decisão de outro grupo social?
A cruz é um símbolo caro ao Cristianismo? Sem dúvida; a luta contra a discriminação e agressões aos homossexuais é legítima e deve ser apoiada? Sim. Mas a celeuma que se levanta a cada parada gay em disputa com a marcha pra Jesus e a Semana Santa Católica já encheu o saco; há uma mistura e uma perda de motivos e direção lamentáveis.
Decididamente nenhuma cena, por mais ridícula, de gosto pateticamente duvidoso da parada gay, ofendeu minha fé em Jesus, o Cristo de Deus; a lembrança e a imagem da cruz sempre me levarão o pensamento cativo ao ocorrido no Gólgota, ao permitir-se ser assassinado numa cruz o Cristo sabia o que estava fazendo e por quem estava fazendo, os cravos foram por mim, humano de natureza caída, duvidosa e perigosa.
Eu vivo minha fé todos os dias pelos olhos e pela própria vida de cada mendigo viciado que acolhemos na Missão Vida, eu não apareço de vez em quando na vida deles, meus dias e o melhor de mim, são gastos com eles, na recuperação dos seus valores mais íntimos, na auto estima ressuscitada no lugar limpo e amplo, na roupa nova e na Palavra que restaura e recupera a fé em si mesmo e em Jesus, pois sirvo a cada morador de rua como quem serve ao próprio Cristo, não dá pra fazer isso pela TV nem pela rede.
Isto dito eu declaro meu desligamento das ofensas e das vinganças que pululam pela rede por alguns templos de pastores e padres mais exaltados, a Igreja tem mais o que fazer do que ficar por aí anunciando por conta própria a vingança do Deus que não se deixa ofender nem zombar; o que aconteceu no Calvário e nos porões de Caifás desmentem a imagem do deus cangaceiro que alguns tentam vender ao rebanho.
Quando alguém tem a intenção de ouvir sobre Jesus e sobre seu amor, eu não preciso de argumentos mirabolantes nem malabarismos homiléticos para que tal pessoa descubra, entenda e aceite esse amor, mas quando alguém tem toda a indisposição do mundo para ouvir acerca do evangelho, nem um caminhão de argumentos nem toda a pirotecnia verbal do planeta a moverá da sua condição de não crer. Não posso obrigar as pessoas a pensarem ou crerem como penso e creio, posso até torcer por isso, mas não funciona na porrada, nem no grito.
Por fim, me assusta muito mais a reação ensandecida dos cristãos com o transexual travestido de crucificado do que a desfaçatez de mau gosto dos gays da parada; como diria minha cara amiga Lu carvalho, “Oh, que novidade, os ímpios praticando impiedades”!
Há um movimento que nos incentiva a voltarmos ao Evangelho, de onde não deveríamos ter saído, nossa índole é a mansidão, a serenidade o sorriso fácil, aliás foi o sorriso fácil dos cristãos que me conquistou décadas atrás. Não somos belicosos, rancorosos, impiedosos como certos homens querem nos tornar, deixem que vociferem e lucrem com suas vociferações, deixemos que se nutram do próprio ódio e da própria covardia, pois usar o povo de Deus chamado cristãos para seus próprios interesses é infinitamente mais ultrajante que um monte de gays pelados e mal maquiados encenando trechos da Via Sacra.
O verdadeiro adversário da “cruz” repete seu estratagema e cria distrações, nos desvia a atenção para assuntos menores, nos conduz de forma quase hábil para que nosso olhar não encontre o olhar ao Autor e consumador da nossa fé, a saber, Jesus, o Cristo de Deus, que já é bem “crescidinho” para depender de alguns pastores (brabos que nem cascavel de resguardo) ou de um deus cangaceiro.
Soli Deo Gloria.

www.magnoaquino.co
Londrina - PR
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