Palavra do leitor
17 de novembro de 2025- Visualizações: 420
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O ser humano e o poder
São muitas as histórias de pessoas pobres e humildes que conseguiram fama, poder e fortuna. Existiram desde jogadores de futebol, cantores ou influenciadores digitais que conseguiram dar uma guinada em suas vidas. O curioso é que tanto a ascensão quanto a queda seguiram padrões semelhantes. Estas pessoas ganharam dinheiro e fama, mas uma boa parte delas perdeu com a mesma rapidez com que ganharam, por conta de exageros e descontroles. É muito complicado conseguir administrar o poder.
Desde o Éden, o ser humano tenta ser igual a Deus (Gênesis 3:4-5), ao aceitar o convite de poder feito pela serpente. Uma ambição que já se repetiu muito durante a história humana e na vida, é possível vermos este fato acontecer direta ou indiretamente em todos os períodos da história.
Na história é possível ver como muitos líderes se colocaram como deuses, exigindo adoração ou reverência, e desde a antiguidade até hoje este fato se repete. O culto ao imperador, por exemplo, era algo comum em Roma, assim como muitos reis, durante a história, se colocaram como deuses aqui na terra. E muitas injustiças, caos e problemas aconteceram em nome desta adoração, já que é inevitável virem problemas de seres humanos falíveis e pecadores.
Em nossos dias, apesar de ser de modo indireto, as pessoas às vezes agem como deuses, construindo injustiças, caos e todo o tipo de calamidade. O poder tem a força de elevar o homem e colocá-lo em um patamar superior, e por isso, muitos perdem o controle. Ele transforma líderes, pastores e empresários em deuses falsos, quando estes não sabem lidar com o poder. E este é um dos males da vaidade humana. Maria de Camargo César tem uma frase que resume bem o quão complicado é o poder:
"O poder é uma espada que poucos manejam com graça. É fácil errar a mão. É fácil cair na tentação de manipular" (2009, p. 19).
A fama, a riqueza e o poder têm esta vil capacidade de tornar o ser humano alguém "superior" em relação aos outros. O perigo é que esta sensação é falsa, ela não se sustenta e é fruto de um equivocado ponto de vista, que o poder traz.
O problema quanto a estes supostos deuses é a própria impossibilidade de um ser humano falível se tornar qualquer coisa semelhante a um deus. Por não suportar o peso do poder sem se destruir ou perder a cabeça, este caminho é sempre amaldiçoado. O poder não só corrompe, como também consome o ser humano, visto que ele cobra o seu preço. E consegue transformar um indivíduo bom em um tirano.
Quando o ser humano está de posse do poder, ele é tentado e muitas vezes cai no ímpeto de agir como um tirano e manipulador. A tirania tem como ponto de partida a imposição e ela segue a premissa de que só existe uma ideia boa e um ser humano que é merecedor de ser o centro de tudo. A busca por adoração, os aplausos ou reconhecimento humano são as consequências desta forma de pensar.
O caos se perpetrou em vários momentos na história, seguindo justamente este viés de superioridade. O ser humano desde sempre insiste em ser igual a Deus, mas não percebe que, além de não ter esta capacidade, também não tem força e muito menos mentalidade para estar em uma posição de poder.
Quando afirmamos que Deus deve ser o centro de tudo, confessamos as nossas incapacidades e limitações. E por conta disso, entregamos a ele todo o controle, entendendo ser só com a sua força que conseguiremos seguir sendo boas pessoas.
Não existem pessoas realmente boas, fora de Deus, sem ele, estaremos certamente sujeitos a cair em todas as armadilhas do mundo.
Este texto foi originalmente publicado no site Teologia na Solitude!
Bibliografia
CÉSAR, Marília de Camargo. Feridos em nome de Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Desde o Éden, o ser humano tenta ser igual a Deus (Gênesis 3:4-5), ao aceitar o convite de poder feito pela serpente. Uma ambição que já se repetiu muito durante a história humana e na vida, é possível vermos este fato acontecer direta ou indiretamente em todos os períodos da história.
Na história é possível ver como muitos líderes se colocaram como deuses, exigindo adoração ou reverência, e desde a antiguidade até hoje este fato se repete. O culto ao imperador, por exemplo, era algo comum em Roma, assim como muitos reis, durante a história, se colocaram como deuses aqui na terra. E muitas injustiças, caos e problemas aconteceram em nome desta adoração, já que é inevitável virem problemas de seres humanos falíveis e pecadores.
Em nossos dias, apesar de ser de modo indireto, as pessoas às vezes agem como deuses, construindo injustiças, caos e todo o tipo de calamidade. O poder tem a força de elevar o homem e colocá-lo em um patamar superior, e por isso, muitos perdem o controle. Ele transforma líderes, pastores e empresários em deuses falsos, quando estes não sabem lidar com o poder. E este é um dos males da vaidade humana. Maria de Camargo César tem uma frase que resume bem o quão complicado é o poder:
"O poder é uma espada que poucos manejam com graça. É fácil errar a mão. É fácil cair na tentação de manipular" (2009, p. 19).
A fama, a riqueza e o poder têm esta vil capacidade de tornar o ser humano alguém "superior" em relação aos outros. O perigo é que esta sensação é falsa, ela não se sustenta e é fruto de um equivocado ponto de vista, que o poder traz.
O problema quanto a estes supostos deuses é a própria impossibilidade de um ser humano falível se tornar qualquer coisa semelhante a um deus. Por não suportar o peso do poder sem se destruir ou perder a cabeça, este caminho é sempre amaldiçoado. O poder não só corrompe, como também consome o ser humano, visto que ele cobra o seu preço. E consegue transformar um indivíduo bom em um tirano.
Quando o ser humano está de posse do poder, ele é tentado e muitas vezes cai no ímpeto de agir como um tirano e manipulador. A tirania tem como ponto de partida a imposição e ela segue a premissa de que só existe uma ideia boa e um ser humano que é merecedor de ser o centro de tudo. A busca por adoração, os aplausos ou reconhecimento humano são as consequências desta forma de pensar.
O caos se perpetrou em vários momentos na história, seguindo justamente este viés de superioridade. O ser humano desde sempre insiste em ser igual a Deus, mas não percebe que, além de não ter esta capacidade, também não tem força e muito menos mentalidade para estar em uma posição de poder.
Quando afirmamos que Deus deve ser o centro de tudo, confessamos as nossas incapacidades e limitações. E por conta disso, entregamos a ele todo o controle, entendendo ser só com a sua força que conseguiremos seguir sendo boas pessoas.
Não existem pessoas realmente boas, fora de Deus, sem ele, estaremos certamente sujeitos a cair em todas as armadilhas do mundo.
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Bibliografia
CÉSAR, Marília de Camargo. Feridos em nome de Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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