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Prateleira

Eu era estrangeiro e vocês me receberam

O mundo sempre esteve em movimentos migratórios. Mas a estatística atual de 60 milhões de refugiados faz com que muitos considerem esta a “maior crise humanitária da história”. Na semana passada, o problema se tornou muito mais evidente. Uma foto trágica de uma criança síria refugiada morta na beira da praia na Turquia sensibilizou o mundo. Mas, com isso, também veio a polêmica: a Europa (destino preferido dos refugiados) deve abrir suas fronteiras?

Por conta da urgência do tema, resolvemos antecipar aqui no Portal a publicação da reportagem que a revista Ultimato publicou em sua edição de setembro-outubro. O Pr. Elben César visitou refugiados sírios acolhidos por cristãos no Brasil e constatou que ainda é muito atual o versículo: “Fui estrangeiro, e vocês me acolheram (Mt 25.35)

Confira.

***


O Mineiro com Cara de Matuto com os refugiados sírios
“Eu era estrangeiro e vocês me receberam [no Brasil]”


Lá estava Maya, no saguão da Igreja Presbiteriana de Pinheiros, em São Paulo. Correndo de um lado para o outro. Sempre alegre. Sempre sorridente. Embora tenha chegado ao Brasil há apenas seis meses e falando uma língua bem diferente, a menina já está matriculada numa escola e já fala português sem a menor dificuldade, deixando para trás a mãe, Yara, e seu pai, Tony, (nomes aportuguesados). Essa menina de 7 anos, nascida em Damasco, capital da Síria, em abril de 2008, é um dos 7.289 refugiados reconhecidos de 81 nacionalidades distintas que vivem no Brasil de acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Nem os coleguinhas da escola primária nem a própria Maya sabem que entre os refugiados do mundo todo há 750 mil crianças que não frequentam a escola!

Refugiados e deslocados – 60 milhões
O Brasil e principalmente as igrejas precisam saber que o mundo está vivendo a maior crise humanitária da história, que chega a superar o número de deslocados por ocasião da Segunda Guerra. Conflitos políticos, étnicos e religiosos, grupos terroristas islâmicos (como o Estado Islâmico e Boko Haram), redes internacionais de crime organizado, crises econômicas, corrupção, desastres naturais, somados à insensibilidade das grandes potências, geraram um caos generalizado. Quem está tentando abrir os nossos olhos para essas tragédias é o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Basta saber que existem hoje mais de 60 milhões de pessoas deslocadas forçosamente de suas casas. Destas, 20 milhões são obrigadas a viver em outro país e 40 milhões são obrigadas a viver fora de suas casas, mas no mesmo país. Em 2014, a média diária de pessoas que tiveram de abandonar suas casas foi de 42.500! Quase a metade dos refugiados são mulheres e crianças (49%) e a metade tem menos de 18 anos.

Outro problema complicado é que 86% dos refugiados estão em nações em desenvolvimento, como o Quênia, Paquistão, Turquia, Jordânia e Líbano. Isso implica um desafio enorme tanto para o governo e a população desses países como para os próprios refugiados. A Turquia, que abriga a metade dos refugiados sírios (quase 2 milhões), por exemplo, devido à falta de fundos, não é capaz de satisfazer as necessidades humanitárias dos refugiados que nela se abrigam. O país tem uma alta taxa de desemprego e uma população jovem. A presença de tão grande número de refugiados aumenta o problema do desemprego por causa da concorrência. Além dos nativos, há estrangeiros em busca de emprego. Acontece também que alguns empregadores dão preferência aos refugiados porque o salário deles é bem menor (enquanto o trabalhador turco recebe 1.500 libras turcas, o trabalhador refugiado recebe apenas 200). Alguém já disse que a simpatia inicial do povo turco para os refugiados está começando a se transformar em antipatia. A média de tempo que um refugiado permanece fora de seu país é de dezessete anos.
José Roberto M. Prado, coordenador do Renovare, programa de acolhimento da Missão em Apoio à Igreja Sofredora (MAIS), acrescenta que “os refugiados enfrentam desafios enormes, diariamente, como falta de esperança, violência, discriminação, fome, falta de abrigo, perda de identidade e perda de poder econômico”. Além disso, eles “encaram jornadas perigosíssimas, como atravessar desertos, zonas de guerra, oceanos, expondo a si mesmos e aos seus familiares, e tornam-se vulneráveis às redes de tráfico humano, exploração sexual, tráfico de órgãos”.

