Opinião
28 de agosto de 2025- Visualizações: 1363
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Fé e cultura: discernindo com sabedoria
Não fomos feitos para fugir, mas para transformar
Por Theo Pemberton
À medida que avançamos pela segunda metade do ano, somos convidados a aprofundar nosso discernimento espiritual e a reafirmar nossa fé em meio às pressões culturais que nos cercam. Como raça eleita, povo de propriedade exclusiva de Deus, precisamos manter uma visão espiritual clara sobre como a cultura pode nos influenciar, a fim de vivermos com sabedoria, graça e firmeza, sempre alicerçados na verdade das Escrituras (Rm 12.2; 1Pe 2.9, 11–17).
Nosso contexto cultural é moldado por filosofias poderosas que disputam nossa atenção e coração. Cultura, nesse sentido, é o conjunto de valores, ideias, costumes, instituições e expressões que orientam e identificam uma sociedade, sendo, muitas vezes, contrária à fé cristã. O Modernismo, com raízes no Iluminismo do século 18 e consolidado como cosmovisão até meados do século 20, exaltava a razão e o progresso, marginalizando a fé cristã em nome da autonomia humana. Já o Pós-modernismo, emergente a partir da década de 1960, rejeita verdades absolutas, celebra a subjetividade e coloca o indivíduo como referência no centro do universo. Estas duas correntes influenciam profundamente o mundo ao nosso redor.
Essa influência se manifesta de maneira prática em diversas áreas da vida. Na arte, o Modernismo buscava representar verdades objetivas e universais, enquanto o Pós-modernismo valoriza o impacto emocional e a interpretação pessoal, muitas vezes sem um significado específico, mas abstrato. Na educação, o Modernismo priorizava a razão e o conhecimento estruturado; já o Pós-modernismo enfatiza a experiência individual e a construção subjetiva do saber. Na literatura e no jornalismo, antes centrados na objetividade dos fatos, hoje predominam narrativas moldadas pela perspectiva do leitor ou da audiência, frequentemente orientadas pelas preferencias do público. Essa comparação revela que essas filosofias não são meras teorias acadêmicas, mas forças ativas que moldam corações, hábitos e visões de mundo.
A resposta dos cristãos precisa ser formativa e transformadora. A fé cristã não teme a razão nem despreza os sentimentos; pelo contrário, ela redime ambos por meio de Cristo, o Senhor da verdade (Jo 14.6). Por isso, devemos cultivar práticas que nos formem na Verdade, como a leitura bíblica constante, o estudo direcionado das Escrituras, a participação em cultos, em escolas dominicais e em comunidades de discipulado; só para citar algumas formas de renovarmos nossa mente e enxergarmos a realidade do mundo pela lente das Escrituras (Sl 119.105).
Somos, então, chamados a resistir com discernimento e graça. Devemos analisar com sabedoria o que vemos e ouvimos, o que ensinamos e vivemos. Estamos moldando nossa fé pela cultura do momento, ou permitindo que a verdade do Evangelho transforme a cultura ao nosso redor?
Não fomos feitos para fugir nem para nos conformar, mas para transformar. Em vez de reagir passivamente ou seguir as correntes do mundo, somos enviados para iluminá-lo com a luz do Evangelho e com todo o conselho da Palavra de Deus: renovando nossas mentes (Rm 12.2), sondando nossos corações (Sl 139.23–24) e vivendo com sabedoria, coragem e esperança (Mt 5.13–16). É por isso que podemos caminhar com firmeza e paz, pois sabemos em quem temos crido, Cristo, Aquele que reina sobre tudo e sobre todos (Cl 1.16–17), o Senhor também da cultura.
Que Deus abençoe sua caminhada com discernimento, fidelidade e alegria no Senhor.
REVISTA ULTIMATO – JESUS, A LUZ DO MUNDO
Jesus, o clímax da narrativa da redenção, é a luz do mundo. Não há luz que se compare a ele. Sua luz alcança todo o mundo.
Além de anunciar-se como Luz, Jesus declara que os seus seguidores são a luz do mundo. “Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nosso coração para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2Co 4.6).
