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Aconteceu provavelmente no oitavo século antes de Cristo. Um estranho entra pela porta norte de uma grande cidade e sai pela porta sul. Fala sem parar. Aos gritos. Dá para entender o que ele fala, mas não dá para acreditar na desgraça a que ele se refere. Trata-se de uma mensagem apocalíptica, com prazo e tudo. Coisa própria de um doido varrido. As crianças zombam, as mulheres olham por cima dos ombros, os homens o enxotam para longe. De repente, uma menina pergunta ao pai: “E se esse doido estiver falando a verdade?” O pai resiste, mas por pouco tempo. Outros pais, outras pessoas começam a [...]

Opinião do leitor