“Onde a igreja sofre a própria igreja acolhe”
Porque o aeroporto de Damasco está fechado por causa da guerra, o refugiado sírio embarca no aeroporto de Beirute, no Líbano, ou no aeroporto de Istambul, na Turquia. A viagem dura dezesseis horas. Se ele ou outro refugiado que já está instalado no Brasil fez algum contato com a MAIS, o primeiro brasileiro (depois dos funcionários do aeroporto e da alfândega) que ele vê é um paulista de 51 anos de óculos e barbicha, muito simpático e acolhedor. José Roberto é professor do curso Vida & Missão na Igreja Batista de Água Branca e já foi músico do Ministério de Louvor e Adoração (Milad) e da orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. É ele quem providencia hospedagem por um ou mais dias e algum tratamento médico de urgência para os refugiados. Em seguida, ele os coloca num ônibus de carreira ou numa van (se o número de pessoas for grande) e os encaminha para a casa de acolhimento da MAIS, em Vila Velha, na Grande Vitória, no Espírito Santo (outras dezesseis horas de viagem). Quando o refugiado só se comunica em árabe, José Roberto leva ao aeroporto um intérprete para ajudá-lo. Entre os imigrantes cristãos, há armênios, ortodoxos, católicos e protestantes.

Uma vez em Vila Velha, a MAIS providencia tudo que o recém-chegado necessita de imediato: moradia e alimentação, documentação, aulas de português e a busca de um emprego. Alguns deles precisam de assistência psicológica em razão de traumas recentes que tiveram de suportar na Síria, causados pela guerra civil e pela chegada ao país do violento Estado Islâmico (casas destruídas, morte de familiares, bombas, destruição, insegurança etc).

Esses detalhes todos o Mineiro com Cara de Matuto ficou sabendo numa longa conversa com José Roberto na manhã do primeiro dia de sua viagem a São Paulo, a 13 e 14 de julho.

A missão MAIS surgiu em janeiro de 2010, em Vila Velha, ES, logo após o terremoto do Haiti, por iniciativa do pastor presbiteriano Mário Freitas. Trata-se de uma organização 100% brasileira, cujo lema é “onde a igreja sofre a própria igreja acolhe”. Ela existe graças à parceria com igrejas locais, que adotam famílias inteiras de refugiados pelo período de um ano. A missão já tem mais de trinta igrejas parceiras em seis estados e 22 cidades. Sua inspiração vem daquele alemão rico e nobre do século 18, conhecido pelo nome de Conde Zinzendorf, que abrigou em suas terras, onde fica hoje a cidade de Herrnhut, na Alemanha, os refugiados morávios que eram perseguidos por sua fé (Veja Ultimato, julho/agosto de 2012). É bom lembrar que a Síria ocupa, segundo a Missão Portas Abertas, o quarto lugar entre os dez países mais difíceis para o cristão viver.

José Roberto explica que o Brasil é o país mais aberto e o menos burocrático para receber refugiados de qualquer lugar e de qualquer ordem. A questão é que, uma vez aqui, o governo não oferece estrutura alguma para eles recomeçarem a vida. Há esperança de alguma mudança nesta área. Em algumas nações da Europa o problema é outro: é muito difícil entrar, mas, para sobreviver dignamente, o governo fornece casa para morar e um suporte financeiro durante algum tempo.

Projeto de missão urbana para refugiados
O refugiado sírio vende tudo o que tem e vem para o Brasil. Ele possui formação profissional e experiência. O problema é que, por não falar português, acaba ficando desempregado por muito tempo. Por causa disso, jovens profissionais evangélicos estão desenvolvendo um ministério denominado Business as Mission (Negócios como Missão), ou simplesmente BaM. Eles querem fundar empresas e criar empregos para os refugiados e obter recursos para socorrê-los em alguma dificuldade.

Um dos idealizadores do BaM é Paulo Humaitá de Abreu Júnior, um economista de 28 anos, membro da Igreja Presbiteriana de Pinheiros, em São Paulo. Ao participar de um evento chamado Passion, em Houston, no Texas, em fevereiro de 2014, Paulo Humaitá sentiu claramente que Deus o estava chamando para exercer a sua profissão num contexto missionário. Hoje, ele e uma equipe de jovens bivocacionados estão desenvolvendo startups próprias, bem como atuando como consultores de novos negócios no modelo BaM.

