Palavra do leitor
28 de dezembro de 2016- Visualizações: 9640
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Liderança eclesiastica igrejas cristãs
Hodiernamente, a sociedade vive em um mundo globalizado e moderno que, conseqüentemente, transforma o cotidiano, antes tranqüilo, em uma vida cheia de vicissitudes, acelerada e com inúmeras atribuições diárias. Desta forma, o ser humano, cada vez mais, busca o refrigério para suas dores emotivas, ansiedades e angústias, encontrando o acalanto no mundo religioso. Este trabalho concita a reflexão sobre qual o perfil ideal dos condutores deste mundo eclesiástico. Constata-se, portanto, a necessidade de uma pesquisa sobre a conduta dos líderes religiosos e suas atribui-ções nas comunidades de fé e de prática, sendo de suma impor-tância tal análise, haja vista o fato de que, atualmente, o Brasil é um pais atraído pelo místico e sobrenatural. A motivação desta análise prende-se ao fato do grande crescimento de comunidades religiosas que se multiplicam, subdividindo-se a cada dia. Por meio de pesquisas de campo, entrevistas e argumentos de autores a respeito do tema liderança, buscou-se neste ensaio a possibilidade de demonstrar aspectos positivos de um líder religioso.
Palavras-Chave: sociedade, religião, liderança.
1. INTRODUÇÃO
Na atual vida moderna, é comum perceber pessoas estressadas, doentes, sem um norte para suas vidas. Essas pessoas vivem em uma sociedade do imediatismo, uma realidade que não dá tempo ao tempo, nem para que haja tempo de se pensar no tempo.
Por esta razão, nota-se a importância de se ter uma crença, não necessariamente uma religião, pois a religião tem o objetivo de religar o ser humano a um ser supremo. Portanto, é mister compreender que a crença na vida do indivíduo motiva-o a se tornar em um ser humano melhor, é um momento de introspecção , a crença, seja ela qual for é o caminho para uma vida melhor, com objetivo de oferecer paz e qualidade ao cotidiano.
Pedagogos e especialistas recomendam que a religião é importante na formação do caráter e personalidade do indivíduo. Então, é louvável dar total atenção para o assunto. Os líderes eclesiásticos, enquanto gestores de pessoas, buscam o alcance da qualidade de vida para oferecer um ambiente melhor e, com isto, alcançar uma maior otimização nas atribuições profissionais do dia-a-dia.
Com base nestas observações, destaca-se a importância do perfil do líder eclesiástico na sociedade contemporânea, com o intuito de desenvolver um trabalho com excelência dentro das comunidades cristãs brasileiras, ou em organizações que tenham como finalidade a difusão das religiões. Pois, os líderes tem encontrado dificuldade em expor seus anseios e formatar metodologias competentes para o ensino religioso.
Na atual conjuntura, aqueles que buscam a melhoria de vida em prol dos menos favorecidos têm encontrado em seus caminhos pessoas ligadas à política, com objetivos individuais e tendenciosos, visando suas próprias projeções, o que trás tamanha degradação à moral cristã. Assim, o líder religioso encontra árdua missão em capacitar, motivar, treinar, encorajar seus liderados a desempenharem tal tarefa. Uma vez que esta missão não é especificamente profissional, mas vocacional, que em porcentagem notável não são agraciados com soldos ou ajudas de custos, esta realidade torna paulatina o trabalho de motivação e capacitação, o que aumenta, ainda mais, a dificuldade no momento de correção de conduta e adaptação de sistema.
Logo, na condição de líder, há a necessidade de articular missões específicas, de acordo com a capacidade e habilidade de seus liderados, os quais têm o compromisso e a responsabilidade no sucesso de cada missão a esses atribuídas. Para tanto, tais discípulos devem agirem com a persistência desejada, sempre em busca de ferramentas e talentos que os capacitem a transformar grupos, mesmo que desolados, motivando-os a formarem equipes de empenhos e conquistas, manuseando estratégias que o possibilitem o alcance de resultados sólidos e duradouros.
Destarte, depreende-se que há a necessidade da realização de pesquisas sobre o perfil e a conduta do líder religioso, bem como de suas atribuições nas comunidades de fé e de prática, sendo de vital importância tal análise, haja vista o fato do Brasil ser, nos dias atuais, uma nação atraída pelo místico e sobrenatural. A busca desta análise prende-se ao fato do grande crescimento de comunidades religiosas que se multiplicam subdividindo-se a cada dia.
2. LIDERANÇA
É necessário extrair as diferenças e semelhanças dos variados tipos de liderança, o estudo das lideranças enriquece os conhecimentos dos gestores para que sua prática possa articular as necessidades do mercado e atualizar as mais novas modalidades de um líder. Ser líder acarreta absorver tamanha responsabilidade de transformar um sistema estático em dinâmico, de incentivar um grupo de pessoas a desenvolver uma tarefa com tal habilidade que resulte um produto positivo, viável e eficaz. Analisar lideranças é o caminho para o alcance de uma nova safra de líderes atualizados, reajustados com os desafios de liderar e não praticar erros já solucionados por líderes que outrora desenvolveram projetos ainda em uso. É preciso, então, colher informações de pessoas que já vivenciaram e, ainda, vivenciam o árduo preço de assumir o papel de líder, fazendo de suas experiências colunas sustentáveis para um novo aprendizado daqueles que almejam cargos de liderança.
Para Diniz (2010), liderar envolve competências que viabilizam a inspiração, a motivação, as ações e atitudes de outras pessoas para alcance e superação de metas. Não obstante, Kouzes (2010) e Posner (2010) definem liderança como sendo "a arte de mobilizar os outros para que estes queiram lutar por aspirações compartilhadas". Diante desses dois entendimentos, nota-se que o papel do líder consiste muito em seu resultado. O Coronel da Polícia Militar, Comandante do Policiamento Metropolitano, José Luiz Martins Navarro (2010), disserta que a principal característica de um líder é a capacidade de motivar a tropa para a realização de missões com excelência e com resultados significativos, pois sabe-se que não é um trabalho muito fácil para uma pessoa não capacitada para tal mister.
A expressão liderança, às vezes, confunde-se com cargos de chefia, mas, no entanto, entende-se que todo chefe tem de ser um líder, porém, no exercício da função, nem todo chefe consegue ser um líder, na prática, alguns chefes sobrecarregam seus chefiados os coagindo mediante seu poder para exercerem suas vontades profissionais ou até seus caprichos pessoais (Bennis 1992). Assim, há de se lembrar que o chefe se impõe e utiliza de sua autoridade para fazer cumprir suas ordens, enquanto que o líder é escolhido pelos seus subordinados, que o respeitam e espontaneamente realizam suas missões sob as orientações do líder, que participa das tarefas e, caso necessário, auxilia os subordinados.
