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10 de abril de 2007- Visualizações: 2964
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Estados Unidos reduzem a ajuda humanitária
(Envolverde) Uma possível redução orçamentária de 25% na ajuda internacional de populações para 2008 pelos Estados Unidos afetará sua guerra contra o terrorismo, alertou a Population Institute, organização não-governamental com sede em Washington. Seu presidente, Lawrence Smith, disse que especialistas em segurança e inteligência, incluída a Agência Central de Inteligência (CIA), “alertaram por várias vezes que os países abaixo da escala de desenvolvimento, com altos índices de fertilidade e uma vasta população de jovens, são propícios para o recrutamento terrorista”.
“Por que não haverá fundos para serviços claramente voltados a um dos fatores-chave que contribuem com a existência, a maior quantidade e a falta relativa de progresso nas condições de vida nos países mais pobres?”, perguntou Smith. “É claro que a prevenção é mais rentável e precisamos restaurar os fundos nesse âmbito”, disse à IPS, acrescentando que “esse é outro aspecto surpreendente de um presidente (George W. Bush) que trava uma guerra mundial contra o terrorismo”.
Smith recordou que Bush pedira uma redução para o ano fiscal 2008, que começa em outubro, de US$ 116 milhões nos fundos de população, que neste período são de US$ 434 milhões. Em 2005, esses fundos foram de US$ 437 milhões e em 2006 de US$ 436 milhões. Com base em estatísticas do Banco Mundial, Smith diz que em nove dos 10 países classificados como “severamente frágeis”, os jovens menores de 15 anos constituem 40% ou mais da população.
Essas nove nações são Angola, República Centro-Africana e Libéria, com 47% cada uma; Somália e Afeganistão com 45%; Sudão com 44%; Haiti com 42%; Zimbábue com 41%, e Ilhas Salomão com 40%. O único país entre as 10 nações com menos de 40% de sua população com menos de 15 anos é a Birmânia, com 32%.
Ao falar em um painel sobre operações exteriores do Comitê sobre Apropriações da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, na semana passada, Smith explicou que não é que se pense que todos os jovens dos países menos desenvolvidos são potenciais candidatos a atacantes suicidas. “Mas, muitos mais do que um poderiam estar dispostos a seguir um líder carismático, mas equivocado do ponto de vista político e religioso, que os guia por um caminho problemático, de caos, violência e até conflitos armados”, argumentou.
Um informe da Organização das Nações Unidas, que será discutido na reunião da Comissão sobre População e Desenvolvimento que acontece esta semana, revela que todos os países sofrem algumas mudanças em sua estrutura etária. Mas, como os países estão em diferentes fases de transição demográfica e experimentam condições sociais e econômicas diferentes, a mudança é mais acentuada em alguns deles. “As nações em desenvolvimento seguem se caracterizando pelos altos níveis de fertilidade e a pouca quantidade de pessoas mais velhas”, diz o estudo.
A África conta com a maior quantidade de jovens, 41% de sua população tem menos de 15 anos e apenas 5% têm 60 anos ou mais. Por outro lado, as nações mais desenvolvidas possuem população mais idosa. Contam com 17% de menores d 15 anos e 20% com 60 anos ou mais. A proporção de maiores de 60 anos aumenta rapidamente na Europa ocidental, América do Norte e Japão. “O legado dos altos índices de fertilidade do passado é o atual crescimento acelerado de população e a maior geração de jovens da história”, acrescenta o documento.
Nos países pobres, os jovens representam 29% da população, equivalentes a 1,5 milhão de pessoas. As nações ricas têm mais de 238 milhões de jovens, que representam apenas 20% de seus habitantes. “A mutante pirâmide de idades tem implicações sociais e econômicas significativas no âmbito individual, familiar, da comunidade e da sociedade. Também tem conseqüências importantes para o desenvolvimento de um país”, diz o estudo. Smith afirmou que o rápido crescimento populacional é um dos fatores-chave da própria existência de Estados frágeis, sua maior quantidade e a relativa falta de progresso em matéria de desenvolvimento.
As mulheres de sete dos 10 Estados mais frágeis dão à luz uma média de quatro meninos e meninas. E em Angola, Afeganistão, Libéria e Somália elas têm, em média, sete filhos. Segundo Smith, a Organização das Nações Unidas informa que 137 milhões de mulheres no mundo carecem de anticoncepcionais modernos e aprovados pela comunidade médica, e que 64 milhões utilizam métodos tradicionais de planejamento familiar, menos confiáveis do que os demais.
É desconcertante, disse Smith à IPS, que o presidente Bush, “que declarou que uma das melhores formas de prevenir o aborto é fornecendo serviço de planejamento familiar voluntário de qualidade”, não torne os anticoncepcionais acessíveis aos 137 milhões de mulheres que desejariam prevenir ou adiar a gravidez e não utilizam método algum. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de pessoas e casais que querem evitar gerar filhos ou adiar a gravidez supera em duas ou mais vezes a dos que utilizam anticoncepcionais.
