Palavra do leitor
13 de março de 2014- Visualizações: 4258
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O maior dos sete pecados capitais
Todos os sete pecados capitais têm por objetivo a satisfação de um desejo.
O pecado da ira tem por desejo defender-se de uma suposta agressão ou atacar por pura maldade. O pecado da inveja tem por objetivo rebaixar aquele por quem se sente inveja. O pecado do preguiçoso consiste no desejo – ou na falta de – que o faz ficar deitado ou nada fazer. O pecado da avareza em desejar bens que não lhe pertencem. A gul, em se apropriar de alimentos, não para suprir as necessidades do corpo, de vitaminas e etc, mas apenas para obter prazer. E a luxúria visa também apenas o prazer.
Já, o orgulho, se alimenta de um desejo mais perverso que todos os mencionados anteriormente. Um desejo muitíssimo mais perverso que cada desejo particular próprio a cada um dos sete pecados capitais. Se o desejo que alimenta o pecado da ira é o de agredir; o desejo que alimenta a inveja é rebaixar; o desejo que alimenta a preguiça é a moleza; o desejo que alimenta a avareza é a posse e, o desejo que alimenta a gula e a luxúria é o prazer... o desejo que alimenta o orgulho é o de superioridade. O orgulhoso deseja sentir-se superior aos demais. Superior a todos!
Justamente por ser o desejo de superioridade o alimento da pessoa orgulhosa é que este pecado foi considerado pela tradição cristã como o maior e mais nocivo dos pecados. Nele o pecador não se dirige mais a uma finalidade especifica como, agredir, rebaixar, malemolência, possuir ou obter prazer. Nele, no orgulho, não há objetivo específico. A pessoa orgulhosa pode agredir ao mesmo tempo em que rebaixa o outro,... enquanto rouba, possuindo aquilo que não lhe pertence... obtendo também, o máximo de prazer possível e imaginável com toda esta alquimia. Pois tudo vale quando se deseja “ser superior” aos outros.
É por isso que, segundo o Gênesis, primeiro livro da Bíblia, onde se narra a estória de como Deus criou o mundo, a serpente foi expulsa do Paraíso. Pois nela estava o maior e mais nocivo de todos os pecados. Ela, a serpente, queria ser igual ou até maior que Deus.
Portanto, amigo, cuidado! Todos os pecados aqui mencionados são pecados veniais (perdoáveis), mas o pecado do orgulho pode lhe fazer cair das alturas, como a serpente caiu do Paraíso. Pode lhe fazer, inclusive, ficar sozinho. Lembre-se: Adão e Eva também caíram, mas houve arrependimento e remissão. Mas a serpente ficou solitária, junto às hostes espirituais da maldade (seus comparsas) e, sem chance de remissão.
Já ouviu falar de algum empresário rico que não mede consequências para subir na vida? Então, neste caso, a subida parece mais como uma queda, aonde o soberbo sobe, sobe e sobe, caindo em profunda solidão e, não poucas vezes, sem a simpatia e solidariedade de ninguém.
Até mesmo a bebedeira pode proporcionar ao homem o sentimento de solidariedade e um sentimento cristão (ainda que o ato de beber seja ruim em muitos sentidos). A avareza, bem como todos os demais pecados, pode ceder lugar ao arrependimento, que é um sentimento saudável, tanto sob o enfoque cristão e espiritual como sob o enfoque psicológico. Mas o orgulho não pode produzir nada de bom, nem mesmo o arrependimento.
O remédio para a soberba é a humildade. A soberba é representada nas sagradas escrituras pela figura de Lúcifer - o anjo que queria ser poderoso como Deus- , ao passo que a humildade é representada pela figura de Cristo – o homem que sendo igual a Deus escolheu por rebaixar-se à condição humana e a sofrer a morte mais humilhante para a época, a morte de cruz. Pois na cruz eram postos os assassinos, os ladrões, todos os que eram tidos como a escória da sociedade.
O fim da pessoa orgulhosa é o afastamento dos homens e de Deus- o isolamento -, ainda que a pessoa não perceba isto de pronto. Já a humildade une as pessoas, tornando-as mais compassivas, justamente por reconhecer o quão vulnerável e errante se é, e não tendo vergonha em pedir auxílio. Até mesmo o mais inveterado pecador consegue se achegar de Deus se tiver humildade, porém, até mesmo a maior da boas ações afasta o homem orgulhoso de Deus e de seus semelhantes, pois o orgulho faz com que ele veja a todos de cima para baixo. Já o humilde vê a todos de igual para igual, reconhecendo a precária condição humana em todos os seus semelhantes, não enaltece a ninguém e tampouco despreza ninguém. É equânime para com todos.
Leia também:
BÍBLIA. Versão revista e corrigida, traduzida por João Ferreira de Almeida: Gn., 3 / Luc. 11,25-37 / Luc. 6, 44.