Nesta esteira de entendimento, Vergara (2000) destaca três tipos de liderança: a dos traços de personalidade, dos estilos de liderança e liderança contingência. Assim, a teoria dos traços de personalidade é analisada por meio das características físicas, tais quais: aparência, altura, energia no dinamismo do trabalho, força que exerce sobre os demais.
Analisa-se, também, os traços intelectuais como a facilidade de se adaptar ao ambiente de trabalho; o entusiasmo diante dos momento de dificuldade; a auto-confiança e o coeficiente de inteligência. Já os traços sociais também são características representativas do estilo de liderança. Isto se percebe quando o líder é cooperador e possui habilidades interpessoais, bem como administrativas e, além destes atributos, o líder tem que ter um bom relacionamento com suas tarefas, apresentando o impulso, a realização, a persistência e a iniciativa em seu trabalho.
A teoria de liderança divide-se em três estilos, a saber:
- Autocrático: aquele que transforma suas decisões em leis, determina suas ordens e não aceita sugestões.
- Democrático: aquele que aceita as sugestões dos seus subordinados ou de um determinado grupo, consulta suas bases para as tomadas de decisões.
- O líder denominado Laissez faire, tem sua performance dinâmica e observadora, segue acompanhando de longe, analisando passos e dando continuidade aos processos, quando as perspectivas são boas e resultados notáveis, na verdade, esse líder tende a agir de acordo com as influencias sobre ele exercida.
A teoria contingencial trabalha com base nas expectativas, interesses e motivações do grupo, desde que haja satisfação nas execuções das tarefas, assim, descaracteriza a imagem do líder e foca a liderança como um todo, existe por uma questão de formalidade, não obstante, há alguém denominado líder, no entanto, não necessariamente, esse exerce a liderança fim.
2.1. Liderança em tempos contemporâneo.
O perfil do líder do século XXI consiste na preocupação de alcançar metas. Mas, não somente metas para o alcance de melhor funcionalidade, pois uma equipe funcional e motivada, que realiza seus serviços com prazer e respeito, sem necessariamente a recompensa financeira, essa equipe tende a ser mais duradoura evitando a rotatividade de membros, o que ocasiona menos custos com treinamentos e desenvolvimentos. Uma vez que um liderado se sente amparado pelo seu líder-gestor, sua confiabilidade em seus projetos torna-se mais dinâmica e eficaz, aumentando sua produtividade e mantendo a qualidade, trazendo beneficio a si mesmo, bem como para a companhia que exerce tal função (Damião, 2010).
No mundo competitivo, já não basta somente determinação, mas ação em conjunto, que não só capacita, mas supervisiona, continuamente, o desempenho de liderados. A partir do princípio de que um líder é automaticamente gestor de seu grupo ou equipe, não haverá a necessidade de se disponibilizar tempo para a execução da supervisão, pois, durante o desenvolvimento dos processos de trabalhos, as correções são feitas e os resultados são alcançados, com mais precisão e sem as interrupções para soluções que, supostamente, seriam realizadas por um líder; assim é o entendimento do Gerente Geral do Banco Santander de Santo André, Sr. Hernani (2010).
Um líder capacitado à liderança e gestão, tendo como fio condutor de suas atribuições o bom encaminhamento de seu liderados, desenvolve sua liderança em qualquer seguimento, utilizando de ferramentas precisas e básicas (ele será "líder em qualquer lugar"), para que exista uma liderança, basta que se envolvam duas partes nesse processo: os liderados e o líder, mas os resultados é que irão comprovar a excelência desse sistema.
Desta forma, os produtos alcançados demonstrarão a viabilidade de confiar a este grupo uma missão, seja ela qual for, mesmo que diante de supostos fracassos, um grupo bem liderado, encontrará o caminho para a correção, a fim de que o projeto em desenvolvimento não vá "por água a baixo". Isto quer dizer que as perdas são possíveis e devem ser consideradas, mas o resultado final mostrará se essas perdas serviram de experiência e amadurecimento do grupo e do projeto ou se a liderança foi falha, não enxergando a possibilidade de falência e inviabilidade do sistema utilizado para tal missão ou alcance de resultados, (Damião, 2010).
Portanto, ser gestor vai além dos projetos de treinamentos e desenvolvimentos. A gestão acontece quando há o crescimento de um liderado e esse desenvolve um projeto com qualidade e constrói, por si só, ferramentas para soluções de problemas, ainda não existentes, que um projeto ou missão pode experimentar e, muito mais que isto, o liderado bem assistido vai desenvolver talentos, que talvez não sejam esperados por ele mesmo ou por seu superior e, assim, atinge-se a superação das espectativas, é a excelência da qualidade.
Logo, conceber trabalhos jamais esperados e elaborar projetos jamais vistos, proporcionará, no decorrer de alguns anos, a boa desenvoltura e, com certeza se transformará em um excelente gestor, dando continuidade a um trabalho renovador e transformador de talentos.
As várias notícias a respeito dos líderes bem sucedidos permitem depreender a vastidão dos tipos de líderes neste cenário de gestores e futuros gestores da atualidade. Cabe, então, a reflexão de que um acompanhamento pessoal e mais constante nas atribuições desses líderes dimensionariam uma significativa melhora em seus empenhos, nas suas técnicas, nas suas reações e soluções para as mais diversas situações de negócios, gestão, crises e conflitos.
Contudo, nota-se que o trabalho de um líder gestor é árduo e de grande valia para o bom andamento de qualquer segmento. O resultado é seu objetivo, mas o caminho para ele torna-se diverso, longo ou curto, prático ou burocrático, porém sempre de acordo com possibilidades, recursos e necessidade. Sendo assim, cada líder procura fazer o que lhe parece melhor para obter sempre o resultado esperado, mas moldando seus liderados à formação, de acordo com suas expectativas, ou seja, o líder procura moldar sua equipe consoante ao seu projeto, planos e viabilidade.
3. LIDERANÇA ECLESIÁSTICA EM NOVOS TEMPOS
O líder do futuro ousa sempre afirmar sua irrelevância ao mundo atual e insiste na sua determinação pela causa. É o reflexo da sua vocação divina que lhe conduz a uma atitude de estar inserido nos limites humanos, na capacidade de entender sem ser entendido e mergulhar na angústia, inerente a todo aquele que acredita na solução das causas perdidas pelo esplendor da fé em um ser supremo.
