Palavra do leitor
17 de outubro de 2011- Visualizações: 3046
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2.1 Justiça de Deus em contra ponto ao egoísmo humano
Há muito tempo foi provada a incapacidade do ser humano fazer justiça com a sua própria sabedoria. Foi provada sim, a sua capacidade de dividir, de criar violência e de demonstrar egoísmo, e, se apresenta o contrário, é de uma forma mínima. Em oposição a esse egoísmo injusto é nos apresentado a Justiça de Deus.
Karl Barth discute a Justiça de Deus em seu livro “Palavra de Deus Palavra do Homem”, onde em seu primeiro capítulo fala sobre a justiça, a injustiça dos homens e a vontade de que essa justiça divina seja manifestada no mundo. Neste livro Karl Barth (pp. 8-9. 2004) afirma que: Nós sabemos mais sobre a injustiça do que sobre a justiça. Nós constantemente temos diante de nós, em maiores ou menores ocorrências na vida, em nossa própria conduta e na de outros, um outro tipo de vontade, uma vontade que sabe-se não idéia dominante e inflexível, mas baseada no capricho, extravagância e egoísmo: uma vontade sem fidelidade, lógica ou correlação, desunida e torta dentro de si.
Suas palavras nos deixa claro que o problema da injustiça não está somente no passado bíblico, mas está também presente em nossos dias. Essa temática infelizmente faz parte da história da humanidade. Ele afirma que sabemos mais sobre injustiça do que sobre justiça, e nos apresenta o porquê disso: pois somos extravagantes e egoístas. Disto, a nossa consciência nos acusa, nos mostra o quanto injustos somos. “Mas só temos essa consciência porque ela mesma nós mostra que Deus é justo”. E Barth nos faz uma pergunta muito interessante: Qual é a atitude que devemos tomar em relação a este fato? (p. 7, 2004). Ao invés da humanidade se unir, se separa, ao invés de entenderem o mundo como uma grande comunidade, ela prefere agir cada um como se fosse o “centro do universo”, reinando assim o egoísmo que compactua com a injustiça.
No livro “La Justicia crea Futuro” Moltmann como a maioria dos teólogos, crítica a forma de vida egoísta da sociedade. “A sociedade industrial moderna está criando um tipo de individualismo, que cada qual busca sua própria liberdade e não se importa em nada pelos outros” (p. 20, 1992). O egoísmo está cada vez mais presente em nosso meio. “A ideologia de que nunca há o bastante para todos, faz dos humanos seres solitários e isolados, privados de suas relações com os demais e ocasionando assim a morte social” (p. 20, 1992). “O egoísmo começa a quebrar as ordens mais simples da vida... Hoje está ameaçada de decomposição pela tese: Posso viver sozinho... Hoje cada qual quer governar-se mesmo e não aceitar ordens de ninguém” (BRUNNER, p. 51, 1978)
A humanidade ou a maioria dela deseja a justiça, deseja um mundo justo onde não existam guerras, fome e violência. Contudo, não sabem reconhecer que suas leis são falhas. Essas leis expressam a vontade humana de trazer uma vida justa, mas nessa vontade, há muito tempo a humanidade falhou, tentou construir sua própria justiça e acabou tornando assim, um mundo mais injusto, onde a guerra, a falta de amor, de paz, de solidariedade e o egoísmo habitam. Barth apresenta uma solução para tudo isso, para todo esse ambiente infernal onde falta justiça. É necessário admitir que Deus é justo, e só através Dele a justiça pode reinar neste mundo injusto. O mundo deve então se entregar a Deus, e começar agir conforme a sua vontade. Barth diz: “Fazer sua vontade é, portanto, começar com Ele novamente. Sua vontade não é uma continuação corrigida da nossa. Ela aproxima-se da nossa vontade totalmente outra” ( p. 18, 2004).
Barth diz: Desejamos ardentemente a justiça de Deus, mas ainda assim não permitimos que ela entre em nossas vidas e em nosso mundo: não podemos deixá-la entrar porque a entrada foi obstruída há muito tempo. Nós sabemos qual é a única coisa realmente necessária para nós, mas há muito tempo atrás a tiramos do caminho ou a deixamos de lado para mais tarde “em tempos melhores...” Saímos e construímos a lamentável torre na Babel de nossa justiça humana, de nossa conseqüência humana, de nossa significância humana. (p. 11, 2004)
A este respeito Moltmann (p. 138. 1998) argumenta que: A justiça de Deus é experimentada como justiça que cria, que estabelece direito e que justifica. Deus é justo porque faz justiça as pessoas sem direito e porque corrige os injustos. Ele faz justiça aos que sofrem violência, ele salva através de sua justiça. Através desta justiça Deus cria aquela paz comum, que significa também a verdadeira vida: Shalom... Da mesma forma que o reconhecimento da dignidade humana dos outros, assim também o criar e proteger o direito dos pobres, dos fracos e dos enfermos é o fundamento de toda ordem jurídica humana duradoura.
