"O Púlpito Que Repete, o Rebanho Que Dorme”

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Vivemos dias em que a pregação do Evangelho, em muitos púlpitos, tem se reduzido a um repertório limitado, repetido quase como um mantra: "Você entendeu?", "Dá um amém!", "O dízimo é pra manter a casa de Deus!", "Fala pro irmão do lado!", como se os ouvintes fossem destituídos de cognição mental e eternamente incapazes de maturidade espiritual." Mas o apóstolo Paulo nos alerta em Hebreus 5:12: "A esta altura, vocês já deveriam ser mestres, contudo precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Tornaram-se como aqueles que necessitam de leite, e não de alimento sólido."

Essa exortação nos convida à reflexão. A fé cristã não é um ciclo infantil eterno, onde vivemos apenas do básico. O Senhor deseja que cresçamos, que avancemos na compreensão da Sua Palavra, que deixemos as águas rasas e nos lancemos ao profundo de Deus. Jesus ensinava com autoridade e profundidade. Ele falava por parábolas, sim, mas explicava o significado aos discípulos. Ele não os tratava como incapazes, mas como homens e mulheres chamados a carregar a cruz com entendimento e discernimento. (Lucas 14:27).

Infelizmente, muitos líderes hoje preferem a facilidade da repetição ao ensino, da comoção à formação, do controle à edificação. Mas o Espírito Santo não veio apenas para nos emocionar – Ele veio para nos guiar em toda a verdade (João 16.13). O cristão que vive apenas de slogans e chavões pode até se sentir animado por um tempo, mas não terá base sólida quando os ventos da vida soprarem com força. Por isso, é urgente voltarmos ao ensino sadio, ao Evangelho completo, que confronta, exorta, consola e transforma. A fé que cresce é aquela que ouve, medita, entende e pratica (Mateus 7.24).

Se você já percebeu a superficialidade ao seu redor, talvez o Senhor esteja te chamando a dar passos mais firmes, a buscar o alimento sólido, a se tornar um crente maduro. O crescimento espiritual é uma responsabilidade pessoal. O convite de Deus é claro: "Vinde, e tornemos ao Senhor" (Oseias 6.1).

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Opinião do leitor