Uma das empresas da plataforma BaM já está funcionando: é uma fábrica de artesanato criativo. A empresa de moda jovem deve ser lançada antes do final de 2015.

Na Igreja de Pinheiros, o Mineiro participou de um grupo de oração por missões com dez diversos profissionais jovens (arquitetos, engenheiros, economistas etc) mais o pastor coreano Chun Kwang Chung, 34 anos, doutor em estudos interculturais pelo Seminário Reformado em Jackson, no Mississipi, e responsável pela área de missões da Igreja de Pinheiros. Um dos participantes, Raphael Oliveira, 33 anos, abraçou a causa dos refugiados há um ano. Porque vários jovens já estão sensibilizados com a demanda e a situação dos refugiados e porque São Paulo é a cidade que recebe o maior número de pedidos de refúgio no Brasil (1.204 em 2013), o grupo citado preparou e encaminhou ao conselho da igreja o documento convincente, muito bem preparado e detalhado intitulado Projeto de Missão Urbana com Refugiados. O projeto não visa apenas à ação social nem apenas à evangelização: ele quer fazer ambas as coisas. É muito mais fácil evangelizar um muçulmano aqui no Brasil do que nos países árabes. Eles pretendem adquirir um local na região central de São Paulo, onde a locomoção é mais fácil e o número de refugiados é maior, para abrigar pelo menos quatro famílias, uma em cada quarto. A sala, cozinha e banheiros seriam compartilhados. Em parceria com a BaM, esse imóvel deveria ter um galpão na parte inferior com salas para aulas de português e discipulado, consultório para atendimento médico e odontológico e um espaço para um empreendimento comercial que auxiliaria a estruturação inicial dessas famílias em São Paulo. Os principais responsáveis pelo projeto são o pastor Chun, o fisioterapeuta Raphael e a liderança jovem da igreja.

A Compassiva e a Missão Paz
O nome da rua é formidável: rua da Glória; o nome do bairro é formidável: bairro da Liberdade; o nome da cidade é formidável: cidade de São Paulo. No número 900 da rua da Glória, há um prédio de dois andares que abriga uma igreja evangélica sem nome ou com um nome muito estranho, mas significativo: Projeto 242. O número é para lembrar Atos 2.42: “E todos [os primeiros seguidores de Jesus e os 3 mil convertidos no dia de Pentecostes] continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações”.

Na parte de cima ficam os escritórios da igreja e de uma ONG chamada Compassiva. Em outra sala mora um refugiado sírio chamado P. M., de 43 anos, que veio para o Brasil em fevereiro deste ano. Muito perto dali fica o Glicério, outro bairro de São Paulo onde há vários cortiços e boa quantidade de refugiados haitianos.

Foi na 242 que o Mineiro se encontrou com André Fabrin de Almeida Leitão, um paulista de Presidente Prudente, de 41 anos, fundador e presidente executivo da Compassiva, o braço social da igreja que trabalha com crianças, adolescentes e refugiados sírios. Ele é filiado ao Sindicato de Trabalhadores e Profissionais de Futebol do Estado de São Paulo e exerceu o seu ofício de professor biocupacional de futebol por quinze anos em três países da África, sempre acompanhado pela esposa, Fátima. Seus dois filhos, Adriel e Eloana, nasceram na África.

André solicitou a presença de A. G., outro refugiado sírio, para servir de intérprete na entrevista que o Mineiro fazia com P. M., que só fala árabe. A. G. veio para o Brasil em fevereiro de 2014 e tem duas irmãs na Síria, uma no Líbano e uma na França. Perdeu três primos na guerra dentro da Síria e outros dois estão desaparecidos. Um tio já foi sequestrado três vezes. O rapaz tem 24 anos, é solteiro e muçulmano. Era hoteleiro na Síria. Apesar de falar cinco línguas além do árabe (inglês, francês, turco, curdo e português), A. G. teve muita dificuldade em conseguir emprego. Hoje, ele trabalha três horas por dia como professor de inglês e de cultura árabe na BibliASPA, um centro de pesquisa e cultura que congrega pesquisadores e acadêmicos de mais de quarenta países, com sede em São Paulo. A. G. portava a sua cédula de identidade aqui no Brasil, chamada de Registro Nacional de Estrangeiro.

