Palavra do leitor
27 de outubro de 2025- Visualizações: 988
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Hallow... hem?
Alguns anos atrás, com meus filhos ainda crianças, fomos surpreendidos pela tarefa de casa dada a eles pela escola propondo o tema Halloween inserido no contexto de folclore.
Confesso que não me surpreendo com alguma coisa há muito tempo...
Na mesma escola em Santos – SP, reconhecida como uma das melhores na cidade, a professora de ciências já havia passado todo um semestre tratando dos quatro elementos: Fogo, Terra, Ar e Água. A mestra "viajou" num link metafísico entre horóscopo e ciência...
Anos mais tarde em um cursinho pré-vestibular outro "iluminado" professor de ciências de um de meus filhos usava suas aulas para ministrar sobre Divinismo, em pregações longas e pretensamente apologéticas.
Eu e Annika, minha esposa, questionamos se era uma infelicidade pontual ou indicaria uma tendência pedagógica. Evidente que conversamos com a direção das duas unidades manifestando nossa indignação e contrariedade, vez que essa abordagem, que poderia até ser debatida no ambiente acadêmico, não deveria ocupar a centralidade do ensino.
Voltarei já ao assunto Halloween...
A título de posicionamento pessoal, quando exerci os seis anos de presidente do Conselho Metropolitano de Pastores da Baixada Santista, surpreendentemente, para alguns, me posicionei contra a introdução do ensino religioso nas escolas. Entendia que, num estado laico desde que o Brasil tornou-se republicano, sem uma religião oficial portanto, não cabe a este a responsabilidade do ensino de natureza religiosa ou assuntos de fé. A família e as igrejas devem assumir esta prerrogativa, mesmo porque a igreja de Roma e os evangélicos não devem ser tão ingênuos imaginando que este espaço nas escolas seria ocupado apenas por cristãos...
Voltando à abóbora malvada, resolvemos em casa "encarar" a proposição "folclórica" e ajudar os meninos na produção de um trabalho sobre o Halloween segundo uma perspectiva cristã. Eles ficaram preocupados com as possíveis consequências mas "toparam a parada", entendendo que o andar profético envolve não só o anúncio da Verdade mas a confrontação com o Mal.
Por que Mal? Afinal a questão que bate à nossa porta não é somente gostosuras ou travessuras?
Ora, para quem ainda tem dúvidas, qualquer site no Google esclarece minimamente as origens e vínculos desta comemoração anglo-saxônica (Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido) que, ao que me parece, teve início no Brasil em escolas de idiomas (inglês principalmente) e que na atualidade, inquestionavelmente, tem relação com bruxas.
Recentemente numa rádio paulistana ouvi uma coordenadora pedagógica num esforço circense tentando relacionar a presença das bruxas ao folclore verde-amarelo para afirmar, enfim, que "não há mal algum nessa comemoração".
Pois, para mim, eis aí o problema.
O Halloween é mais uma das contribuições para a relativização da Manipulação do Mal.
Para quem desconfia de alguma xenofobia nesta opinião, respondo que o halloween para mim apenas acrescenta mais uma gama de personagens malignos importados aos made in Brazil. Já temos por aqui Sacis-Pererês, Cucas, Mulas-sem-Cabeça, Curupiras, Caiporas, e uma infinidade de outros pavores vomitados pela boca do demônio para inundar a mente de nossas criancinhas, sob o título de Folclore.
E se ainda alguém duvida da influência maligna (e não apenas maléfica), portanto espiritualmente perigosa de comemorações como o Halloween que viraram uma série de filmes em Hollywood "nos quais a violência plástica e os assassinatos acabam por criar no espectador um estado de angústia e ansiedade", deverá ficar horrorizado com o que penso sobre a série O Crepúsculo que reavivou a histórica figura do vampiro, este, no caso, vegetariano (dá pra acreditar?), best-seller da autora Stephenie Meyer que relaciona o amor da "bela pela fera" com o desejo bíblico de comer do fruto da árvore do Bem e do Mal (?).
Insisto, a Manipulação do Mal é a tônica de eventos como o Halloween. É aproximação com a banda trevosa e maligna da dimensão espiritual. É brecha aberta para a malignidade colocar uma cunha e despertar interesse por esse reino.
E por fim, sobre a história do trabalho de Halloween na escola dos filhos, produzimos painéis negros com as figuras mais horripilantes que encontramos, com uma diagramação bem cuidada, efeitos brilhantes, tudo, enfim, para atrair a atenção dos visitantes (pais, vovôs e vovós, titios, etc.). O conteúdo, porém, alertava alunos e pais sobre a influência maligna da prática ocultista, implícita na "festa".
A nota dos meninos foi 10.
Mas 10 mesmo, foi ver a carinha deles pela vitória, por terem tido coragem de enfrentar o fluxo na contramão e, ainda assim, saído ilesos.
Halloween? Eu e minha casa estamos fora...
