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Opinião

Por que a filosofia importa

Para amar a Deus com toda a mente e contemplar, com mais nitidez, a Palavra e o mundo que Ele criou

Com a colaboração de Agnaldo Cuoco Portugal, Carla de Cássia Coutinho Almeida, Cynthia Muniz e Davi Bastos

Ultimato celebra o dia do filósofo (16 de agosto) com a ajuda de amigos – teólogos e filósofos brasileiros, dedicados ao estudo e ao ensino nessas áreas – convidados a responder rapidamente “Por que a filosofia importa”.

Suas respostas passam pela mente e coração, falam de conhecimento e interpretação do mundo, lembram a inevitabilidade de questões da vida, destacam o pensamento como um ato de inigualável importância dado à humanidade e afirmam a filosofia como ferramenta para amar a Deus com toda a mente e contemplar, com mais nitidez, a Palavra e o mundo que Ele criou. 

Em tempo, porque a filosofia importa – e, portanto, o filósofo importa – lembramos as palavras do doutor Alvin Plantinga, especialmente dirigidas aos estudiosos cristãos:
“Filósofos e intelectuais cristãos devem demonstrar mais autonomia – mais independência do resto do mundo filosófico. Devem mostrar integridade – integridade no sentido original da palavra, ser um inteiro. Talvez “integralidade” fosse a melhor palavra aqui. E coragem cristã, ou ousadia, ou força, ou talvez autoconfiança cristã. Nós filósofos cristãos devemos mostrar mais fé, mais confiança no Senhor. Nós devemos vestir toda armadura de Deus”
.1


Por que a filosofia importa?


Somos seres pensantes, e nossa racionalidade se expressa em sistemas de pensamento ou formas de interpretar o mundo. Assim, queiramos ou não, de forma consciente ou não, todos somos moldados ou influenciados por sistemas filosóficos. Para o cristão, e especialmente para o teólogo, é essencial algum conhecimento dessas bases, pois elas impactaram desde a recepção e interpretação do texto bíblico até o desenvolvimento das doutrinas e práticas da igreja ao longo da história. Por isso, sim, a filosofia importa, inclusive e especialmente quando falamos da fé cristã.
Cynthia Muniz

Proponho entender filosofia como uma área do conhecimento, que tem como objeto os conceitos e questões mais gerais, como “O que é a realidade, afinal?”, “O que distingue conhecimento de mera opinião?”, “O que é agir bem?”, “De que modo se pode argumentar corretamente?”. Essas perguntas, aliás, referem-se a áreas tradicionais da filosofia, a metafísica, a epistemologia, a ética e a lógica, respectivamente. O estudo da filosofia é o aprendizado das diferentes contribuições para responder essas e outras perguntas fundamentais. A filosofia importa porque nos ajuda a lidar melhor com esses assuntos e questões inevitáveis.
Agnaldo Cuoco Portugal



A filosofia importa por uma diversidade de motivos, um destes, deve-se à sua raiz criacional: Deus nos criou como seres que expressam sua imagem por meio do uso do intelecto. O ato de filosofar provém de uma mente – ou coração – humano que almeja compreender o mundo de Deus, em seus mais diversos aspectos. Portanto, a filosofia importa, pois o Criador deu-lhe importância. Àqueles que estão em Cristo, por sua vez, não devem negligenciar o ato de pensar, mas entender que foram chamados para desenvolvê-lo para glória de Deus. Como nos lembra John Stott, “Crer é também pensar”.
Carla de Cássia Coutinho Almeida
 
A filosofia é um dom de Deus para iluminar a mente e purificar o pensar. Desde Sócrates, busca dar forma a ideias como justiça, verdade e virtude, desfazendo enganos e trazendo clareza. Ao longo dos séculos, a teologia cristã caminhou com ela na formulação de credos e na defesa da fé. A filosofia é valiosa porque é, em si, uma ferramenta para amar a Deus com toda a mente e contemplar, com mais nitidez, a Palavra e o mundo que Ele criou.
Davi Bastos

Nota
1. Conselho aos filósofos cristãos, por Alvin Plantinga.
Imagem:
Unsplash.

  • Agnaldo Cuoco Portugal, professor associado do departamento de filosofia na Universidade de Brasília.
  • Carla de Cássia Coutinho Almeida, formada em teologia e é mestranda em teologia filosófica pelo Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper. Esposa do Eduardo Almeida, servem na Igreja Batista Rio de Deus em Sorocaba,SP e atua na Escola Ministerial Antioquia no Vale da Bênção como coordenadora e professora do Curso de Teologia e Missões.
  • Cynthia Muniz Soares, bióloga, mestre em saúde pública, teóloga, especialista em teologia do Novo Testamento e pastora anglicana. Atualmente, é mestranda em estudos do Novo Testamento.
  • Davi Bastos, doutorando em filosofia na Universidade do Missouri (Estados Unidos) e Unicamp, e editor da série “Filosofia e Fé Cristã”.


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