Cadê Tito? (2 Co 2.12-13)

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O versículo 12, em destaque, é-nos apresentado num tom mais tranquilo, dentro de uma normalidade até, seguindo a proposta desta carta que perante as incursões de Paulo, em sua grande parte eram agitadas e tumultuadas, chegamos a este entender. Ele chega a Trôade para pregar o evangelho, cumprindo a sua chamada e com uma sinalização favorável, ou seja, uma porta aberta pelo Senhor. Todavia, quando abordamos o versículo 13, o tom muda vertiginosamente. O que houve, fica a pergunta?! Encontramos o apóstolo intranquilo e compelido a mudar de planos. Qual seria a razão desta intranquilidade a ponto dele, de um certo modo, interromper a sua estada em Trôade? A resposta é uma só: A ausência de Tito. Cadê Tito?

Quando estudamos a vida de Tito, descobrimos a possível razão da intranquilidade de Paulo, pois na verdade, Tito, se tratava de um verdadeiro instrumento de Deus. Desta forma, encontramos na vida de Tito seis importantes marcas de um verdadeiro instrumento de Cristo, quase todas na mesma carta que é alvo de nosso estudo:

A primeira marca encontrada foi o CONSOLO (7.6-7): "Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito; e não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado a vosso respeito, enquanto nos referia as vossas saudações, o vosso pranto, o vosso zelo por mim, de modo que ainda mais me regozijei". O texto deixa claro que Tito é um consolo e condutor deste. Consolar significa: aliviar os sofrimentos e dores, confortar e encorajar. O Senhor Jesus disse que o Espírito Santo é o Consolador (João 14.16, 26; 15:26; 16:7) e apresenta duas ações, em princípio, do Consolador, que são: Companheiro constante e Mestre paciente. Portanto, quem é consolo e agente deste é usado pelo Espirito do Senhor. Que marca gloriosa! Cadê Tito? Fica a pergunta entre nós?

Como consequência do CONSOLO, encontramos uma outra marca em Tito, que foi o GOZO CONTAGIANTE (7.13): "Por isso temos sido consolados. E em nossa consolação nos alegramos ainda muito mais pela alegria de Tito, porque o seu espírito tem sido recreado por vós todos". Observem que as conexões entre consolo e alegria são inevitáveis e inseparáveis. Onde houver um, haverá o outro. Tito não era um tipo de "bobo da corte", aquela pessoa engraçada, que faz todos rirem de suas piadas e tiradas. Para tanto, basta um comediante. Tito mostra ser alguém de espirito leve, cortês e alegre, cheio de Deus, na verdade, de forma, segundo o texto, promoveu quebra de gelo, de barreiras e abençoou o ambiente. Cadê Tito?

Alguém que tenha estas marcas aqui já apresentadas, revela ser uma pessoa com o seu mundo interior resolvido, ou seja, com EQUILÍBRIO EMOCIONAL (7.14-16): "Porque, se nalguma coisa me gloriei de vós para com ele, não fiquei envergonhado; mas, como vos dissemos tudo com verdade, também a nossa glória para com Tito se achou verdadeira. E o seu entranhável afeto para convosco é mais abundante, lembrando-se da obediência de vós todos, e de como o recebestes com temor e tremor. Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós". O texto descrito nos mostra Tito sendo elogiado, agindo com amor transbordante, sensível aos outros e grato. Estas características remetem a um profundo equilíbrio emocional do seu ser. Amados, cadê Tito?

As conexões continuam e desta feita o Tito se mostra como alguém que promoveu a AMPLIAÇÃO DA VISÃO DE GENEROSIDADE (8.6): "De maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabe esta graça entre vós". O capítulo 8, registra a graça desejada pelas Igrejas da Macedônia em poder participar financeiramente, além de suas posses, dando-se a si mesmas, no socorro aos irmãos de outras localidades que estavam passando maus pedaços. É isso mesmo! Os irmãos da Macedônia queriam a oportunidade de poder colaborar nessa ajuda. A pergunta que não quer calar é: Quem estava por detrás dessa visão ampliada de generosidade? Tito, que guiado pelo Espirito, levou os irmãos a focarem no próximo e não somente em si mesmos. Cadê Tito, gente?

Uma outra marca a destacar na vida de Tito é que ele foi um OBREIRO VOLUNTÁRIO E CONFIRMADO (8.16-23). O texto indicado, porém, não descrito aqui, por economia de espaço, registra essa postura e conduta deste precioso obreiro. Observem no texto que o espírito voluntário (8:16,17) vem seguido do referendo das igrejas (8:19,20). Logo, conclusivamente, o tempero e o equilíbrio do voluntariado, requer a confirmação coletiva (decisão, no Senhor, pela maioria). Parece-nos que uma coisa depende da outra, para se evitar censuras desnecessárias (8:20). Tito sente as necessidades da obra de Deus e se voluntaria. Tito submete-se a decisão das igrejas e com isso espera. Cadê Tito, meus irmãos?

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Opinião do leitor