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Opinião

Dorothy Sayers — Uma abordagem subversiva do cristianismo autêntico

Por Paulo Ribeiro
 
Quando Dorothy Sayers morreu, em 1957, C.S. Lewis chorou. Lewis era encantado pela habilidade de Sayers comunicar percepções subversivas, algumas vezes de formas vivas e hilárias.
 
Sayers cresceu na igreja — seu pai era capelão da catedral de Oxford. Ela nunca renunciou sua fé, mas tinha muitas reservas sobre a forma e as ênfases de como o cristianismo era praticado. De forma a restaurar a verdade do evangelho ela achava necessário ser “subversiva”.
 
E, o primeiro passo era educar as pessoas, pois sentia que o fundamentalismo e o liberalismo tinham distorcido o cristianismo para se adequar às suas escolhas culturais e políticas.
 
Sayers tomou para si o desafio de construir pontes entre o cristianismo e a cultura. Para ela, tanto a direita como a esquerda eram culpados de escolher partes do cristianismo que os deixavam confortáveis e se adequavam tais ideologias.
 
Ela se preocupava com a ênfase nos sentimentos e emoções, que reforçavam uma “justiça retributiva”: se você aceitar a Jesus e o adorar com zelo, você receberá bençãos em troca. Nas palavras de Sayers, “pensamos que a aproximação de Deus deve ser cultivada porque Ele pode ser tornar útil”. Para ela, nessa cultura de troca as crianças crescem pensando que Deus é um grande Papai Noel.
 
Sayers também admitia algum preconceito contra todo tipo de adoração emocional. Em carta a C. S. Lewis, ela disse: “Toda experiência espiritual é para mim um livro fechado; em respeito a isso eu sou surda desde nascença”.
 
Ao rejeitar a ideia de que todos os cristãos são chamados para evangelizar, ela afirmou: “Eu não tenho mente nem paixão para converter pessoas, mas odeio ter meu intelecto ultrajado pela ignorância imbecil e por distorções monstruosas de fatos que a mídia pagã aceita como sendo cristianismo”.
 
Uma das afirmações mais subversivas de Sayers foi: “o único trabalho cristão é o trabalho bom, necessário e benfeito, seja um bordado na igreja ou a limpeza de esgotos”. Ela exortava as pessoas a buscarem atividades criativas pelo amor ao próprio trabalho.
 
Dorothy Sayers acreditava que a fé cristã não era apenas um conjunto de doutrinas, mas um modo de vida que deveria influenciar todos os aspectos da existência de uma pessoa. Em seus ensaios, Sayers argumentou que o cristianismo oferecia uma visão de mundo completa e coerente que poderia ajudar as pessoas a entender o significado e o propósito de suas vidas.

 
Ela também acreditava que as artes tinham um papel importante a desempenhar na vida cristã. Argumentou que a criatividade era um reflexo da própria criatividade de Deus e que a arte poderia ser um meio de explorar e expressar a verdade sobre o mundo e a condição humana.
 
Em seus romances policiais, Sayers frequentemente explorava temas morais e éticos, e seus personagens lidavam com questões de justiça, culpa e redenção. Ela foi subversiva na sua abordagem, lutando contra as distorções da sua sociedade, e permaneceu fiel ao Senhor Jesus e Suas palavras revolucionárias.
 
Sayers também tinha posições explicitas quanto a responsabilidade de um autor. Ela dizia: “Você não deve aceitar recompensa financeira ou aplauso porque que você está fazendo o ‘correto’ — atendendo a uma demanda —, mas por aquilo que você realmente deseja dizer”. Ela usou esse padrão para rejeitar um convite de Lewis para contribuir em uma série de livros cristãos para jovens. Ela acreditava que Deus a chamou para usar sua criatividade com sabedoria e responsabilidade. E, porque não poderia fazer um bom trabalho, rejeitou a solicitação e preferiu concentrar-se no trabalho que podia fazer benfeito. Popularidade não era o seu objetivo.
 
Enfim, depois de assistir tanto extremismo e distorção do cristianismo nos últimos anos, ler sobre as posições de Dorothy Sayers, fundamentadas na ética cristã, é como sentir uma brisa de ar fresco no alto da Mantiqueira. Dá aquela vontade de gritar: Amém e Amém.

A BÍBLIA NÃO ERRA. OS LEITORES, NEM TANTO | REVISTA ULTIMATO

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Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Manchester, na Inglaterra, foi Professor em Universidades nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Holanda, e Pesquisador em Centros de Pesquisa (EPRI, NASA). Atualmente é Professor Titular Livre na Universidade Federal de Itajubá, MG. É originário do Vale do Pajeú e torcedor do Santa Cruz.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao

Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
  • Textos publicados: 69 [ver]

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