É disso que trata a edição 415 de Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Calvinismo para uma Era Secular - Uma leitura contemporânea de Abraham Kuyper, Jessica R. e Robert J. Joustra
» A Arte Moderna e a Morte de uma Cultura, H. R. Rookmaaker
Por Theo Pemberton
À medida que avançamos pela segunda metade do ano, somos convidados a aprofundar nosso discernimento espiritual e a reafirmar nossa fé em meio às pressões culturais que nos cercam. Como raça eleita, povo de propriedade exclusiva de Deus, precisamos manter uma visão espiritual clara sobre como a cultura pode nos influenciar, a fim de vivermos com sabedoria, graça e firmeza, sempre alicerçados na verdade das Escrituras (Rm 12.2; 1Pe 2.9, 11–17).Nosso contexto cultural é moldado por filosofias poderosas que disputam nossa atenção e coração. Cultura, nesse sentido, é o conjunto de valores, ideias, costumes, instituições e expressões que orientam e identificam uma sociedade, sendo, muitas vezes, contrária à fé cristã. O Modernismo, com raízes no Iluminismo do século 18 e consolidado como cosmovisão até meados do século 20, exaltava a razão e o progresso, marginalizando a fé cristã em nome da autonomia humana. Já o Pós-modernismo, emergente a partir da década de 1960, rejeita verdades absolutas, celebra a subjetividade e coloca o indivíduo como referência no centro do universo. Estas duas correntes influenciam profundamente o mundo ao nosso redor.
Essa influência se manifesta de maneira prática em diversas áreas da vida. Na arte, o Modernismo buscava representar verdades objetivas e universais, enquanto o Pós-modernismo valoriza o impacto emocional e a interpretação pessoal, muitas vezes sem um significado específico, mas abstrato. Na educação, o Modernismo priorizava a razão e o conhecimento estruturado; já o Pós-modernismo enfatiza a experiência individual e a construção subjetiva do saber. Na literatura e no jornalismo, antes centrados na objetividade dos fatos, hoje predominam narrativas moldadas pela perspectiva do leitor ou da audiência, frequentemente orientadas pelas preferencias do público. Essa comparação revela que essas filosofias não são meras teorias acadêmicas, mas forças ativas que moldam corações, hábitos e visões de mundo.
A resposta dos cristãos precisa ser formativa e transformadora. A fé cristã não teme a razão nem despreza os sentimentos; pelo contrário, ela redime ambos por meio de Cristo, o Senhor da verdade (Jo 14.6). Por isso, devemos cultivar práticas que nos formem na Verdade, como a leitura bíblica constante, o estudo direcionado das Escrituras, a participação em cultos, em escolas dominicais e em comunidades de discipulado; só para citar algumas formas de renovarmos nossa mente e enxergarmos a realidade do mundo pela lente das Escrituras (Sl 119.105).
Somos, então, chamados a resistir com discernimento e graça. Devemos analisar com sabedoria o que vemos e ouvimos, o que ensinamos e vivemos. Estamos moldando nossa fé pela cultura do momento, ou permitindo que a verdade do Evangelho transforme a cultura ao nosso redor?
Não fomos feitos para fugir nem para nos conformar, mas para transformar. Em vez de reagir passivamente ou seguir as correntes do mundo, somos enviados para iluminá-lo com a luz do Evangelho e com todo o conselho da Palavra de Deus: renovando nossas mentes (Rm 12.2), sondando nossos corações (Sl 139.23–24) e vivendo com sabedoria, coragem e esperança (Mt 5.13–16). É por isso que podemos caminhar com firmeza e paz, pois sabemos em quem temos crido, Cristo, Aquele que reina sobre tudo e sobre todos (Cl 1.16–17), o Senhor também da cultura.
Que Deus abençoe sua caminhada com discernimento, fidelidade e alegria no Senhor.
- Theo Pemberton é administrador de empresas e economista, recentemente terminou seu mestrado em divindade no Reformed Theological Seminary em Orlando. É membro da Igreja Presbiteriana de Pinheiros onde serve em ministérios educacionais.
REVISTA ULTIMATO – JESUS, A LUZ DO MUNDOJesus, o clímax da narrativa da redenção, é a luz do mundo. Não há luz que se compare a ele. Sua luz alcança todo o mundo.
Além de anunciar-se como Luz, Jesus declara que os seus seguidores são a luz do mundo. “Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nosso coração para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2Co 4.6).
É disso que trata a edição 415 de Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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» Calvinismo para uma Era Secular - Uma leitura contemporânea de Abraham Kuyper, Jessica R. e Robert J. Joustra
» A Arte Moderna e a Morte de uma Cultura, H. R. Rookmaaker
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