Segundo Greenleaf (apud NOUMEN, 1993), a liderança que Cristo ensinou é avessa à qual o mundo propaga por meio dos estudiosos da atualidade. É é uma liderança formada por dois pontos: o servo e aquele que é servido dependem, simultaneamente, um do outro para suas próprias existências. Greenleaf defende que é necessário um novo perfil de líder para gerenciar a eclesiologia atual, aquele que não seja moldado segundo os interesses da ganância do homem, mas que use o exemplo de Cristo que foi, antes de ser um grande líder, um servo da humanidade.
Ao contrário de um ensinamento de humanidade dado por Cristo, da prática de uma doutrina que centrasse a escassez da cumplicidade humana, da absorção do amor e afeto, do ensinamento que contrariasse a busca desacerbada pelo poder; líderes de todo o mundo deixaram-se levar pela tentação de atingir o poder desejado. O poder sempre foi bem observado por vários líderes no decorrer da história cristã, porém este mesmo poder foi precursor de grandes cruzadas, nas quais várias pessoas foram mortas e torturadas por conta das inquisições, escravidões e tantas outras.
O poder depositado nas mãos humanas, até hoje, formam a base para construção de palácios episcopais, catedrais esplêndidas, gloriosos seminários, sem contar com a degradação de lideranças e manipulação de consciência e opiniões públicas. Assim, nota-se que fatos históricos como a "Grande Cisma do século XI", a "Reforma do século XVI" e a "Secularização do século XX", aconteceram em, grande parte, pela busca desenfreada do poder, o que causou divisões significativas no meio de defensores da vida de Cristo que, imensuravelmente, pregou a simplicidade e o despojo das riquezas.
O poder, muitas vezes, tem sido alvo para alguns líderes, porque, nesta base, o líder encontra segurança para seus medos e receios, causando, assim, a anulação do sentimento, fazendo com que esse se distancie dos seus seguidores, a fim de que o não envolvimento com problemas pessoais lhe assegure uma vida mais independente e estabilizada. Esse medo do envolvimento sentimental afasta o líder de seu liderado, anulando, assim, a ameaça de participar de sofrimentos e experiências amargas, vistas no cotidiano de suas comunidades. Torna-se mais cômodo e menos doloroso a falta de envolvimento sentimental, pois um líder, fazendo-se de um mero controlador de vidas, deixa de lado os sentimentos pessoais pelos seus próximos, pois quando há sentimento, o controle deixa de existir e abre-se espaço para o amor por cada causa individual.
Parte das lideranças cristãs atuais fundamentam suas opiniões nas ciências da Psicológia, da Sociologia e da Pedagogia, atuando essas ciências como agentes de recuperação humana na busca das soluções de problemas do cotidiano, substituindo a função dos pais ou até de irmãos mais velhos, buscam orientações nas sobreditas ciências para nortearem o comportamento dos seus liderados, objetivando que esses tenham sucesso e êxito nas construções e sonhos que planejam durante suas vidas.
Esse apoio é de vital importância, no entanto, um verdadeiro líder cristão é aquele que se compromete com o desenvolvimento espiritual de cada indivíduo, norteando seus liderados a procurar as soluções dos problemas pessoais com base nos ensinamentos de Cristo, ou seja, pensar igual a Cristo todos os dias, isto consiste em ter um coração igual ao de Cristo e expressar os mesmos sentimentos para com o próximo em momentos de necessidades, nos quais os valores sociais não apresentem soluções efetivas.
Nesta esteira de entendimento, ser líder é estar disposto a assumir a responsabilidade de inculcar os seus fiéis sobre as possibilidades para a resolução de problemas ao invés de sugestionar os fiéis sobre oportunidades fantásticas, que são ameaças para o bem-estar espiritual, ou seja, poder fazer algo com facilidade e comodismo pode incomodar a alma, pois o alcance com facilidade das coisas terrenas pode ser o caminho para um fracasso espiritual e a corrupção do sentimento.
Um líder cristão próximo do ideal é aquele que abre mão de si mesmo e faz de seus sonhos a busca da transformação do fracasso alheio em a glória futura, em que seus ideais zelam pelo bem-estar da vida, defendendo com garra a estabilidade espiritual no anseio do alcance de coisas acima do conhecimento comum e lógico, sem pregar ou demonstrar ganância em poderes cósmicos e fenomenais, mas deixando transparecer a plenitude das coisas simples que alimentam a alma e aquecem o coração humano, assim como dizia Jesus.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com esta pesquisa, nota-se que tarefa árdua e paulatina é a do líder que busca a excelência, a competência e os bons resultados. Ser líder é manter um com-promisso com a causa, a ordem, a lei, com grupo e com o sucesso. Este caminho para a execução de uma boa liderança nem sempre torna-se fácil, rápido, ou simples. O líder é intitulado como tal desde o momento que assume uma responsabilidade, sem nenhuma experiência ou, talvez, noção das avalanches que encontrará durante as execuções dos processos em que se comprometeu a concluir. No entanto, a tarefa está proposta e o mentor não sabe ainda que ferramentas usar ou que tipo de manobras executar diante dos desvios de expectativa daquilo que, outrora, projetou ou previamente inseriu como surpresas e mudanças repentinas.
As lideranças acontecem geralmente em momentos distintos, quando lhes são atribuídas por motivação ou necessidade. Nesses casos, o comportamento do líder difere pelo momento da nova fase ou oportunidade e pelo dinamismo exigido para a execução das novas tarefas.
Quando existe a motivação daquele que é constituído mentor, ou seja, alguém que, durante sua ascendência profissional, aspira a posição de líder, esse, por sua vez, projeta uma expectativa de supostas barreiras e pressões, diante das responsabilidades do cargo, e procura focar seu esforço e dedicação no anseio de um resultado futuro de recompensa e reconhecimento por seus próximos e por aqueles que estão diretamente ligados ao projeto a ser desenvolvido.
Uma vez que existe a oportunidade ao cargo de coordenação e supervisão, ocasionada pela necessidade da instituição ou empresa, cresce a responsabilidade daquele que será líder e não houve uma expectativa moral ou profissional para o exercício daquela função. O desempenho profissional do ocupante do cargo o obrigará a uma nova fase de capacitação e adaptação que outrora não tivera, tanto na questão do conhecimento específico das suas atribuições técnicas, caso não o possua, pois na maioria das vezes esses cargos são oferecidos a profissionais melhores qualificados que possuem um grau de instrução diferenciado dos demais, quanto no desempenho das sua funções como líder que, em determinado momento, o conhecimento e a experiência técnica já não bastam.
A desenvoltura como coordenador de algum grupo terá que ser utilizada para que o mecanismo proposto, para o desempenho de alguma tarefa ou projeto, alcance su-cesso pela supervisão e apoio daquele que o lidera. Cabe-se então, nessa ocasião, a busca por habilidades de competência de um líder para que aconteça a diferenciação de função, com o objetivo de lograr êxito no destaque do grupo e não no destaque individual.