“Definitivamente, existe a necessidade de assistência em mátria de planejamento familiar”, afirmou Smith. Além disso, a esmagadora maioria dos Estados frágeis declarou, como uma questão de política oficial, que suas taxas de natalidade são muito altas. “O que fica por responder é a pergunta se temos ou não vontade política de satisfazer as necessidades não cobertas”, acrescentou.
www.envolverde.ig.com.br
“Por que não haverá fundos para serviços claramente voltados a um dos fatores-chave que contribuem com a existência, a maior quantidade e a falta relativa de progresso nas condições de vida nos países mais pobres?”, perguntou Smith. “É claro que a prevenção é mais rentável e precisamos restaurar os fundos nesse âmbito”, disse à IPS, acrescentando que “esse é outro aspecto surpreendente de um presidente (George W. Bush) que trava uma guerra mundial contra o terrorismo”.
Smith recordou que Bush pedira uma redução para o ano fiscal 2008, que começa em outubro, de US$ 116 milhões nos fundos de população, que neste período são de US$ 434 milhões. Em 2005, esses fundos foram de US$ 437 milhões e em 2006 de US$ 436 milhões. Com base em estatísticas do Banco Mundial, Smith diz que em nove dos 10 países classificados como “severamente frágeis”, os jovens menores de 15 anos constituem 40% ou mais da população.
Essas nove nações são Angola, República Centro-Africana e Libéria, com 47% cada uma; Somália e Afeganistão com 45%; Sudão com 44%; Haiti com 42%; Zimbábue com 41%, e Ilhas Salomão com 40%. O único país entre as 10 nações com menos de 40% de sua população com menos de 15 anos é a Birmânia, com 32%.
Ao falar em um painel sobre operações exteriores do Comitê sobre Apropriações da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, na semana passada, Smith explicou que não é que se pense que todos os jovens dos países menos desenvolvidos são potenciais candidatos a atacantes suicidas. “Mas, muitos mais do que um poderiam estar dispostos a seguir um líder carismático, mas equivocado do ponto de vista político e religioso, que os guia por um caminho problemático, de caos, violência e até conflitos armados”, argumentou.
Um informe da Organização das Nações Unidas, que será discutido na reunião da Comissão sobre População e Desenvolvimento que acontece esta semana, revela que todos os países sofrem algumas mudanças em sua estrutura etária. Mas, como os países estão em diferentes fases de transição demográfica e experimentam condições sociais e econômicas diferentes, a mudança é mais acentuada em alguns deles. “As nações em desenvolvimento seguem se caracterizando pelos altos níveis de fertilidade e a pouca quantidade de pessoas mais velhas”, diz o estudo.
A África conta com a maior quantidade de jovens, 41% de sua população tem menos de 15 anos e apenas 5% têm 60 anos ou mais. Por outro lado, as nações mais desenvolvidas possuem população mais idosa. Contam com 17% de menores d 15 anos e 20% com 60 anos ou mais. A proporção de maiores de 60 anos aumenta rapidamente na Europa ocidental, América do Norte e Japão. “O legado dos altos índices de fertilidade do passado é o atual crescimento acelerado de população e a maior geração de jovens da história”, acrescenta o documento.
Nos países pobres, os jovens representam 29% da população, equivalentes a 1,5 milhão de pessoas. As nações ricas têm mais de 238 milhões de jovens, que representam apenas 20% de seus habitantes. “A mutante pirâmide de idades tem implicações sociais e econômicas significativas no âmbito individual, familiar, da comunidade e da sociedade. Também tem conseqüências importantes para o desenvolvimento de um país”, diz o estudo. Smith afirmou que o rápido crescimento populacional é um dos fatores-chave da própria existência de Estados frágeis, sua maior quantidade e a relativa falta de progresso em matéria de desenvolvimento.
As mulheres de sete dos 10 Estados mais frágeis dão à luz uma média de quatro meninos e meninas. E em Angola, Afeganistão, Libéria e Somália elas têm, em média, sete filhos. Segundo Smith, a Organização das Nações Unidas informa que 137 milhões de mulheres no mundo carecem de anticoncepcionais modernos e aprovados pela comunidade médica, e que 64 milhões utilizam métodos tradicionais de planejamento familiar, menos confiáveis do que os demais.
É desconcertante, disse Smith à IPS, que o presidente Bush, “que declarou que uma das melhores formas de prevenir o aborto é fornecendo serviço de planejamento familiar voluntário de qualidade”, não torne os anticoncepcionais acessíveis aos 137 milhões de mulheres que desejariam prevenir ou adiar a gravidez e não utilizam método algum. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de pessoas e casais que querem evitar gerar filhos ou adiar a gravidez supera em duas ou mais vezes a dos que utilizam anticoncepcionais.
“Definitivamente, existe a necessidade de assistência em mátria de planejamento familiar”, afirmou Smith. Além disso, a esmagadora maioria dos Estados frágeis declarou, como uma questão de política oficial, que suas taxas de natalidade são muito altas. “O que fica por responder é a pergunta se temos ou não vontade política de satisfazer as necessidades não cobertas”, acrescentou.
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