C. S. Lewis. Cristianismo Puro e Simples. Martins Fontes, pág. 45-47.
Nota: adaptado do texto publicado aqui.
O pecado da ira tem por desejo defender-se de uma suposta agressão ou atacar por pura maldade. O pecado da inveja tem por objetivo rebaixar aquele por quem se sente inveja. O pecado do preguiçoso consiste no desejo – ou na falta de – que o faz ficar deitado ou nada fazer. O pecado da avareza em desejar bens que não lhe pertencem. A gul, em se apropriar de alimentos, não para suprir as necessidades do corpo, de vitaminas e etc, mas apenas para obter prazer. E a luxúria visa também apenas o prazer.
Já, o orgulho, se alimenta de um desejo mais perverso que todos os mencionados anteriormente. Um desejo muitíssimo mais perverso que cada desejo particular próprio a cada um dos sete pecados capitais. Se o desejo que alimenta o pecado da ira é o de agredir; o desejo que alimenta a inveja é rebaixar; o desejo que alimenta a preguiça é a moleza; o desejo que alimenta a avareza é a posse e, o desejo que alimenta a gula e a luxúria é o prazer... o desejo que alimenta o orgulho é o de superioridade. O orgulhoso deseja sentir-se superior aos demais. Superior a todos!
Justamente por ser o desejo de superioridade o alimento da pessoa orgulhosa é que este pecado foi considerado pela tradição cristã como o maior e mais nocivo dos pecados. Nele o pecador não se dirige mais a uma finalidade especifica como, agredir, rebaixar, malemolência, possuir ou obter prazer. Nele, no orgulho, não há objetivo específico. A pessoa orgulhosa pode agredir ao mesmo tempo em que rebaixa o outro,... enquanto rouba, possuindo aquilo que não lhe pertence... obtendo também, o máximo de prazer possível e imaginável com toda esta alquimia. Pois tudo vale quando se deseja “ser superior” aos outros.
É por isso que, segundo o Gênesis, primeiro livro da Bíblia, onde se narra a estória de como Deus criou o mundo, a serpente foi expulsa do Paraíso. Pois nela estava o maior e mais nocivo de todos os pecados. Ela, a serpente, queria ser igual ou até maior que Deus.
Portanto, amigo, cuidado! Todos os pecados aqui mencionados são pecados veniais (perdoáveis), mas o pecado do orgulho pode lhe fazer cair das alturas, como a serpente caiu do Paraíso. Pode lhe fazer, inclusive, ficar sozinho. Lembre-se: Adão e Eva também caíram, mas houve arrependimento e remissão. Mas a serpente ficou solitária, junto às hostes espirituais da maldade (seus comparsas) e, sem chance de remissão.
Já ouviu falar de algum empresário rico que não mede consequências para subir na vida? Então, neste caso, a subida parece mais como uma queda, aonde o soberbo sobe, sobe e sobe, caindo em profunda solidão e, não poucas vezes, sem a simpatia e solidariedade de ninguém.
Até mesmo a bebedeira pode proporcionar ao homem o sentimento de solidariedade e um sentimento cristão (ainda que o ato de beber seja ruim em muitos sentidos). A avareza, bem como todos os demais pecados, pode ceder lugar ao arrependimento, que é um sentimento saudável, tanto sob o enfoque cristão e espiritual como sob o enfoque psicológico. Mas o orgulho não pode produzir nada de bom, nem mesmo o arrependimento.
O remédio para a soberba é a humildade. A soberba é representada nas sagradas escrituras pela figura de Lúcifer - o anjo que queria ser poderoso como Deus- , ao passo que a humildade é representada pela figura de Cristo – o homem que sendo igual a Deus escolheu por rebaixar-se à condição humana e a sofrer a morte mais humilhante para a época, a morte de cruz. Pois na cruz eram postos os assassinos, os ladrões, todos os que eram tidos como a escória da sociedade.
O fim da pessoa orgulhosa é o afastamento dos homens e de Deus- o isolamento -, ainda que a pessoa não perceba isto de pronto. Já a humildade une as pessoas, tornando-as mais compassivas, justamente por reconhecer o quão vulnerável e errante se é, e não tendo vergonha em pedir auxílio. Até mesmo o mais inveterado pecador consegue se achegar de Deus se tiver humildade, porém, até mesmo a maior da boas ações afasta o homem orgulhoso de Deus e de seus semelhantes, pois o orgulho faz com que ele veja a todos de cima para baixo. Já o humilde vê a todos de igual para igual, reconhecendo a precária condição humana em todos os seus semelhantes, não enaltece a ninguém e tampouco despreza ninguém. É equânime para com todos.
Leia também:
BÍBLIA. Versão revista e corrigida, traduzida por João Ferreira de Almeida: Gn., 3 / Luc. 11,25-37 / Luc. 6, 44.
C. S. Lewis. Cristianismo Puro e Simples. Martins Fontes, pág. 45-47.
Nota: adaptado do texto publicado aqui.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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