Damasco é a cidade mais antiga do mundo continuamente habitada, fundada cerca de 2 mil anos antes de Cristo, e não muito longe de Hermon, provavelmente o monte da transfiguração de Jesus. Como P. M. vivia em Damasco antes de vir para o Brasil, o Mineiro perguntou se a cidade, apesar de ser muçulmana, possui algum monumento que lembre a conversão de Saulo, ali ocorrida por volta do ano 34 depois de Cristo. “Há dois monumentos que dizem respeito ao apóstolo, a Igreja de São Paulo e a Igreja dos Olhos, ligados por um túnel”, respondeu P. M. Em Damasco havia morado Naamã, o comandante do exército da Síria, na época do profeta Eliseu, e aquela menininha israelita que fez propaganda de Deus para o general (2Rs 5.2).

Quem levou o Mineiro do hotel à rua da Glória e o trouxe de volta foi Mayra do Prado, professora de português para refugiados sírios no Projeto 242. Ela faz mestrado em relações internacionais, participa da Aliança Bíblica Universitária e é membro da Igreja Batista de Água Branca. Mayra professou sua fé em Jesus aos 14 anos e desde criança tem consciência missionária.

Perto do Projeto 242 está a Igreja Nossa Senhora da Paz, na rua Glicério, paróquia católica muito conhecida por seu envolvimento com migrantes. Ali fica a Casa do Migrante, um ambiente que abriga migrantes e refugiados por tempo indeterminado, até conseguirem documentação e emprego. Esse espaço tem 110 leitos divididos em ala masculina e feminina, banheiros, área para as crianças e uma grande sala de confraternização. Em 2014, aproximadamente 6.888 migrantes e refugiados receberam alguma ajuda da Missão Paz, que inclui a Casa do Migrante e o Centro Pastoral e de Mediação dos Migrantes (CPMM). Esse ministério levado a cabo pelos missionários scalabrinianos socorre migrantes e refugiados de treze países: quatro da América do Sul (Bolívia, Paraguai, Peru e Colômbia), um da América Central (Haiti), cinco da Ásia (Síria, Irã, Iraque, Paquistão e China) e quatro da África (Marrocos, República Democrática do Congo, Lesoto e Djibuti).

Depois de ver, de ouvir, de perguntar, de fazer perguntas, de comer um quibe sírio de quase um palmo e de abraçar Maya, a pequena refugiada sempre sorridente, o Mineiro se lembrou daquela pergunta escatológica dirigida a Jesus: “Quando foi que vimos o senhor como estrangeiro e o recebemos na nossa casa [ou em nosso país]?”. E também daquela simples resposta do Senhor: “Quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram” (Mt 25.38, 40).

Joanna Ibrahim: Deus me ama!
Nasci em Tartus, uma cidade litorânea ao sul da Síria. Tenho 27 anos e sou solteira. Não terminei meu curso de enfermagem. Fui criada em uma família cristã e fiquei envolvida com a igreja desde muito nova. Lembro-me de que, aos 16 ou 17 anos, eu orava a Deus para fazer parte da família de Jesus. Apesar de ter me afastado por algum tempo, Deus é bom, sempre cuida de mim e me ama. Embora tenha nascido na Síria, não era muito ligada ao país. Em 2006, aos 18 anos, fui estudar fora e não senti que estava deixando algo valioso. Voltei em 2010, depois de viver no Líbano por dois anos, e percebi que perdi os bons anos da Síria. No final de 2011, a guerra civil começou e as pessoas foram se tornando irracionais. Nesta altura, Deus me tocou com o seu amor de forma mágica e percebi que ninguém em meu país conhecia o amor de Deus, o único que não falha, o único que é de verdade. Por algum tempo trabalhei com a Igreja Presbiteriana da Síria e do Líbano. Vim para o Brasil como refugiada e eu mesma paguei as despesas da viagem. Aqui entrei em contato com a ONG MAIS. Tornei-me membro da Igreja Presbiteriana de Prudentópolis, aqui no Paraná.

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Vozes esquecidas
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
  • Textos publicados: 115 [ver]

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