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A mãe de Lemuel

Por Ariane Gomes

Da janela do palácio modesto, mas muito bonito, a mãe de Lemuel observava o filho preparar-se para uma de suas viagens ao sul da Palestina. Não era a primeira vez que aquela janela teria sido lugar de contemplação e ela se lembrava claramente como, anos atrás, sonhara, ali, com o filho que estava prestes a nascer.

Uma revoada barulhenta de passarinhos atravessava a tarde poeirenta e o vento levava consigo os pensamentos da jovem mãe que sonhava com a chegada do filho. Pelas contas das amigas parteiras não faltava muito tempo para o nascimento do bebê e, quanto mais se aproximava o dia, mais ela repassava em seu coração expectativas e pequenos desejos especialmente reservados para o filho.

A mãe de Lemuel não era contada entre os israelitas, mas sim entre os ismaelitas. Ela era descendente de Massá – um dos filhos de Ismael e nome dado a uma região desértica do sul da Palestina. Conquanto não fizesse parte do povo de Israel, ela amava a Deus e o modo como as famílias desse povo procuravam levar uma vida de acordo com as leis bem estabelecidas pelo Senhor.

Foi ela quem escolheu o nome para o filho: se fosse menino, se chamaria Lemuel, que, em hebraico, significa “dedicado a Deus”. E, enquanto aguardava a chegada do bebê, ela pedia ao Senhor que lhe concedesse sabedoria para ensinar o menino no caminho da retidão e da justiça, de modo que, um dia, ele pudesse ser um bom rei.

Embora fazendo parte da família real de seu povo, a mãe de Lemuel era uma mulher que preferia a simplicidade a qualquer luxo e esbanjamento e sabia administrar muito bem sua casa e recursos. Além disso, ela era muito convicta do que é correto e bom. Desde menina, aprendera com seus pais a dedicar parte de seu tempo e esforços aos que mais precisavam de ajuda. Seus olhos estavam sempre atentos à necessidade dos mais pobres, doentes e desamparados e, desde seu casamento, seu lar se tornara um lugar de diferentes demonstrações de generosidade e acolhimento.

Por causa do grande temor a Deus e do compromisso com a criação de seu filho, a mãe de Lemuel fazia de cada momento uma oportunidade singular para ensinar-lhe o amor a Deus e o compromisso com o povo sobre quem um dia ele governaria. Ela sabia muitos salmos, poemas, cânticos e histórias do seu povo e do povo de Israel e fazia questão de contá-los ao pequeno Lemuel. Também se lembrava de homens e mulheres notáveis e falava de seus erros e acertos, mostrando quanto dependiam da ajuda do Deus soberano para vencer as batalhas.

Certa de que os príncipes só podem fazer um bom governo tendo a sabedoria como companheira, a mãe de Lemuel ensinava ao menino que aqueles que são dedicados a Deus agem de modo diferente, não entregam sua inteligência nem seus tesouros a pessoas mesquinhas e exploradoras e são como a bonita luz da aurora, que, cedinho, começa discreta, mas, ao meio-dia, refulge esplendorosamente.

As histórias, orações e conselhos da mãe de Lemuel foram pouco a pouco sendo gravados no coração daquele menino, que, anos depois, tornou-se o rei de Massá. Seus conselhos foram tão marcantes que certo dia, ao ser convidado para contar algo de sua mãe, ele disse: “Ela me ensinou a viver bem e a aproveitar a vida ao lado de pessoas que amam a Deus; mostrou-me que vale mais a pena ser justo e honesto do que tolo e inconstante e ensinou-me que um verdadeiro rei está pronto a ajudar os que não têm forças, recursos ou palavras para defenderem a sua própria vida”.

Se a mãe de Lemuel entrasse numa galeria da Bíblia, possivelmente seria correto dizer a seu respeito: “Os filhos a respeitam e dela falam bem” e ela é uma “mulher que merece admiração”! (Pv 31.28, 30).

Escrito com base em Provérbios 31.1-9.

• Ariane Gomes
atua na coordenação de produção da revista Ultimato e na gestão de conteúdo do Portal Ultimato.

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