Palavra do leitor
25 de dezembro de 2024- Visualizações: 963
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O jovem do Eden que veio para terra
Texto de João 1.29-33
Todos os apelidaram de o jovem do Eden que veio para terra. É bem verdade, não era e nunca quis ser uma celebridade, com a intenção de estabelecer uma nova ordem, de ser um meio para promover a vingança dos oprimidos e alienados. Aliás, o quanto isso acarretou uma resposta desabonadora de muitos. Suas inofensivas palavras, expressamente, emitiam uma irradiante e inquietadora graça, por onde as vaidades eram reveladas, os preconceitos e as hipocrisias desmascaradas daqueles que se viam, diante do espelho de suas conveniências, como os mais ilibados e cumpridores de todo um compêndio de leis e regras. A resposta, de pronto e imediata, teve de ser o desprezo, a perseguição, a injúria, as notícias falsas de que pretendia ser maior que Cesar (imperador de Roma), de que tramava anular toda a lei de Moisés, de que se impelia por uma vontade voraz de subjugar a todos e a tudo. Não suportavam o jeito simplório, despojado, descolado, resolvido e livre de olhar e levantar as faces.
Não e não!
Sem nenhuma cerimônia, diziam ser o melhor, para mantença da ordem e do que é certo, tornava-se indispensável o adequá-lo e caso não aceitasse fosse, então, enforcado ou crucificado ou trancafiado. Estranhamente, como um cordeiro se dirigu ao abatedouro e sem ser um porco, porque não esbravejou, não se opôs e não fugiu. Eis a trajetória desse jovem que embora estivesse na terra dos homens e suas contingências, com suas baixezas, com suas mesquinharias, com suas violências, com seus abusos, com suas arbitrariedades, com seus cinismos, parece que estava no Eden. Veio para cá e municiado por uma integridade, em todas as suas intenções, como uma pedra resistente ao fogo das hipocrisias e falsidades, sem ter sido contaminado pelo pecado ou pela deformação original de Adão.
Parecia ser um sem futuro, sem se preocupar em deixar manuscritos e sua singular presença apresentava um Reino de paz, de justiça e de alegria. Sem haver nenhum contraponto de que devo fazer isso, aquilo ou acolá. Visto como um justificador, um pacificador, um revivificador de vidas humanas (dizem que ressuscitou um tal de Lázaro, que elevou as mulheres a condição de dignidade plena, que tratou os diferentes, como uma tal Samaritana, com respeito e como imagem e semelhança de Deus, parou para escutar e desaguar vida). Mesmo assim, levado ao Sinédrio, aos conchavos do poder, já acorrentado, já com o beijo da traição e ingratidão, já com o silêncio mórbido do abandono e seu olhar permanecia abraçado por uma alegria desveladora da verdade, do que é e do que tinha que ser feito, em favor da humanidade e nada mais. Ali, naquele espaço de pompas e honrarias, não suportaram a liberdade daquele jovem, sua sinceridade e decência, bem a vista por todos, além de sua incandescente alegria e sua impetuosa justiça.
O que mais dizer?
Afinal, os seus carrascos carregavam uma moralidade pesada, compromissados com uma fé receosa, por imputar as pessoas um deus que desenha um prazer mórbido por desgraçar e abençoar, numa espécie de jogo da sorte e da morte. Decerto, não conseguiam reconhecer alguém com uma bondade verdadeira e não artificial, não pueril ou fútil, não plastificada, impactado por uma alegria que não era para manipular e por uma justiça que não visava impor o ir a desforra ou a vingança. A ilusão dos seus acusadores se esparramaram em um ódio descontrolado, porque, diante de Pilatos, não houve o que censurar, o que pudesse fundamentar qualquer insurreição, qualquer tentativa de golpe.
Nada que pudesse ser aplicado para uma correção. Enquanto a noite se retirava, nenhum defeito encontrado, nada que pudesse o desabonar, sem qualquer fagulha de mal, de maldade e de malefício feito. O que fazer, quando ao olhar para aquele jovem, todos os seus inquisidores eram despidos de suas mentiras?
Olhar para ele, categoricamente, era demais, para quem não queria abrir mão de suas ilusões. A sorte não estava lançada, o destino não era o fim, a não ser para caricaturas chafurdadas no lodo do orgulho e na opção por ser nutrirem das bolotas de suas cóleras, ao invés de serem banhados pela alegria verdadeira, pela justiça verdadeira e pela paz verdadeira. A porfia ou teimosia por uma balburdia na consciência do influenciável povo, fez com que as acusações e as conveniências fossem alcançadas. Ao entardecer do dia, o Jovem que veio do Eden havia sido enforcado, como um traidor, como um desonrado, como um verme, como uma excrescência, como um nada e, sem obter qualquer ponderação, apenas disse: tudo está consumado, não se esqueção de que, agora, podem recomeçar.
