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Palavra do leitor

Perdoem-me por ser homem, branco, rico, hetero, cristão e evangélico - Parte I

Devo meu pedido de desculpas às mulheres.

Não me considero um machista, nunca fui, mas vivemos numa sociedade assim.

Me alegro que um homem, o Filho Unigênito de Deus deu certa primazia às mulheres quando, após sua ressureição, apareceu primeiramente a uma mulher, Maria Madalena. Jesus sempre tratou as mulheres de igual para igual, com dignidade. Não só isso. Jesus não surgiu do nada. Para se fazer homem, o próprio Deus, também precisou nascer de uma mulher. Que por ser um processo natural, e tão óbvio, às vezes deixamos passar desapercebida esta importância. Mas não só isso, Deus, que se expressa (ou é percebido) na figura paterna - portanto masculina - é espírito, o Espírito Santo, e portanto desprovido de sexualidade, de gênero. Deus, a Fonte das fontes e portanto a origem do masculino e do feminino, se dá o direito de também manter-se neutro. Ele não é macho, nem fêmea. Ele simplesmente é.

Por que então nós homens deveríamos pensar sermos algo mais? Se por acaso assim o fiz, peço publicamente minhas desculpas. Se desfruto de vantagens e privilégios, por viver em uma sociedade machista que me trata diferencialmente melhor simplesmente pelo fato de ser homem, peço publicamente desculpas. Também faço parte desse jogo, o qual deve ser mudado urgentemente.

Assim também peço minhas desculpas aos negros – aos mulatos, aos índios e todos mais.

Não me considero racista, nunca fui. Mas vivemos numa sociedade marcada pelo preconceito.

O Messias, enviado por Deus ao mundo, o Escolhido, foi um judeu. Viveu tanto a discriminação, num país dominado por um império estrangeiro, como presenciou a discriminação exercida por seus compatriotas. Mas sua atitude esteve acima de tudo isso. Assim, Ele se posicionou ativamente contra os preconceitos. Conversou com samaritanos. Comeu com pessoas tidas por comuns, pois para Ele "não se deve chamar comum a quem Deus santifica" e "Deus não faz acepção de pessoas". Ele veio como Salvador do mundo, não importando a cor da pele ou origem. Para Ele o que vale é ser nova criação.

Se somos todos irmãos, por que desprezarmos os diferentes? Não deveríamos nos alegrar na diversidade de culturas, de formas, na beleza da variedade humana? Mas se por alguma razão consciente ou inconsciente tratei meu semelhante com desdém por causa da cor de sua pele, ou sua origem, peço então perdão publicamente.

Peço desculpas aos pobres.

Sempre procurei estender as mãos aos mais necessitados. Até mesmo porque já me encontrei várias vezes nessa condição. Mas se em momentos de fartura, por acaso me endureci, peço perdão.

A condição financeira talvez seja o fator de maior segregação na sociedade. Quem viaja de avião vê que até os ricos são separados dos mais ricos ainda. E nas favelas vemos também que os mais pobres também se distanciam dos mais miseráveis... O mundo valoriza aqueles que possuem valores monetários. Os interesses são voltados para aquilo que "fala mais alto", os bens materiais, as riquezas.

Mas aqui também tenho motivo de sobra para me alegrar em minha crença, pois o Filho do Homem nasceu pobre e viveu com gente humilde. Não foi com os reis, em palácios, no conforto, que transitou. Poderíamos portanto deduzir, equivocadamente, que Ele não recebia os ricos. Ledo engano... Ele também comeu com ricos, pois não desprezou ninguém. Sua sepultura foi com os ricos. Para Ele ricos ou pobres eram simplesmente pessoas, carentes da glória de Deus.

Se o mundo em que vivemos é assim, também devo pedir perdão se discriminei alguém por sua condição financeira. Se tratei diferenciado aquele que se vestia pior (ou melhor). Se me desviei do necessitado. Me envergonho e peço perdão, publicamente. Quero enxergar no ser humano sua dignidade intrínseca, por refletir invariavelmente a imagem do Criador.

Peço minhas desculpas aos homossexuais.

(Continua...)
Fürth - EX
Textos publicados: 285 [ver]
Site: http://teologia-livre.blogspot.de/

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