A sociedade só pode ser justa, se for à justiça de Deus, onde não visa o seu próprio interesse, mas sim um interesse comum. Enquanto as estruturas sociais não se aterem a isso, a justiça continuará sendo torcida, o egoísmo continuará reinando e cada vez mais existirá a fome, o oprimido e a desigualdade em todos os sentidos.
Karl Barth discute a Justiça de Deus em seu livro “Palavra de Deus Palavra do Homem”, onde em seu primeiro capítulo fala sobre a justiça, a injustiça dos homens e a vontade de que essa justiça divina seja manifestada no mundo. Neste livro Karl Barth (pp. 8-9. 2004) afirma que: Nós sabemos mais sobre a injustiça do que sobre a justiça. Nós constantemente temos diante de nós, em maiores ou menores ocorrências na vida, em nossa própria conduta e na de outros, um outro tipo de vontade, uma vontade que sabe-se não idéia dominante e inflexível, mas baseada no capricho, extravagância e egoísmo: uma vontade sem fidelidade, lógica ou correlação, desunida e torta dentro de si.
Suas palavras nos deixa claro que o problema da injustiça não está somente no passado bíblico, mas está também presente em nossos dias. Essa temática infelizmente faz parte da história da humanidade. Ele afirma que sabemos mais sobre injustiça do que sobre justiça, e nos apresenta o porquê disso: pois somos extravagantes e egoístas. Disto, a nossa consciência nos acusa, nos mostra o quanto injustos somos. “Mas só temos essa consciência porque ela mesma nós mostra que Deus é justo”. E Barth nos faz uma pergunta muito interessante: Qual é a atitude que devemos tomar em relação a este fato? (p. 7, 2004). Ao invés da humanidade se unir, se separa, ao invés de entenderem o mundo como uma grande comunidade, ela prefere agir cada um como se fosse o “centro do universo”, reinando assim o egoísmo que compactua com a injustiça.
No livro “La Justicia crea Futuro” Moltmann como a maioria dos teólogos, crítica a forma de vida egoísta da sociedade. “A sociedade industrial moderna está criando um tipo de individualismo, que cada qual busca sua própria liberdade e não se importa em nada pelos outros” (p. 20, 1992). O egoísmo está cada vez mais presente em nosso meio. “A ideologia de que nunca há o bastante para todos, faz dos humanos seres solitários e isolados, privados de suas relações com os demais e ocasionando assim a morte social” (p. 20, 1992). “O egoísmo começa a quebrar as ordens mais simples da vida... Hoje está ameaçada de decomposição pela tese: Posso viver sozinho... Hoje cada qual quer governar-se mesmo e não aceitar ordens de ninguém” (BRUNNER, p. 51, 1978)
A humanidade ou a maioria dela deseja a justiça, deseja um mundo justo onde não existam guerras, fome e violência. Contudo, não sabem reconhecer que suas leis são falhas. Essas leis expressam a vontade humana de trazer uma vida justa, mas nessa vontade, há muito tempo a humanidade falhou, tentou construir sua própria justiça e acabou tornando assim, um mundo mais injusto, onde a guerra, a falta de amor, de paz, de solidariedade e o egoísmo habitam. Barth apresenta uma solução para tudo isso, para todo esse ambiente infernal onde falta justiça. É necessário admitir que Deus é justo, e só através Dele a justiça pode reinar neste mundo injusto. O mundo deve então se entregar a Deus, e começar agir conforme a sua vontade. Barth diz: “Fazer sua vontade é, portanto, começar com Ele novamente. Sua vontade não é uma continuação corrigida da nossa. Ela aproxima-se da nossa vontade totalmente outra” ( p. 18, 2004).
Barth diz: Desejamos ardentemente a justiça de Deus, mas ainda assim não permitimos que ela entre em nossas vidas e em nosso mundo: não podemos deixá-la entrar porque a entrada foi obstruída há muito tempo. Nós sabemos qual é a única coisa realmente necessária para nós, mas há muito tempo atrás a tiramos do caminho ou a deixamos de lado para mais tarde “em tempos melhores...” Saímos e construímos a lamentável torre na Babel de nossa justiça humana, de nossa conseqüência humana, de nossa significância humana. (p. 11, 2004)
A este respeito Moltmann (p. 138. 1998) argumenta que: A justiça de Deus é experimentada como justiça que cria, que estabelece direito e que justifica. Deus é justo porque faz justiça as pessoas sem direito e porque corrige os injustos. Ele faz justiça aos que sofrem violência, ele salva através de sua justiça. Através desta justiça Deus cria aquela paz comum, que significa também a verdadeira vida: Shalom... Da mesma forma que o reconhecimento da dignidade humana dos outros, assim também o criar e proteger o direito dos pobres, dos fracos e dos enfermos é o fundamento de toda ordem jurídica humana duradoura.
A sociedade só pode ser justa, se for à justiça de Deus, onde não visa o seu próprio interesse, mas sim um interesse comum. Enquanto as estruturas sociais não se aterem a isso, a justiça continuará sendo torcida, o egoísmo continuará reinando e cada vez mais existirá a fome, o oprimido e a desigualdade em todos os sentidos.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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