Essa busca resultará em trabalhos diferenciados, mas com o foco no mesmo resultado, responsabilizando o líder pelo tirocínio aguçado para articular tarefas específicas às profissionais congruentes ao desempenho exigido, atingindo trabalhos sólidos, permanentes e eficazes.
A liderança eclesiástica exige sobremaneira mais comprometimento do que capacitação; o carisma, a confiabilidade, o bom testemunho do cotidiano e a opinião pública são valores notáveis na avaliação pessoal daquele que assume o cargo de liderança ligado a uma instituição religiosa. A conduta da pessoa do mentor eclesiástico interfere significativamente no momento de interpretação do nível de liderança que esse líder pretende ou apresenta ao seu grupo ou a comunidade de fé, quando seu trabalho é ligado às pessoas voltadas a atividade fim, que é conduzir membros de um clero específico a um patamar religioso de acordo com o que se crê.
Segundo Carmona (2009), em décadas passadas, era natural ter como líderes religiosos homens relativamente autoritários, carrancudos, vestidos, a todo tempo, com endumentárias próprias do seu cargo, que eram taxativos para com seus membros em reuniões semanais e, principalmente, nos ensinos bíblicos dominicais, mas com uma preocupação espiritual notável, uma afetividade intensa e um caráter acima de qualquer suspeita.
Hoje temos um contexto moderno com bíblias para todos os gostos ( da mulher, do pastor, do empresário, batalha espiritual, do adolescente, do jovem, da criança, letra grande, comentada, ilustrada, eletrônica, etc.) e recursos dos mais variados, com lideranças treinadas no exterior, mas a mensagem não tem sido cristocêntrica, mas voltada para o pregador, o louvor, vestimentas e assuntos financeiros .
O discurso da realidade religiosa atual que tem sido dissimulado pelo encanto da mídia, vem oferecendo passos para uma mudança radical do viver cristão no século XXI. Porém, concomitantemente, são esquecidas as conseqüências do passado, que não foram resolvidas nem tão pouco desenvolvidos projetos para serem sanadas, tornando a realidade religiosos deficientes e sem elo, em que fiéis afastados não retornam as suas origens, mas se adaptam a uma nova instituição religiosa na busca de um amparo cristão, fato este que não tem sido observado pela nova safra de líderes religiosos.
Atualmente, em face da grande demanda de mentores religiosos no recorte da realidade cristã brasileira, a propagação do evangelho tem sido difundida com tamanha velocidade e eficiência, mas com esse crescimento retilíneo e progressivo, muitos líderes acabam por confundir o objetivo cristão com valores que a própria doutrina religiosa de seu clero não aprova. Os ensinamentos cristãos são baseados e fundamentados na pesquisa e análise bíblica, cabe ao líder eclesiástico não somente ter o domínio dos conhecimentos administrativos e operacionais de uma instituição religiosa, mas possuir também, impreterivelmente, conhecimentos teológicos.
Uma vez não observada essa questão do preparo ideal para o desempenho da função de um líder religioso, assume-se o risco da frustração. Essa palavra resume o sen-timento daqueles que são pressionados a apresentarem algum tipo de produtividade estipulada pelos novos entendimentos de como se fazer comunidades cristãs nos dias de hoje, como o aumento numérico de fiéis em suas comunidades e o desenvolvimento de alguns programas voltados a públicos congressistas etários.
O líder eclesiástico ideal nos dias de hoje busca o equilíbrio entre as habilidades e conhecimentos administrativos específicos, bem como os benefícios das disciplinas existentes nas faculdades de teologia.
Segundo Rush (2005), alguns princípios bíblicos podem ser peças chave na exe-cução e sucesso de uma administração religiosa. Assim, pode ser observado, com base no texto bíblico citado em Gênesis, capítulo 11, nos versículos de 1 a 9:
Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar. Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinar; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. Então, desceu o SENHOR pa-ra ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela.
A supracitada passagem bíblica aponta alguns princípios como trabalho em torno de um só objetivo, unidade entre as pessoas envolvidas, em que a execução resultará em sucesso se houver eficácia na comunicação, agindo segundo a vontade de seu idealizador (Deus) com o objetivo de resplandecer sua glória, ou seja, a busca incondicional pela causa.
É louvável a observação de que os modus operandi evangelísticos da atualidade (comportamento das lideranças e instruções teológicas), muitas vezes, desperdiçam seu tempo em críticas, individualismo, discursos apelativos, anúncios, comércios, espetá-culos; do que com a propagação de um evangelho genuíno, salvífico e transformador, que de forma sedutora tem conquistados aqueles que aspiram pelo episcopado.
AGRADECIMENTOS
Dedico este artigo ao Sr. Karlos Eduardo Pranevitch de Araujo, meu patrocinador integral, que acreditou nos meus sonhos e contribui de forma honrosa para que ele se realizasse; à Renata Gouveia Avanzo que, com sua dedicação e carinho, amparou-me nos momentos de dificuldade; a minha mentora, Celeste Pimenta Alvarez, que sempre me motivou dizendo para enxergar a outra metade do copo cheio...
Agradeço a minha orientadora, Professora Regina Aparecida de Tomazio de Oliveria, que, com sua dedicação, atenção e profissionalismo, contribuiu de forma significativa para a realização deste trabalho.
REFERÊNCIAS
CARMONA, Alan Wendel. Crise e divisão no protestantismo brasileiro, Olhar crítico e visão de possibilidades, 2009, 75f. Monografia (Bacharel em Teologia) .Curso de graduação em Teologia, UMESP.São Bernardo do Campo, 2009.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
COSTA, V. R. À margem da lei: o Programa Comunidade Solidária. Em Pauta: revista da Faculdade de Serviço Social da UERJ, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998.
DAMIÃO, Maria de Lurdes Zamora. LIDERANÇA: Desenvolvendo Habilidades de Liderança. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2010.
NOUMEN, Henri J.M.O Perfil do Líder Cristão do Século XXI, , Worship Produções, Americana, 1993, 89 f .
RUSH, Myron. Administração: uma abordagem bíblica - como liderar pessoas e administrar or-ganizações usando princípios bíblicos imutáveis. Belo Horizonte: Betânia, 2005.
SILVA, Maria Aparecida. Reconcilhação: O caminho para a cura de Feridas e superação dedivisões religiosas. 2007,105f. Monografia ( Bacharelado em Teologia). Curso de graduação em Teologia, UMESP.São Bernardo do Campo, 2007.
VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. Editora Atlas S.A. 2ª Edição, São Paulo. 2000, 171f.