Todos os apelidaram de o jovem do Eden que veio para terra. É bem verdade, não era e nunca quis ser uma celebridade, com a intenção de estabelecer uma nova ordem, de ser um meio para promover a vingança dos oprimidos e alienados. Aliás, o quanto isso acarretou uma resposta desabonadora de muitos. Suas inofensivas palavras, expressamente, emitiam uma irradiante e inquietadora graça, por onde as vaidades eram reveladas, os preconceitos e as hipocrisias desmascaradas daqueles que se viam, diante do espelho de suas conveniências, como os mais ilibados e cumpridores de todo um compêndio de leis e regras. A resposta, de pronto e imediata, teve de ser o desprezo, a perseguição, a injúria, as notícias falsas de que pretendia ser maior que Cesar (imperador de Roma), de que tramava anular toda a lei de Moisés, de que se impelia por uma vontade voraz de subjugar a todos e a tudo. Não suportavam o jeito simplório, despojado, descolado, resolvido e livre de olhar e levantar as faces.
Não e não!
Sem nenhuma cerimônia, diziam ser o melhor, para mantença da ordem e do que é certo, tornava-se indispensável o adequá-lo e caso não aceitasse fosse, então, enforcado ou crucificado ou trancafiado. Estranhamente, como um cordeiro se dirigu ao abatedouro e sem ser um porco, porque não esbravejou, não se opôs e não fugiu. Eis a trajetória desse jovem que embora estivesse na terra dos homens e suas contingências, com suas baixezas, com suas mesquinharias, com suas violências, com seus abusos, com suas arbitrariedades, com seus cinismos, parece que estava no Eden. Veio para cá e municiado por uma integridade, em todas as suas intenções, como uma pedra resistente ao fogo das hipocrisias e falsidades, sem ter sido contaminado pelo pecado ou pela deformação original de Adão.
Parecia ser um sem futuro, sem se preocupar em deixar manuscritos e sua singular presença apresentava um Reino de paz, de justiça e de alegria. Sem haver nenhum contraponto de que devo fazer isso, aquilo ou acolá. Visto como um justificador, um pacificador, um revivificador de vidas humanas (dizem que ressuscitou um tal de Lázaro, que elevou as mulheres a condição de dignidade plena, que tratou os diferentes, como uma tal Samaritana, com respeito e como imagem e semelhança de Deus, parou para escutar e desaguar vida). Mesmo assim, levado ao Sinédrio, aos conchavos do poder, já acorrentado, já com o beijo da traição e ingratidão, já com o silêncio mórbido do abandono e seu olhar permanecia abraçado por uma alegria desveladora da verdade, do que é e do que tinha que ser feito, em favor da humanidade e nada mais. Ali, naquele espaço de pompas e honrarias, não suportaram a liberdade daquele jovem, sua sinceridade e decência, bem a vista por todos, além de sua incandescente alegria e sua impetuosa justiça.
O que mais dizer?
Afinal, os seus carrascos carregavam uma moralidade pesada, compromissados com uma fé receosa, por imputar as pessoas um deus que desenha um prazer mórbido por desgraçar e abençoar, numa espécie de jogo da sorte e da morte. Decerto, não conseguiam reconhecer alguém com uma bondade verdadeira e não artificial, não pueril ou fútil, não plastificada, impactado por uma alegria que não era para manipular e por uma justiça que não visava impor o ir a desforra ou a vingança. A ilusão dos seus acusadores se esparramaram em um ódio descontrolado, porque, diante de Pilatos, não houve o que censurar, o que pudesse fundamentar qualquer insurreição, qualquer tentativa de golpe.
Nada que pudesse ser aplicado para uma correção. Enquanto a noite se retirava, nenhum defeito encontrado, nada que pudesse o desabonar, sem qualquer fagulha de mal, de maldade e de malefício feito. O que fazer, quando ao olhar para aquele jovem, todos os seus inquisidores eram despidos de suas mentiras?
Olhar para ele, categoricamente, era demais, para quem não queria abrir mão de suas ilusões. A sorte não estava lançada, o destino não era o fim, a não ser para caricaturas chafurdadas no lodo do orgulho e na opção por ser nutrirem das bolotas de suas cóleras, ao invés de serem banhados pela alegria verdadeira, pela justiça verdadeira e pela paz verdadeira. A porfia ou teimosia por uma balburdia na consciência do influenciável povo, fez com que as acusações e as conveniências fossem alcançadas. Ao entardecer do dia, o Jovem que veio do Eden havia sido enforcado, como um traidor, como um desonrado, como um verme, como uma excrescência, como um nada e, sem obter qualquer ponderação, apenas disse: tudo está consumado, não se esqueção de que, agora, podem recomeçar.
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