SUMÁRIO
Edição 391
Setembro-Outubro 2021
UMA CONVERSA SOBRE A MORTE
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CAPA
- Setembro-Outubro 2021
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Nesta matéria:
- Uma conversa sobre a morte
- O paradoxo da morte de cada dia – quando o luto trabalha em favor da vida
- A morte não é um acidente de percurso – o que a Bíblia ensina sobre a morte
- “Quem tentar se apegar à própria vida a perderá”: alguns apontamentos sobre a morte
- A pedagogia da morte
- Paz no vale da sombra da morte
- A morte não é o fim!
- Frases
Uma conversa sobre a morte
No preparo desta matéria de capa, seguimos o conselho de Salomão: “É melhor ir a funerais que ir a festas; afinal, todos morrem, e é bom que os vivos se lembrem disso. O sábio pensa na morte com frequência, enquanto o tolo só pensa em se divertir” (Ec 7.2, 4).
A transitoriedade da vida é uma verdade reafirmada em toda a Escritura, algumas vezes de forma poética: “Ninguém pode dominar o vento, nem segurá-lo. Assim também ninguém pode evitar a morte, nem deixá-la para outro dia. Nós temos de enfrentar essa batalha, e não há jeito de escapar” (Ec 8.8). Outras vezes, de forma nua e crua, como disse Eliú, o amigo de Jó: “A sua alma se vai chegando à cova, e a sua vida, aos portadores da morte” (Jó 33.22). Tiago é didático; aos que planejam ganhar muito dinheiro ele diz: “Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece” (Tg 4.14).
Os jovens são incentivados a pensar na morte: “Lembre do seu Criador enquanto você ainda é jovem. A vida vai se acabar como uma lamparina de ouro cai e quebra” (Ec 12.1, 6).
Nas Escrituras encontramos também a recomendação de que é preciso falar aos outros sobre a morte. Um dos trabalhos dos profetas – e consequentemente da Igreja hoje – era lembrar ao povo de sua transitoriedade: “Uma voz ordena: ‘Clame’. E eu pergunto: ‘O que clamarei?’. ‘Que toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória como as flores do campo’” (Is 40.6).
A despeito da quase onipresença da morte, geralmente fugimos desse assunto. Alguns estudiosos declaram que a morte é o principal tabu dos tempos modernos; procura-se viver como se ela não existisse. O psiquiatra espanhol Pablo Martínez chama de “aspirinas existenciais” as formas que as pessoas encontram para não pensarem na morte nem no sentido da vida, especialmente formas de entretenimento.1
Memento mori, que significa “lembra-te de que és mortal”, era a saudação comum entre os monges na parte posterior da Idade Média. Não precisamos chegar a esse ponto, mas faz-se urgente refletir seriamente sobre a transitoriedade da vida. Para alinhar nossas prioridades, fortalecer nossa esperança e encorajar-nos no testemunho cristão.
Boa leitura!
Nota
1. Pablo Martínez, citado por Jorge Cruz em Olhar a morte nos olhos – reflexões de um médico cristão.
Leia mais:
» Olhar a morte nos olhos – reflexões de um médico cristão
A transitoriedade da vida é uma verdade reafirmada em toda a Escritura, algumas vezes de forma poética: “Ninguém pode dominar o vento, nem segurá-lo. Assim também ninguém pode evitar a morte, nem deixá-la para outro dia. Nós temos de enfrentar essa batalha, e não há jeito de escapar” (Ec 8.8). Outras vezes, de forma nua e crua, como disse Eliú, o amigo de Jó: “A sua alma se vai chegando à cova, e a sua vida, aos portadores da morte” (Jó 33.22). Tiago é didático; aos que planejam ganhar muito dinheiro ele diz: “Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece” (Tg 4.14).
Os jovens são incentivados a pensar na morte: “Lembre do seu Criador enquanto você ainda é jovem. A vida vai se acabar como uma lamparina de ouro cai e quebra” (Ec 12.1, 6).
Nas Escrituras encontramos também a recomendação de que é preciso falar aos outros sobre a morte. Um dos trabalhos dos profetas – e consequentemente da Igreja hoje – era lembrar ao povo de sua transitoriedade: “Uma voz ordena: ‘Clame’. E eu pergunto: ‘O que clamarei?’. ‘Que toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória como as flores do campo’” (Is 40.6).
A despeito da quase onipresença da morte, geralmente fugimos desse assunto. Alguns estudiosos declaram que a morte é o principal tabu dos tempos modernos; procura-se viver como se ela não existisse. O psiquiatra espanhol Pablo Martínez chama de “aspirinas existenciais” as formas que as pessoas encontram para não pensarem na morte nem no sentido da vida, especialmente formas de entretenimento.1
Memento mori, que significa “lembra-te de que és mortal”, era a saudação comum entre os monges na parte posterior da Idade Média. Não precisamos chegar a esse ponto, mas faz-se urgente refletir seriamente sobre a transitoriedade da vida. Para alinhar nossas prioridades, fortalecer nossa esperança e encorajar-nos no testemunho cristão.
Boa leitura!
Nota
1. Pablo Martínez, citado por Jorge Cruz em Olhar a morte nos olhos – reflexões de um médico cristão.
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