Lúcia, Aslam e a humildade cristã

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No 4° livro das Crônicas de Nárnia, o qual se intitula 'O Príncipe Caspian', a personagem Lúcia constantemente enxergava e conversava com o leão Aslan, criador de Nárnia, sendo que Ele permanecia invisível aos olhos de seus irmãos.

Você pode pensar que o fato de ter certa proximidade - até então exclusiva - com Aslan, fazia Lúcia se sentir superior àqueles que não O enxergavam.

Mas era o contrário...

A menina Lúcia, caçula entre seus irmãos, era simples. Na verdade, possuía uma pureza de coração que a distinguia de todos.

Por ter um relacionamento mais próximo com Aslam, ela foi taxada de mentirosa até mesmo por seus irmãos. Mas sabia com quem se relacionava, sabia que a certeza de agradá-lo já era o suficiente.

E nessa menininha inocente, criada pelo gênio C. S. Lewis, eu enxergo a atitude que se faz necessária em nossa sociedade e, sobretudo, no meio cristão: que aqueles que têm um relacionamento verdadeiro com o Grande Rei ajam com simplicidade e humildade.

Ser puro de coração pode lhe causar perseguições e injustiças, mas lembre-se:
"Bem-aventurados os puros de coração, pois eles verão a Deus." (Mt 5. 8)

Narniamente falando, "bem-aventurados os puros de coração, pois eles verão a Aslam".

Quem tem relacionamento sadio com Deus não precisa se estribar disso em redes sociais. Quem possui um relacionamento verdadeiro com Ele não precisa escarnecer da fé alheia.

É lamentável que determinados cristãos usem de um suposto relacionamento com Deus para se colocarem como sendo superiores a seus irmãos, quando na verdade a proximidade com o Criador deveria lhes tornar mais humildes. Boa é a orientação de Paulo, para que tenhamos o mesmo sentimento de Cristo (Fp 2). Boa é a orientação do apóstolo dos gentios, o qual dizia: "humildemente considerem os outros superiores a si mesmos" (Fp 2.3).

Paz sempre!

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Opinião do leitor