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Opinião

Quando a obediência gera vida

Deus conhece o caminho, mesmo quando nós não o vemos

Por Vitor Xavier Benetollo

Vivemos numa época em que o barulho parece definir poder. A voz mais alta é vista como sinônimo de força. Mas a Bíblia nos lembra de uma verdade contraintuitiva: o poder não é de quem grita mais, é de quem escuta mais.

A vida do Servo descrito por Isaías 50 a 52, mostra alguém que não buscou holofotes, mas que aprendeu primeiro a ouvir. Ele não apenas discursou palavras de sabedoria, mas tinha o ouvido desperto para escutar a voz do Pai. Essa escuta o levou a obedecer, e a obediência o conduziu ao sofrimento. No Getsêmani, em silêncio e oração, Jesus venceu onde todos nós falhamos. A vitória do Reino nasceu não de gritos, mas da escuta fiel.

A grande tentação, desde sempre, é tentar iluminar nosso caminho com fogo próprio.

Quando a espera parece longa e o silêncio de Deus incomoda, buscamos atalhos. Sara e Abraão fizeram isso ao tentar antecipar a promessa de Deus por meio de Agar. O resultado foi divisão, dor e consequências que ecoam até hoje.

Também nós acendemos nossos fogos particulares:
• quando transformamos ministério em autopromoção, confiando no carisma em vez da Palavra;
• quando usamos relacionamentos como solução rápida para solidão, em vez de esperar o tempo de Deus;
• quando manipulamos situações na família ou no trabalho para controlar resultados, em vez de confiar.

A luz que fabricamos dura pouco e acaba nos queimando. E o alerta é claro: “Vocês que vivem em sua própria luz e se aquecem em seu próprio fogo. Esta é a recompensa que receberão de mim: em breve cairão em grande tormento” (Is 50.11).



Mas existe outro caminho. A vida de fé não é um palco sempre iluminado, mas uma estrada em que, muitas vezes, só vemos alguns passos adiante. Confiar em Deus no escuro é obediência que gera vida. Não é cegueira ingênua, mas confiança de que Ele conhece o caminho, mesmo quando nós não o vemos.

É isso que diferencia a fé de autossuficiência: a fé aceita caminhar no escuro, apoiada em Deus, enquanto a autossuficiência prefere fabricar sua própria luz.

Diante da tentação de desistir, de viver paralisados pela culpa ou pelo desânimo, a mensagem bíblica é clara: “Desperte, desperte!” (Is.51:17). O convite não é apenas para se levantar do pó, mas para celebrar que a condenação já passou. O cálice foi bebido, o preço foi pago, a vitória é real.

Essa palavra atravessa os séculos: Deus não apenas consola, Ele marcha à frente. Não caminhamos sozinhos. A restauração não é apenas promessa futura, é realidade presente em Cristo.

É como uma célula pequena e quase desanimada, uma igreja enfraquecida ou uma família reconstruindo a vida após perdas. Onde só vemos ruínas, Deus vê sementes de esperança. Onde só há pó, Ele diz: “Desperte, porque eu já venci.”

O caminho de Cristo mostra que a obediência, mesmo quando leva ao sofrimento, nunca é em vão. Ele escutou, obedeceu e hoje nos convida a confiar, mesmo nas trevas.

A questão é: em qual luz estamos andando? A que fabricamos, que se apaga rápido, ou a de Deus, que nos guia mesmo quando não vemos tudo claro?

Não precisamos fabricar luz. Precisamos despertar para a luz que já brilhou em Cristo.

  • Vitor Xavier Benetollo é engenheiro mecânico formado pela EESC-USP e atua na área de planejamento financeiro dentro do agronegócio. É membro da Igreja Evangélica dos Cristãos de São Paulo.

Imagem: Unsplash.


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