Cracolândia: um grito de desespero

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Há cerca de 1 mês fui convidado por um grande amigo para conhecer um trabalho missionário na Cracolândia, já havia recusado esse convite algumas vezes por conta de compromissos pessoais e ministeriais, porém dessa vez não hesitei e logo confirmei minha presença. Mal sabia eu que Deus queria me evangelizar.

Sempre imaginei a Cracolândia como um local no centro da cidade, de baixo de um viaduto, onde algumas pessoas se reuniam para fumar uma pedra. Para minha surpresa quando cheguei ao local havia cerca de 1.500 pessoas na rua, andando como zumbis, procurando os vendedores que possuíssem a droga para satisfazer suas necessidades. Crianças, adolescentes, adultos, homens e mulheres todos em transe numa busca frenética por alguns minutos fora da realidade. 99% das pessoas no local são moradores de rua, pessoas esquecidas pela sociedade, pelos poderes públicos que preferem fingir que tal região não existe. A polícia no local serve apenas para evitar que algum grande problema ocorra, enquanto agem como “tocadores de gado” evitando que o “rebanho” saia da área de controle. Porém pude ver também “lamparinas” brilhando em meio às trevas, pessoas que resolveram abrir mão do conforte de suas casas para entregar sua vida pelo próximo.

Durante nossa caminhada pela terra de zumbis tive a oportunidade de: conversar com dois moradores de rua, presenciar cenas que me tiraram o sono, assistir a crianças alucinadas pelo efeito da droga querendo quebrar tijolos para fumá-los, mulheres se entregando a prostituição em troca de drogas, ver pastores chorando enquanto abraçavam viciados.

Como igreja de Cristo não podemos nos conformar com a situação dessas pessoas, precisamos assumir nosso papel como sal e luz do mundo! Enquanto estamos preocupados com tolices Satanás está trabalhando arduamente para desgraçar vidas, destruir famílias e levar consigo para o inferno todos quanto possível.

Amados, é hora de como igreja nos posicionarmos, pararmos de brincar com o pecado e entregarmos nossas vidas totalmente a Deus. Vivendo cada dia como se fosse único, vivendo o evangelho verdadeiro que é evidenciado pelo Amor de Deus manifestado ao mundo através de nossas vidas.

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Opinião do leitor