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30 de outubro de 2008- Visualizações: 4082
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Teólogo alemão critica fundamentalistas que dizem testemunhar o evangelho
(ALC) O teólogo reformado alemão Jürgen Moltmann criticou os fundamentalistas que dizem testemunhar o evangelho, mas não se comprometem com a vida. A afirmação foi feita em entrevista concedida na Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, em São Bernardo do Campo, região metropolitana da capital paulista, onde se realiza a Semana de Estudos da Religião.
Aos fundamentalistas evangélicos ele recomendou que “lessem e estudassem melhor a Bíblia, deixando-se tocar pela mensagem e olhando para o sofrimento à sua volta”. Enfático, lamentou que cristãos protestantes estivessem lendo as Escrituras como os maometanos lêem o Corão e “lembrou que o Deus mostrado na Bíblia não se revelou num livro, mas num ser humano, Jesus Cristo!”
No caso dos bispos católicos conservadores, especialmente os ligados ao movimento Opus Dei, recomendou que retomassem a leitura da Constituição Pastoral Gaudium et Spes e da encíclica Populorum Progressio. “Que os bispos católicos estejam esquecendo as grandes decisões do Concílio Vaticano II é uma vergonha!”
Indagado sobre como os fiéis deveriam reagir diante dessa orientação, mostrou-se pragmático. “Cristãos devem levantar-se e lutar pelos seus direitos, envolver-se nas causas ecumênicas e superar o clima de inverno que toma conta das igrejas”, lembrando as pessoas solitárias que sofrem com essas situações. O teólogo alemão convidou os fiéis a olharem para as pessoas que sofrem, pois elas compõem a base das igrejas.
O teólogo da esperança analisou a cruzada do papa Bento XVI contra a influência do marxismo. Disse que ela se deve a uma experiência traumática vivida na revolução estudantil de 1968, que ficou gravada em sua biografia. Desde então o professor Ratzinger o combate ativamente. Lembrou que o marxismo não tem mais força na Europa e defendeu os teólogos Leonardo Boff e Jon Sobrino. “Eles não são marxistas!”
Indagado sobre os três melhores livros que já leu, no marco da celebração do dia do livro no Brasil, respondeu que o primeiro era a Bíblia, especialmente o Antigo Testamento, o segundo foi O Princípio Esperança, do filósofo judeu Ernst Bloch, e o terceiro A Dogmática da Igreja, do teólogo suíço Karl Barth, observando que ela tem oito mil páginas.
Quanto à melhoria das condições de vida no planeta, Moltmann insistiu que é preciso buscar relações mais justas para todos e não apenas para dois bilhões de pessoas. Afirmou que a preocupação com a sustentabilidade do planeta precisa crescer e que apóia a proposta Paz, justiça e integridade da criação. Criticou a globalização sem globo, na qual “a Terra não tem voz nem vez”, enfatizando a necessidade de uma política de defesa da Terra, como organismo vivo a ser preservado.
Moltmann nasceu em Hamburgo, Alemanha, em 1926. Foi prisioneiro de guerra de 1945 a 1948, na Bélgica e na Inglaterra, período no qual refletiu sobre o sentido da vocação cristã. Ao retornar ao seu país natal, decidiu estudar Teologia. Trabalhou em comunidades e em 1967 foi convidado para lecionar Teologia Sistemática na Universidade de Tübingen. Ele desenvolveu a Teologia da Esperança, na qual apresenta a realização do Reino como a promessa fundamental de Deus.
Fonte: www.alcnoticias.org
Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
• A morte do conservadorismo, ed. 297
• A violência do fundamentalismo secularista, ed. 292
Aos fundamentalistas evangélicos ele recomendou que “lessem e estudassem melhor a Bíblia, deixando-se tocar pela mensagem e olhando para o sofrimento à sua volta”. Enfático, lamentou que cristãos protestantes estivessem lendo as Escrituras como os maometanos lêem o Corão e “lembrou que o Deus mostrado na Bíblia não se revelou num livro, mas num ser humano, Jesus Cristo!”
No caso dos bispos católicos conservadores, especialmente os ligados ao movimento Opus Dei, recomendou que retomassem a leitura da Constituição Pastoral Gaudium et Spes e da encíclica Populorum Progressio. “Que os bispos católicos estejam esquecendo as grandes decisões do Concílio Vaticano II é uma vergonha!”
Indagado sobre como os fiéis deveriam reagir diante dessa orientação, mostrou-se pragmático. “Cristãos devem levantar-se e lutar pelos seus direitos, envolver-se nas causas ecumênicas e superar o clima de inverno que toma conta das igrejas”, lembrando as pessoas solitárias que sofrem com essas situações. O teólogo alemão convidou os fiéis a olharem para as pessoas que sofrem, pois elas compõem a base das igrejas.
O teólogo da esperança analisou a cruzada do papa Bento XVI contra a influência do marxismo. Disse que ela se deve a uma experiência traumática vivida na revolução estudantil de 1968, que ficou gravada em sua biografia. Desde então o professor Ratzinger o combate ativamente. Lembrou que o marxismo não tem mais força na Europa e defendeu os teólogos Leonardo Boff e Jon Sobrino. “Eles não são marxistas!”
Indagado sobre os três melhores livros que já leu, no marco da celebração do dia do livro no Brasil, respondeu que o primeiro era a Bíblia, especialmente o Antigo Testamento, o segundo foi O Princípio Esperança, do filósofo judeu Ernst Bloch, e o terceiro A Dogmática da Igreja, do teólogo suíço Karl Barth, observando que ela tem oito mil páginas.
Quanto à melhoria das condições de vida no planeta, Moltmann insistiu que é preciso buscar relações mais justas para todos e não apenas para dois bilhões de pessoas. Afirmou que a preocupação com a sustentabilidade do planeta precisa crescer e que apóia a proposta Paz, justiça e integridade da criação. Criticou a globalização sem globo, na qual “a Terra não tem voz nem vez”, enfatizando a necessidade de uma política de defesa da Terra, como organismo vivo a ser preservado.
Moltmann nasceu em Hamburgo, Alemanha, em 1926. Foi prisioneiro de guerra de 1945 a 1948, na Bélgica e na Inglaterra, período no qual refletiu sobre o sentido da vocação cristã. Ao retornar ao seu país natal, decidiu estudar Teologia. Trabalhou em comunidades e em 1967 foi convidado para lecionar Teologia Sistemática na Universidade de Tübingen. Ele desenvolveu a Teologia da Esperança, na qual apresenta a realização do Reino como a promessa fundamental de Deus.
Fonte: www.alcnoticias.org
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• A morte do conservadorismo, ed. 297
• A violência do fundamentalismo secularista, ed. 292
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