Alan Wendel Carmona
Alan Wendel Carmona é funcionário da Secretaria de Estado dos Negócios de Segurança Pública do Estado de São Paulo há 14 anos. Atualmente não só desempenha suas atribuições operacionais como é um dos pioneiros no desenvolvimento do projeto TRHUCO (Treinamento de Relações Humanas e Comportamentais), no qual ministra aulas nos Estágios de Aperfeiçoamento Profissional da instituição. É "Pratitioner" em PNL, palestrante, Técnico em Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública pela PMESP. Bacharel em Teologia pela Universidade Metodista, com extensão em Análise do Discurso pela mesma universidade. Pós graduado em MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Anhanguera.
Palavras-Chave: sociedade, religião, liderança.
1. INTRODUÇÃO
Na atual vida moderna, é comum perceber pessoas estressadas, doentes, sem um norte para suas vidas. Essas pessoas vivem em uma sociedade do imediatismo, uma realidade que não dá tempo ao tempo, nem para que haja tempo de se pensar no tempo.
Por esta razão, nota-se a importância de se ter uma crença, não necessariamente uma religião, pois a religião tem o objetivo de religar o ser humano a um ser supremo. Portanto, é mister compreender que a crença na vida do indivíduo motiva-o a se tornar em um ser humano melhor, é um momento de introspecção , a crença, seja ela qual for é o caminho para uma vida melhor, com objetivo de oferecer paz e qualidade ao cotidiano.
Pedagogos e especialistas recomendam que a religião é importante na formação do caráter e personalidade do indivíduo. Então, é louvável dar total atenção para o assunto. Os líderes eclesiásticos, enquanto gestores de pessoas, buscam o alcance da qualidade de vida para oferecer um ambiente melhor e, com isto, alcançar uma maior otimização nas atribuições profissionais do dia-a-dia.
Com base nestas observações, destaca-se a importância do perfil do líder eclesiástico na sociedade contemporânea, com o intuito de desenvolver um trabalho com excelência dentro das comunidades cristãs brasileiras, ou em organizações que tenham como finalidade a difusão das religiões. Pois, os líderes tem encontrado dificuldade em expor seus anseios e formatar metodologias competentes para o ensino religioso.
Na atual conjuntura, aqueles que buscam a melhoria de vida em prol dos menos favorecidos têm encontrado em seus caminhos pessoas ligadas à política, com objetivos individuais e tendenciosos, visando suas próprias projeções, o que trás tamanha degradação à moral cristã. Assim, o líder religioso encontra árdua missão em capacitar, motivar, treinar, encorajar seus liderados a desempenharem tal tarefa. Uma vez que esta missão não é especificamente profissional, mas vocacional, que em porcentagem notável não são agraciados com soldos ou ajudas de custos, esta realidade torna paulatina o trabalho de motivação e capacitação, o que aumenta, ainda mais, a dificuldade no momento de correção de conduta e adaptação de sistema.
Logo, na condição de líder, há a necessidade de articular missões específicas, de acordo com a capacidade e habilidade de seus liderados, os quais têm o compromisso e a responsabilidade no sucesso de cada missão a esses atribuídas. Para tanto, tais discípulos devem agirem com a persistência desejada, sempre em busca de ferramentas e talentos que os capacitem a transformar grupos, mesmo que desolados, motivando-os a formarem equipes de empenhos e conquistas, manuseando estratégias que o possibilitem o alcance de resultados sólidos e duradouros.
Destarte, depreende-se que há a necessidade da realização de pesquisas sobre o perfil e a conduta do líder religioso, bem como de suas atribuições nas comunidades de fé e de prática, sendo de vital importância tal análise, haja vista o fato do Brasil ser, nos dias atuais, uma nação atraída pelo místico e sobrenatural. A busca desta análise prende-se ao fato do grande crescimento de comunidades religiosas que se multiplicam subdividindo-se a cada dia.
2. LIDERANÇA
É necessário extrair as diferenças e semelhanças dos variados tipos de liderança, o estudo das lideranças enriquece os conhecimentos dos gestores para que sua prática possa articular as necessidades do mercado e atualizar as mais novas modalidades de um líder. Ser líder acarreta absorver tamanha responsabilidade de transformar um sistema estático em dinâmico, de incentivar um grupo de pessoas a desenvolver uma tarefa com tal habilidade que resulte um produto positivo, viável e eficaz. Analisar lideranças é o caminho para o alcance de uma nova safra de líderes atualizados, reajustados com os desafios de liderar e não praticar erros já solucionados por líderes que outrora desenvolveram projetos ainda em uso. É preciso, então, colher informações de pessoas que já vivenciaram e, ainda, vivenciam o árduo preço de assumir o papel de líder, fazendo de suas experiências colunas sustentáveis para um novo aprendizado daqueles que almejam cargos de liderança.
Para Diniz (2010), liderar envolve competências que viabilizam a inspiração, a motivação, as ações e atitudes de outras pessoas para alcance e superação de metas. Não obstante, Kouzes (2010) e Posner (2010) definem liderança como sendo "a arte de mobilizar os outros para que estes queiram lutar por aspirações compartilhadas". Diante desses dois entendimentos, nota-se que o papel do líder consiste muito em seu resultado. O Coronel da Polícia Militar, Comandante do Policiamento Metropolitano, José Luiz Martins Navarro (2010), disserta que a principal característica de um líder é a capacidade de motivar a tropa para a realização de missões com excelência e com resultados significativos, pois sabe-se que não é um trabalho muito fácil para uma pessoa não capacitada para tal mister.
A expressão liderança, às vezes, confunde-se com cargos de chefia, mas, no entanto, entende-se que todo chefe tem de ser um líder, porém, no exercício da função, nem todo chefe consegue ser um líder, na prática, alguns chefes sobrecarregam seus chefiados os coagindo mediante seu poder para exercerem suas vontades profissionais ou até seus caprichos pessoais (Bennis 1992). Assim, há de se lembrar que o chefe se impõe e utiliza de sua autoridade para fazer cumprir suas ordens, enquanto que o líder é escolhido pelos seus subordinados, que o respeitam e espontaneamente realizam suas missões sob as orientações do líder, que participa das tarefas e, caso necessário, auxilia os subordinados.
Nesta esteira de entendimento, Vergara (2000) destaca três tipos de liderança: a dos traços de personalidade, dos estilos de liderança e liderança contingência. Assim, a teoria dos traços de personalidade é analisada por meio das características físicas, tais quais: aparência, altura, energia no dinamismo do trabalho, força que exerce sobre os demais.
