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Opinião

Crônicas do pastor Genobede – Decisões difíceis

Será que não ouvi Deus direito, ou minha fé não é tão firme, ou eu não mostrei convicção suficiente?

Por Genobede Passos da Cruz

Todos que amam a Deus e a sua palavra sabem que vivenciar o evangelho na igreja é um grande privilégio e ao mesmo tempo grande desafio. Nela Deus nos proporciona crescimento e aprendizado. E nela também sofremos algumas dores, pois lidamos com pessoas falhas. Experimentamos diversos tipos de situações. 

Quem ama a igreja e o ministério não desiste de continuar acreditando no que Deus faz na vida das pessoas. Pensando nisso, quero apresentar aqui o Pastor Genobede com as suas Crônicas sobre a vida na igreja. Por meio de histórias e diálogos, ele fala de vários assuntos vividos por ele, mas que podem ser, na verdade, a experiência de qualquer pastor em alguma igreja qualquer. Elas não refletem nenhuma situação, pessoa ou igreja reais. São relatos fictícios ainda que reflitam uma realidade presente em muitas igrejas. 



Conversando com um pastor de outra denominação, compartilhei minhas frustrações sobre alguns assuntos que tratávamos na igreja. 

Estávamos tentando resolver se íamos fazer uma reforma no prédio anexo da igreja ou íamos partir para uma nova construção. Houve muita discussão. Cada um opinava de um jeito.

Meu amigo ouviu com certa impaciência e estranhou um pouco tudo aquilo. Dali a pouco interrompeu e disse: 
- Sabe qual é o problema de vocês? Vocês dão muita voz aos homens. Tem que ouvir Deus. Já passei por isso.

Continuou:
- Uma vez resolvemos iniciar um trabalho em outro bairro e começamos procurar um bom local. Dei oportunidade para a liderança opinar. Foi uma confusão. Alguns achavam que tínhamos de alugar um salão e começar o trabalho o mais rápido possível, sem grandes investimentos. Outros achavam isso absurdo. Diziam que tínhamos de comprar uma propriedade ou um terreno para construir e com a ajuda dos irmãos conseguiríamos levantar rapidamente as paredes e começar a nos reunir. 

Gastamos meses tratando disso. Chegou uma hora, cansei. Falei com Deus e para mim ficou claro. Cheguei para a liderança e disse: “Irmãos, Deus me mostrou que temos de comprar aquele terreno”. Pronto! Ninguém mais discutiu! Deus falou, tá falado.

Eu, um pouco cético, perguntei: 
- Mas foi Deus mesmo ou foi você que queria desse jeito?

Ele respondeu:
- Claro que foi Deus. Você está duvidando? Olha só como está o trabalho lá. Só pode ter sido de Deus.

Pensei: “Será que funciona na minha igreja?”.



Na próxima reunião administrativa, falei muito cautelosamente com os irmãos:
- Olha irmãos, venho orando muito por isso, ponderei muito tudo que os irmãos vêm sugerindo, e na minha opinião, quer dizer, Deus tem me mostrado que seria muito sábio nós fazermos um esforço e dentro de nossas possibilidades, sem pressa, começar a nova construção. O que os irmãos acham?

Sensibilizei alguns. Outros, porém, não se alteraram. Deram sua opinião contrária e achavam que eu estava espiritualizando a questão.

Pensei: “Será que não ouvi Deus direito, minha fé não é tão firme quanto à do colega, minha liderança não tem o discernimento de entender a vontade de Deus, ou eu não mostrei convicção suficiente?”.

A situação continuava indefinida.

Encontrei o colega pastor e contei a ele o que aconteceu e como estava frustrado com esse assunto que ainda se arrastava sem solução. Ele me disse:
- Mas o que é isso, irmão? Não pede a opinião de ninguém. É só chegar lá e dizer: “O Senhor me revelou” e vai estar tudo resolvido!

Eu respondi:
- Rapaz, você não sabe! Se eu disser que Deus me revelou isso, é capaz de alguém querer me mandar embora dizendo que Deus não se revela mais desse jeito.

Ele me disse:
- Não. Isso é força de expressão. Quando falo isso na minha igreja ninguém contesta. Vão brigar com Deus? Comigo até brigam, mas com Deus, não!

- Piorou! Vou mentir, então? Dizer que Deus me revelou, mas não revelou? Isso está parecendo o que aconteceu com Jeremias.

- O que aconteceu com Jeremias?

- Não se lembra daquela passagem de Jeremias 23.31 em que Deus fala que é contra os profetas que pregam a sua própria palavra e dizem “Deus disse”?

- Você está me chamando de mentiroso, manipulador? Não é isso que estou fazendo. Não é pregação. É uma decisão que a gente tem de fazer com o discernimento de Deus.

- Não, colega. Não estou dizendo que você está fazendo isso.

O debate foi longe.
  • Genobede Passos da Cruz, pastor

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Saiba mais:
» Desafios da Liderança Cristã, John Stott
» Teologia para o Cotidiano – A sabedoria bíblica para a vida diária, Elben Magalhães Lenz César

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