"Inclino o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até o fim. Odeio a duplicidade, mas amo a tua lei. Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra". Sl 119.112-114
João Campos é pastor sênior da Igreja Cem Porcento Vida com sede em Santos - SP
Confesso que não me surpreendo com alguma coisa há muito tempo...
Na mesma escola em Santos – SP, reconhecida como uma das melhores na cidade, a professora de ciências já havia passado todo um semestre tratando dos quatro elementos: Fogo, Terra, Ar e Água. A mestra "viajou" num link metafísico entre horóscopo e ciência...
Anos mais tarde em um cursinho pré-vestibular outro "iluminado" professor de ciências de um de meus filhos usava suas aulas para ministrar sobre Divinismo, em pregações longas e pretensamente apologéticas.
Eu e Annika, minha esposa, questionamos se era uma infelicidade pontual ou indicaria uma tendência pedagógica. Evidente que conversamos com a direção das duas unidades manifestando nossa indignação e contrariedade, vez que essa abordagem, que poderia até ser debatida no ambiente acadêmico, não deveria ocupar a centralidade do ensino.
Voltarei já ao assunto Halloween...
A título de posicionamento pessoal, quando exerci os seis anos de presidente do Conselho Metropolitano de Pastores da Baixada Santista, surpreendentemente, para alguns, me posicionei contra a introdução do ensino religioso nas escolas. Entendia que, num estado laico desde que o Brasil tornou-se republicano, sem uma religião oficial portanto, não cabe a este a responsabilidade do ensino de natureza religiosa ou assuntos de fé. A família e as igrejas devem assumir esta prerrogativa, mesmo porque a igreja de Roma e os evangélicos não devem ser tão ingênuos imaginando que este espaço nas escolas seria ocupado apenas por cristãos...
Voltando à abóbora malvada, resolvemos em casa "encarar" a proposição "folclórica" e ajudar os meninos na produção de um trabalho sobre o Halloween segundo uma perspectiva cristã. Eles ficaram preocupados com as possíveis consequências mas "toparam a parada", entendendo que o andar profético envolve não só o anúncio da Verdade mas a confrontação com o Mal.
Por que Mal? Afinal a questão que bate à nossa porta não é somente gostosuras ou travessuras?
Ora, para quem ainda tem dúvidas, qualquer site no Google esclarece minimamente as origens e vínculos desta comemoração anglo-saxônica (Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido) que, ao que me parece, teve início no Brasil em escolas de idiomas (inglês principalmente) e que na atualidade, inquestionavelmente, tem relação com bruxas.
Recentemente numa rádio paulistana ouvi uma coordenadora pedagógica num esforço circense tentando relacionar a presença das bruxas ao folclore verde-amarelo para afirmar, enfim, que "não há mal algum nessa comemoração".
Pois, para mim, eis aí o problema.
O Halloween é mais uma das contribuições para a relativização da Manipulação do Mal.
Para quem desconfia de alguma xenofobia nesta opinião, respondo que o halloween para mim apenas acrescenta mais uma gama de personagens malignos importados aos made in Brazil. Já temos por aqui Sacis-Pererês, Cucas, Mulas-sem-Cabeça, Curupiras, Caiporas, e uma infinidade de outros pavores vomitados pela boca do demônio para inundar a mente de nossas criancinhas, sob o título de Folclore.
E se ainda alguém duvida da influência maligna (e não apenas maléfica), portanto espiritualmente perigosa de comemorações como o Halloween que viraram uma série de filmes em Hollywood "nos quais a violência plástica e os assassinatos acabam por criar no espectador um estado de angústia e ansiedade", deverá ficar horrorizado com o que penso sobre a série O Crepúsculo que reavivou a histórica figura do vampiro, este, no caso, vegetariano (dá pra acreditar?), best-seller da autora Stephenie Meyer que relaciona o amor da "bela pela fera" com o desejo bíblico de comer do fruto da árvore do Bem e do Mal (?).
Insisto, a Manipulação do Mal é a tônica de eventos como o Halloween. É aproximação com a banda trevosa e maligna da dimensão espiritual. É brecha aberta para a malignidade colocar uma cunha e despertar interesse por esse reino.
E por fim, sobre a história do trabalho de Halloween na escola dos filhos, produzimos painéis negros com as figuras mais horripilantes que encontramos, com uma diagramação bem cuidada, efeitos brilhantes, tudo, enfim, para atrair a atenção dos visitantes (pais, vovôs e vovós, titios, etc.). O conteúdo, porém, alertava alunos e pais sobre a influência maligna da prática ocultista, implícita na "festa".
A nota dos meninos foi 10.
Mas 10 mesmo, foi ver a carinha deles pela vitória, por terem tido coragem de enfrentar o fluxo na contramão e, ainda assim, saído ilesos.
Halloween? Eu e minha casa estamos fora...
"Inclino o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até o fim. Odeio a duplicidade, mas amo a tua lei. Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra". Sl 119.112-114
João Campos é pastor sênior da Igreja Cem Porcento Vida com sede em Santos - SP
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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