Analisa-se, também, os traços intelectuais como a facilidade de se adaptar ao ambiente de trabalho; o entusiasmo diante dos momento de dificuldade; a auto-confiança e o coeficiente de inteligência. Já os traços sociais também são características representativas do estilo de liderança. Isto se percebe quando o líder é cooperador e possui habilidades interpessoais, bem como administrativas e, além destes atributos, o líder tem que ter um bom relacionamento com suas tarefas, apresentando o impulso, a realização, a persistência e a iniciativa em seu trabalho.
A teoria de liderança divide-se em três estilos, a saber:
- Autocrático: aquele que transforma suas decisões em leis, determina suas ordens e não aceita sugestões.
- Democrático: aquele que aceita as sugestões dos seus subordinados ou de um determinado grupo, consulta suas bases para as tomadas de decisões.
- O líder denominado Laissez faire, tem sua performance dinâmica e observadora, segue acompanhando de longe, analisando passos e dando continuidade aos processos, quando as perspectivas são boas e resultados notáveis, na verdade, esse líder tende a agir de acordo com as influencias sobre ele exercida.
A teoria contingencial trabalha com base nas expectativas, interesses e motivações do grupo, desde que haja satisfação nas execuções das tarefas, assim, descaracteriza a imagem do líder e foca a liderança como um todo, existe por uma questão de formalidade, não obstante, há alguém denominado líder, no entanto, não necessariamente, esse exerce a liderança fim.
2.1. Liderança em tempos contemporâneo.
O perfil do líder do século XXI consiste na preocupação de alcançar metas. Mas, não somente metas para o alcance de melhor funcionalidade, pois uma equipe funcional e motivada, que realiza seus serviços com prazer e respeito, sem necessariamente a recompensa financeira, essa equipe tende a ser mais duradoura evitando a rotatividade de membros, o que ocasiona menos custos com treinamentos e desenvolvimentos. Uma vez que um liderado se sente amparado pelo seu líder-gestor, sua confiabilidade em seus projetos torna-se mais dinâmica e eficaz, aumentando sua produtividade e mantendo a qualidade, trazendo beneficio a si mesmo, bem como para a companhia que exerce tal função (Damião, 2010).
No mundo competitivo, já não basta somente determinação, mas ação em conjunto, que não só capacita, mas supervisiona, continuamente, o desempenho de liderados. A partir do princípio de que um líder é automaticamente gestor de seu grupo ou equipe, não haverá a necessidade de se disponibilizar tempo para a execução da supervisão, pois, durante o desenvolvimento dos processos de trabalhos, as correções são feitas e os resultados são alcançados, com mais precisão e sem as interrupções para soluções que, supostamente, seriam realizadas por um líder; assim é o entendimento do Gerente Geral do Banco Santander de Santo André, Sr. Hernani (2010).
Um líder capacitado à liderança e gestão, tendo como fio condutor de suas atribuições o bom encaminhamento de seu liderados, desenvolve sua liderança em qualquer seguimento, utilizando de ferramentas precisas e básicas (ele será "líder em qualquer lugar"), para que exista uma liderança, basta que se envolvam duas partes nesse processo: os liderados e o líder, mas os resultados é que irão comprovar a excelência desse sistema.
Desta forma, os produtos alcançados demonstrarão a viabilidade de confiar a este grupo uma missão, seja ela qual for, mesmo que diante de supostos fracassos, um grupo bem liderado, encontrará o caminho para a correção, a fim de que o projeto em desenvolvimento não vá "por água a baixo". Isto quer dizer que as perdas são possíveis e devem ser consideradas, mas o resultado final mostrará se essas perdas serviram de experiência e amadurecimento do grupo e do projeto ou se a liderança foi falha, não enxergando a possibilidade de falência e inviabilidade do sistema utilizado para tal missão ou alcance de resultados, (Damião, 2010).
Portanto, ser gestor vai além dos projetos de treinamentos e desenvolvimentos. A gestão acontece quando há o crescimento de um liderado e esse desenvolve um projeto com qualidade e constrói, por si só, ferramentas para soluções de problemas, ainda não existentes, que um projeto ou missão pode experimentar e, muito mais que isto, o liderado bem assistido vai desenvolver talentos, que talvez não sejam esperados por ele mesmo ou por seu superior e, assim, atinge-se a superação das espectativas, é a excelência da qualidade.
Logo, conceber trabalhos jamais esperados e elaborar projetos jamais vistos, proporcionará, no decorrer de alguns anos, a boa desenvoltura e, com certeza se transformará em um excelente gestor, dando continuidade a um trabalho renovador e transformador de talentos.
As várias notícias a respeito dos líderes bem sucedidos permitem depreender a vastidão dos tipos de líderes neste cenário de gestores e futuros gestores da atualidade. Cabe, então, a reflexão de que um acompanhamento pessoal e mais constante nas atribuições desses líderes dimensionariam uma significativa melhora em seus empenhos, nas suas técnicas, nas suas reações e soluções para as mais diversas situações de negócios, gestão, crises e conflitos.
Contudo, nota-se que o trabalho de um líder gestor é árduo e de grande valia para o bom andamento de qualquer segmento. O resultado é seu objetivo, mas o caminho para ele torna-se diverso, longo ou curto, prático ou burocrático, porém sempre de acordo com possibilidades, recursos e necessidade. Sendo assim, cada líder procura fazer o que lhe parece melhor para obter sempre o resultado esperado, mas moldando seus liderados à formação, de acordo com suas expectativas, ou seja, o líder procura moldar sua equipe consoante ao seu projeto, planos e viabilidade.
3. LIDERANÇA ECLESIÁSTICA EM NOVOS TEMPOS
O líder do futuro ousa sempre afirmar sua irrelevância ao mundo atual e insiste na sua determinação pela causa. É o reflexo da sua vocação divina que lhe conduz a uma atitude de estar inserido nos limites humanos, na capacidade de entender sem ser entendido e mergulhar na angústia, inerente a todo aquele que acredita na solução das causas perdidas pelo esplendor da fé em um ser supremo.
Segundo Greenleaf (apud NOUMEN, 1993), a liderança que Cristo ensinou é avessa à qual o mundo propaga por meio dos estudiosos da atualidade. É é uma liderança formada por dois pontos: o servo e aquele que é servido dependem, simultaneamente, um do outro para suas próprias existências. Greenleaf defende que é necessário um novo perfil de líder para gerenciar a eclesiologia atual, aquele que não seja moldado segundo os interesses da ganância do homem, mas que use o exemplo de Cristo que foi, antes de ser um grande líder, um servo da humanidade.
Ao contrário de um ensinamento de humanidade dado por Cristo, da prática de uma doutrina que centrasse a escassez da cumplicidade humana, da absorção do amor e afeto, do ensinamento que contrariasse a busca desacerbada pelo poder; líderes de todo o mundo deixaram-se levar pela tentação de atingir o poder desejado. O poder sempre foi bem observado por vários líderes no decorrer da história cristã, porém este mesmo poder foi precursor de grandes cruzadas, nas quais várias pessoas foram mortas e torturadas por conta das inquisições, escravidões e tantas outras.
