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Palavra do leitor

Muito mais que um Homem de Aço

Esses dias fui ao cinema com meu filho para assistir o mais novo filme do Super-homem, desta feita chamado de “o Homem de Aço”. Qual terá sido o motivo da mudança do nome? Será porque os problemas agora enfrentados pelo garoto de Krypton são outros, típicos da globalização e da pós-modernidade? Parece que não basta mais ser super, tem que ser de aço.

Confesso que me transportei aos inesquecíveis anos 80 quando Christopher Reeve encarnava o homem de vermelho e azul que surge de uma cabine telefônica para salvar o mundo, tornando-se herói das crianças e ícone para os adolescentes, apesar de suas crises éticas e existenciais. Muita coisa já se foi daqueles inesquecíveis anos: os ônibus espaciais, a passagem do cometa Halley, as Diretas Já, o filme E.T., o vídeo cassete, porém, o já cinquentenário Superman continua, ressurgindo como a Fênix, de vez em quando, para lembrar ao mundo que o Tio Sam ainda é o grande defensor dos pobres e oprimidos, o salvador de um mundo mal e cruel. E assim, continua fazendo seu papel de garoto-propaganda do imperialismo americano.

Na volta para casa fiquei refletindo sobre essa nossa necessidade por heróis, por semideuses, por alguém que venha em nosso auxílio, mesmo que nos engane e nos prometa, pelo menos por alguns minutos, um mundo maravilhoso, justo, onde as forças do mal não terão mais vez nem voz, onde o homem viverá livre de ameaças internas e externas. Talvez isso seja herança da civilização greco-romana, que com seus panteões tentavam dar sentido à existência e direção aos seus sonhos e projetos. Muito tempo se passou desde que Zeus e seus comandados dominaram a cultura helênica, mas o anseio pelo super-herói continua vivo, e o cinema é o grande veículo que nos transporta pra esse mundo utópico. Se Marx tivesse vivo talvez dissesse: Hollywood é o ópio do povo.

Em meio a esses pensamentos sobre a Sétima Arte, meu coração se reportou a uma época distante, na verdade, 700 anos antes da nossa era, quando um profeta, na distante e empoeirada Israel falou de alguém especial que viria para, de fato, salvar o homem de algo muito mais poderoso do que armas, exércitos, alienígenas, sistemas políticos, algo que havia separado o homem de Deus, deixando-o à mercê da sua própria sorte. Refiro-me ao pecado, essa palavra da qual a sociedade hodierna tanto tenta escapar, numa tentativa desesperada de explicar as mazelas do mundo somente por métodos cartesianos e racionais. Como disse Santo Agostinho, o homem foi abandonado a si mesmo porque abandonou a Deus. Este alguém, segundo Isaías, não tinha a beleza nem a formosura de um super-homem, não havia boa aparência nele para que o desejássemos, era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, porém, ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si, foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas chagas fomos sarados (Is 53), continua Isaías que, embora falando no passado, se referia ao futuro, quando Jesus viria para nos resgatar e restabelecer a ponte, antes quebrada, entre nós e o Pai. Quando chegada a plenitude dos tempos, o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:14). E somente ele tinha e tem o poder e os atributos para tal tarefa.

Que bom, disse para mim mesmo. Não preciso esperar nem confiar em nenhum homem de aço vindo de um planeta distante, ou em algum grande líder de carne e osso, pois, outrora desgarrado como ovelha sem pastor, sei que ele, Jesus, levou sobre si o pecado de muitos e intercedeu por nós, transgressores (Is 53). Agora tenho paz e vida eterna, não porque as mereço, mas porque Deus nos transportou para o reino do Filho do seu amor (Cl 1:13). É esse homem-Deus que realmente salva e liberta, pois “em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos”. At. 4:12

Portanto, se você for assistir ao Homem de Aço ou a qualquer outro Super-herói com seus filhos, aproveite, divirta-se, curta o momento, mas não esqueça jamais daquele que realmente pode e quer salvar o mundo, daquele capaz de resgatar a imagem e semelhança que um dia nos identificavam como filhos de Deus. Afinal, é bem melhor confiar em alguém que, como disse Pedro, tem as palavras de vida eterna (Jo 6:68), ou como disse Paulo, aquele em quem habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl 2:9) ou ainda: aquele em quem não há mudança nem sombra de variação (Tg 1:17). Ou seja, em alguém que é muito mais do que um “simples homem de aço!”

A Paz de Cristo a todos!



Francisco Antonio O.Silva

15/08/2013
BrasÍlia - DF
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