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Opinião

A igreja no ministério da visita domiciliar a enfermos

Por Eleny Vassão
 
Rute é minha netinha de 9 anos, e está com leucemia. Esse mal foi descoberto no início de novembro. Então, ela ficou em isolamento num hospital pediátrico na Alemanha, onde vive com sua família. Rute continua a ser uma criança, diante de algo tão assustador. Ela é muito popular em sua escola, na igreja e em suas muitas atividades, como natação, aula de música, escotismo e balé, mas agora Rute não poderá sair de casa por, pelo menos, seis meses. Serão longos meses de sessões semanais de quimioterapia e injeções diárias. Que mudança abrupta de rotina para ela, seus pais e seus irmãos de 11 e 13 anos! Como se adaptarão às novas necessidades e horários, se não têm mais ninguém da família por perto para ajudá-los? Como fazer com que seus irmãos continuem suas atividades sem que os pais os levem? Como o pai continuará a trabalhar e ainda ajudar com as tarefas que agora lhe foram somadas? 
 
A sua igreja evangélica local é muito bíblica e missionária, mas agora está se perguntando sobre como ajudará de maneira que a família divida com eles suas muitas atividades e necessidades, mesmo que nessa brusca mudança em suas rotinas, nem saibam bem quais são elas.
 
O que você faria? Como prepararia a sua igreja para esse cuidado compassivo num momento tão doloroso, movido pelo exemplo e amor de Cristo? Como utilizar a Palavra na dose certa, com sabedoria e sensatez, de modo a oferecer conforto e esperança, cuidando da alma e também das necessidades estruturais e materiais da família? (Leia Tg 1.22-27, NVI)
 
Anos atrás, vivemos situação semelhante em nossa igreja. Um casal estava com uma doença letal e precisava da ajuda para o seu cuidado e também de seus dois filhos, de 7 e 9 anos. Isso nos levou a organizar o atendimento a toda a família, contando com todos os ministérios da igreja. A partir dessa rica experiência, nasceu o nosso Curso Breve de Visitação a Enfermos da Associação de Capelania na Saúde (ACS), que temos oferecido às igrejas de todo o Brasil.
 
Deus nos chama a conhecer as necessidades do próximo, a quem ele ama, e a socorrê-lo em sua angústia. Ele nos chama a amar e a sentir a sua compaixão, assim como Jesus nos ensinou (Mt 9.36), em amor, por meio da ação. A palavra “Compaixão” vem do grego com o sentido de “ser movido pelas entranhas”, a sede do amor e da piedade. Nós somos chamados a nos colocar no lugar da outra pessoa, a nos envolver em sua angústia, vendo as coisas e sentindo-as como elas sentem, indo ao seu encontro para nos doar a elas. Deus nos ouve, nos atende, se inclina em nossa direção, vindo ao nosso socorro: “Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, eu o invocarei por toda a minha vida” (Sl 116.1-2). Jesus se fez homem e nos visitou em nossa angústia, dando a sua vida para termos perdão e vida para sempre!


 
 
1. A família deverá estar disposta a receber a visita, e o horário mais conveniente deverá ser definido por ela.
 
2. Dois ou três irmãos e irmãs mais próximos da família devem ir primeiro.
 
3. Os visitantes deverão ter conhecimento das normas de higiene e praticá-las, para não colocar o paciente em risco.
 
4. Se o enfermo for uma criança, levar outra criança como visitante e uma atividade de desenho e pintura para ela e para os irmãos dela, se tiver.
5. O cuidador familiar também deve receber o cuidado dos visitantes. A conversa com ele deve ser feita à parte, para que tenha a liberdade de se abrir e chorar. Sempre comece com perguntas abertas, ouvindo-a com atenção e carinho, sem interrompê-lo ou julgá-lo.
 
6. Os visitadores devem observar e perguntar, de maneira amorosa e não constrangedora, sobre as necessidades da família e o modo como a igreja pode ajudar a supri-las. Por exemplo: levar as crianças à escola, ao médico, ao dentista, às atividades especiais; fazer compras de alimentos e remédios; levar refeições; limpar a casa; lavar a roupa; levar a consultas e tratamentos; ajudar no revezamento do cuidador; etc.
 
7. A visita deve ser breve e sempre ter sua duração avaliada de acordo com a disposição do enfermo e de sua família (de 15 minutos a, no máximo, 1 hora).
 
8. Deve haver continuidade na assistência, de acordo com a gravidade e/ou necessidade, quando visitantes, enfermo e cuidador aprofundarão seu relacionamento, meditando na Palavra de Deus e orando juntos.
 
9. Grupos maiores de irmãos da igreja poderão visitar para breves cultos no lar, incluindo cânticos e atividades que caibam no contexto.
 
Indicação de literatura
Para o visitador
O Resgate da Visitação Pastoral – Arival Dias Casimiro e Eleny Vassão
Capelania Hospitalar
Consolo
Um dia de cada vez
O meu Deus é maior que o câncer
Esperança para viver e para partir
Cuidando de quem cuida.

Para o enfermo:
Deus cuidará de você
Salmos para enfermos
No leito da enfermidade
Mal em Bem
 
  • Eleny Vassão de Paula Aitken, mestre em aconselhamento bíblico, é capelã hospitalar e missionária da IPB. É capelã evangélica titular do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) e do Hospital do Servidor Público do Estado HSPSP). É presidente da Associação de Capelania Evangélica Hospitalar (ACEH) e coordenadora da Casa do Aconchego. Autora de diversos livros publicados pela Cultura Cristã.
 
Artigo originalmente publicado no site da Igreja Presbiteriana do Brasil. Reproduzido com a permissão da autora.

A BÍBLIA NÃO ERRA. OS LEITORES, NEM TANTO | REVISTA ULTIMATO
 
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