O poder depositado nas mãos humanas, até hoje, formam a base para construção de palácios episcopais, catedrais esplêndidas, gloriosos seminários, sem contar com a degradação de lideranças e manipulação de consciência e opiniões públicas. Assim, nota-se que fatos históricos como a "Grande Cisma do século XI", a "Reforma do século XVI" e a "Secularização do século XX", aconteceram em, grande parte, pela busca desenfreada do poder, o que causou divisões significativas no meio de defensores da vida de Cristo que, imensuravelmente, pregou a simplicidade e o despojo das riquezas.
O poder, muitas vezes, tem sido alvo para alguns líderes, porque, nesta base, o líder encontra segurança para seus medos e receios, causando, assim, a anulação do sentimento, fazendo com que esse se distancie dos seus seguidores, a fim de que o não envolvimento com problemas pessoais lhe assegure uma vida mais independente e estabilizada. Esse medo do envolvimento sentimental afasta o líder de seu liderado, anulando, assim, a ameaça de participar de sofrimentos e experiências amargas, vistas no cotidiano de suas comunidades. Torna-se mais cômodo e menos doloroso a falta de envolvimento sentimental, pois um líder, fazendo-se de um mero controlador de vidas, deixa de lado os sentimentos pessoais pelos seus próximos, pois quando há sentimento, o controle deixa de existir e abre-se espaço para o amor por cada causa individual.
Parte das lideranças cristãs atuais fundamentam suas opiniões nas ciências da Psicológia, da Sociologia e da Pedagogia, atuando essas ciências como agentes de recuperação humana na busca das soluções de problemas do cotidiano, substituindo a função dos pais ou até de irmãos mais velhos, buscam orientações nas sobreditas ciências para nortearem o comportamento dos seus liderados, objetivando que esses tenham sucesso e êxito nas construções e sonhos que planejam durante suas vidas.
Esse apoio é de vital importância, no entanto, um verdadeiro líder cristão é aquele que se compromete com o desenvolvimento espiritual de cada indivíduo, norteando seus liderados a procurar as soluções dos problemas pessoais com base nos ensinamentos de Cristo, ou seja, pensar igual a Cristo todos os dias, isto consiste em ter um coração igual ao de Cristo e expressar os mesmos sentimentos para com o próximo em momentos de necessidades, nos quais os valores sociais não apresentem soluções efetivas.
Nesta esteira de entendimento, ser líder é estar disposto a assumir a responsabilidade de inculcar os seus fiéis sobre as possibilidades para a resolução de problemas ao invés de sugestionar os fiéis sobre oportunidades fantásticas, que são ameaças para o bem-estar espiritual, ou seja, poder fazer algo com facilidade e comodismo pode incomodar a alma, pois o alcance com facilidade das coisas terrenas pode ser o caminho para um fracasso espiritual e a corrupção do sentimento.
Um líder cristão próximo do ideal é aquele que abre mão de si mesmo e faz de seus sonhos a busca da transformação do fracasso alheio em a glória futura, em que seus ideais zelam pelo bem-estar da vida, defendendo com garra a estabilidade espiritual no anseio do alcance de coisas acima do conhecimento comum e lógico, sem pregar ou demonstrar ganância em poderes cósmicos e fenomenais, mas deixando transparecer a plenitude das coisas simples que alimentam a alma e aquecem o coração humano, assim como dizia Jesus.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com esta pesquisa, nota-se que tarefa árdua e paulatina é a do líder que busca a excelência, a competência e os bons resultados. Ser líder é manter um com-promisso com a causa, a ordem, a lei, com grupo e com o sucesso. Este caminho para a execução de uma boa liderança nem sempre torna-se fácil, rápido, ou simples. O líder é intitulado como tal desde o momento que assume uma responsabilidade, sem nenhuma experiência ou, talvez, noção das avalanches que encontrará durante as execuções dos processos em que se comprometeu a concluir. No entanto, a tarefa está proposta e o mentor não sabe ainda que ferramentas usar ou que tipo de manobras executar diante dos desvios de expectativa daquilo que, outrora, projetou ou previamente inseriu como surpresas e mudanças repentinas.
As lideranças acontecem geralmente em momentos distintos, quando lhes são atribuídas por motivação ou necessidade. Nesses casos, o comportamento do líder difere pelo momento da nova fase ou oportunidade e pelo dinamismo exigido para a execução das novas tarefas.
Quando existe a motivação daquele que é constituído mentor, ou seja, alguém que, durante sua ascendência profissional, aspira a posição de líder, esse, por sua vez, projeta uma expectativa de supostas barreiras e pressões, diante das responsabilidades do cargo, e procura focar seu esforço e dedicação no anseio de um resultado futuro de recompensa e reconhecimento por seus próximos e por aqueles que estão diretamente ligados ao projeto a ser desenvolvido.
Uma vez que existe a oportunidade ao cargo de coordenação e supervisão, ocasionada pela necessidade da instituição ou empresa, cresce a responsabilidade daquele que será líder e não houve uma expectativa moral ou profissional para o exercício daquela função. O desempenho profissional do ocupante do cargo o obrigará a uma nova fase de capacitação e adaptação que outrora não tivera, tanto na questão do conhecimento específico das suas atribuições técnicas, caso não o possua, pois na maioria das vezes esses cargos são oferecidos a profissionais melhores qualificados que possuem um grau de instrução diferenciado dos demais, quanto no desempenho das sua funções como líder que, em determinado momento, o conhecimento e a experiência técnica já não bastam.
A desenvoltura como coordenador de algum grupo terá que ser utilizada para que o mecanismo proposto, para o desempenho de alguma tarefa ou projeto, alcance su-cesso pela supervisão e apoio daquele que o lidera. Cabe-se então, nessa ocasião, a busca por habilidades de competência de um líder para que aconteça a diferenciação de função, com o objetivo de lograr êxito no destaque do grupo e não no destaque individual.
Essa busca resultará em trabalhos diferenciados, mas com o foco no mesmo resultado, responsabilizando o líder pelo tirocínio aguçado para articular tarefas específicas às profissionais congruentes ao desempenho exigido, atingindo trabalhos sólidos, permanentes e eficazes.
A liderança eclesiástica exige sobremaneira mais comprometimento do que capacitação; o carisma, a confiabilidade, o bom testemunho do cotidiano e a opinião pública são valores notáveis na avaliação pessoal daquele que assume o cargo de liderança ligado a uma instituição religiosa. A conduta da pessoa do mentor eclesiástico interfere significativamente no momento de interpretação do nível de liderança que esse líder pretende ou apresenta ao seu grupo ou a comunidade de fé, quando seu trabalho é ligado às pessoas voltadas a atividade fim, que é conduzir membros de um clero específico a um patamar religioso de acordo com o que se crê.
