Tuk, tuk, tuk...parada...tuk, tuk, tuk...parada...tuk, tuk, tuk...parada!

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Na véspera, 18.01.2016, o Bummer [nosso cãozinho] com dez anos de idade, tendo vindo às nossas mãos com sete anos, estava mui quieto, parado, com os olhos fixos no chão, e parecia estar com as perninhas meio fracas; na hora do jantar não reivindicou parte do nosso alimento como habitualmente faz quando estamos tomando quaisquer refeições durante o dia.

Não caminhou sequer para ir para sua caminha; minha esposa o levou na hora em que nos recolhemos.

Durante a noite não caminhou pela casa como é seu costume e, quando acordamos, ele estava todo encolhidinho em seu leito.

Tomamos o café da manhã, e ele lá permaneceu, o mesmo ocorrendo nas minhas horas de leitura. Quando percebeu que eu terminara todas as leituras, chegou, mansamente, me olhando sem demonstrar que queria colo; assim mesmo minha esposa o colocou no sofá ao meu lado.

Diante de toda a fragilidade e fraqueza dele, resolvi auscultar o seu batimento cardíaco, que estava baixíssimo e intermitente: tuk, tuk, tuk...parada...tuk, tuk, tuk...parada...tuk, tuk, tuk...parada...tuk, tuk, tuk...parada...tuk, tuk, tuk...

Resolvi, então, fazer-lhe uma massagem [cardíaca] no peito e fui repetindo aquele movimento intercalando compressão e massagem, cada vez mais intensas.

Entre dez e quinze minutos, eu, com lágrimas descendo face abaixo, percebi que ele deixara de virar os olhinhos para baixo e para cima; cessei o exercício para auscultar, novamente, o seu batimento cardíaco: tuk, tuk, tuk, tuk, tuk, tuk, tuk, tuk, tuk...

– Aleluia!, ele se recuperava e eu não pude conter as lágrimas e soluços de emoção.

Ele se levantou e caminhou para buscar o colo de minha esposa; alguns minutos depois, ele se afastou para o lado contrário, uns dois metros distantes, como sempre faz quando vai espirrar ou tossir; e a tosse veio e, por duas vezes, foi expelida uma gosma volumosa e clarinha; pronto, ele voltou ao normal.

Deus, o nosso Pai de Amor, nosso Pai bondoso, nosso Pai misericordioso nos outorgou [a nós humanos], na fundação deste mundo, o dever de cuidar de toda a sua criação: a terra, as águas, os seres humanos, os chamados animais irracionais, entre eles o nosso cãozinho, o Bummer.

Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão. Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou. Deus os abençoou e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra’” (Gn 1 26-28).

Estamos com o Bummer há três anos; ele e sua companheira eram usados para dar “cria”; uma vez já sem condições de o fazer, passaram a ser, brutalmente, maltratados por sua “dona” – houve denúncia e eles foram apreendidos pelas Autoridades, entregues à uma amiga nossa, que nos doou o macho, tendo ficado a fêmea com a família dessa amiga.

Dois dias passados e ele voltou a nos dar alegrias, diversão, principalmente, nas horas de refeições, quando ele, sempre, quer uma porção; é um comilão!

Tudo o que Deus criou é bom, Ele próprio o disse, e criou tudo e todos, para terem vida e vida em abundância [longevidade e qualidade], uns cuidando dos outros, uns amando os outros, e todos servindo ao nosso Criador, esse Deus Pai, Filho e Espírito Santo tão bom e misericordioso.

Tudo o que Deus criou é bom, foram palavras dele a cada final de dia de trabalho, quando criava cada e todas as coisas; mas, quando nos criou, os seres humanos, Ele disse que era MUITO BOM (Gn 1.31).

Nossa responsabilidade diante dele é grande, muito grande mesmo porque temos que cuidar de tudo e de todos, e o que Ele menos quer [ou não quer] é que alguém se perca (II Pe 3. 9b).

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Opinião do leitor