Segundo Carmona (2009), em décadas passadas, era natural ter como líderes religiosos homens relativamente autoritários, carrancudos, vestidos, a todo tempo, com endumentárias próprias do seu cargo, que eram taxativos para com seus membros em reuniões semanais e, principalmente, nos ensinos bíblicos dominicais, mas com uma preocupação espiritual notável, uma afetividade intensa e um caráter acima de qualquer suspeita.
Hoje temos um contexto moderno com bíblias para todos os gostos ( da mulher, do pastor, do empresário, batalha espiritual, do adolescente, do jovem, da criança, letra grande, comentada, ilustrada, eletrônica, etc.) e recursos dos mais variados, com lideranças treinadas no exterior, mas a mensagem não tem sido cristocêntrica, mas voltada para o pregador, o louvor, vestimentas e assuntos financeiros .
O discurso da realidade religiosa atual que tem sido dissimulado pelo encanto da mídia, vem oferecendo passos para uma mudança radical do viver cristão no século XXI. Porém, concomitantemente, são esquecidas as conseqüências do passado, que não foram resolvidas nem tão pouco desenvolvidos projetos para serem sanadas, tornando a realidade religiosos deficientes e sem elo, em que fiéis afastados não retornam as suas origens, mas se adaptam a uma nova instituição religiosa na busca de um amparo cristão, fato este que não tem sido observado pela nova safra de líderes religiosos.
Atualmente, em face da grande demanda de mentores religiosos no recorte da realidade cristã brasileira, a propagação do evangelho tem sido difundida com tamanha velocidade e eficiência, mas com esse crescimento retilíneo e progressivo, muitos líderes acabam por confundir o objetivo cristão com valores que a própria doutrina religiosa de seu clero não aprova. Os ensinamentos cristãos são baseados e fundamentados na pesquisa e análise bíblica, cabe ao líder eclesiástico não somente ter o domínio dos conhecimentos administrativos e operacionais de uma instituição religiosa, mas possuir também, impreterivelmente, conhecimentos teológicos.
Uma vez não observada essa questão do preparo ideal para o desempenho da função de um líder religioso, assume-se o risco da frustração. Essa palavra resume o sen-timento daqueles que são pressionados a apresentarem algum tipo de produtividade estipulada pelos novos entendimentos de como se fazer comunidades cristãs nos dias de hoje, como o aumento numérico de fiéis em suas comunidades e o desenvolvimento de alguns programas voltados a públicos congressistas etários.
O líder eclesiástico ideal nos dias de hoje busca o equilíbrio entre as habilidades e conhecimentos administrativos específicos, bem como os benefícios das disciplinas existentes nas faculdades de teologia.
Segundo Rush (2005), alguns princípios bíblicos podem ser peças chave na exe-cução e sucesso de uma administração religiosa. Assim, pode ser observado, com base no texto bíblico citado em Gênesis, capítulo 11, nos versículos de 1 a 9:
Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar. Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinar; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. Então, desceu o SENHOR pa-ra ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela.
A supracitada passagem bíblica aponta alguns princípios como trabalho em torno de um só objetivo, unidade entre as pessoas envolvidas, em que a execução resultará em sucesso se houver eficácia na comunicação, agindo segundo a vontade de seu idealizador (Deus) com o objetivo de resplandecer sua glória, ou seja, a busca incondicional pela causa.
É louvável a observação de que os modus operandi evangelísticos da atualidade (comportamento das lideranças e instruções teológicas), muitas vezes, desperdiçam seu tempo em críticas, individualismo, discursos apelativos, anúncios, comércios, espetá-culos; do que com a propagação de um evangelho genuíno, salvífico e transformador, que de forma sedutora tem conquistados aqueles que aspiram pelo episcopado.
AGRADECIMENTOS
Dedico este artigo ao Sr. Karlos Eduardo Pranevitch de Araujo, meu patrocinador integral, que acreditou nos meus sonhos e contribui de forma honrosa para que ele se realizasse; à Renata Gouveia Avanzo que, com sua dedicação e carinho, amparou-me nos momentos de dificuldade; a minha mentora, Celeste Pimenta Alvarez, que sempre me motivou dizendo para enxergar a outra metade do copo cheio...
Agradeço a minha orientadora, Professora Regina Aparecida de Tomazio de Oliveria, que, com sua dedicação, atenção e profissionalismo, contribuiu de forma significativa para a realização deste trabalho.
REFERÊNCIAS
CARMONA, Alan Wendel. Crise e divisão no protestantismo brasileiro, Olhar crítico e visão de possibilidades, 2009, 75f. Monografia (Bacharel em Teologia) .Curso de graduação em Teologia, UMESP.São Bernardo do Campo, 2009.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
COSTA, V. R. À margem da lei: o Programa Comunidade Solidária. Em Pauta: revista da Faculdade de Serviço Social da UERJ, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998.
DAMIÃO, Maria de Lurdes Zamora. LIDERANÇA: Desenvolvendo Habilidades de Liderança. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2010.
NOUMEN, Henri J.M.O Perfil do Líder Cristão do Século XXI, , Worship Produções, Americana, 1993, 89 f .
RUSH, Myron. Administração: uma abordagem bíblica - como liderar pessoas e administrar or-ganizações usando princípios bíblicos imutáveis. Belo Horizonte: Betânia, 2005.
SILVA, Maria Aparecida. Reconcilhação: O caminho para a cura de Feridas e superação dedivisões religiosas. 2007,105f. Monografia ( Bacharelado em Teologia). Curso de graduação em Teologia, UMESP.São Bernardo do Campo, 2007.
VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. Editora Atlas S.A. 2ª Edição, São Paulo. 2000, 171f.
Alan Wendel Carmona
Alan Wendel Carmona é funcionário da Secretaria de Estado dos Negócios de Segurança Pública do Estado de São Paulo há 14 anos. Atualmente não só desempenha suas atribuições operacionais como é um dos pioneiros no desenvolvimento do projeto TRHUCO (Treinamento de Relações Humanas e Comportamentais), no qual ministra aulas nos Estágios de Aperfeiçoamento Profissional da instituição. É "Pratitioner" em PNL, palestrante, Técnico em Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública pela PMESP. Bacharel em Teologia pela Universidade Metodista, com extensão em Análise do Discurso pela mesma universidade. Pós graduado em MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Anhanguera.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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28 de dezembro de 2016- Visualizações: 9640
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