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Notícias

Vaticano limita a devoção a Maria na Igreja Católica

Por Délio Porto

O Vaticano reconheceu que o dom da graça é anterior a Maria, mãe de Jesus, e que a graça é uma iniciativa originada exclusivamente na Trindade. Ressalta, ainda, que a própria Maria foi alvo da graça de Deus. O documento Mater populi fidelis – Nota doutrinária, publicado no dia 4 de novembro pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e aprovado pelo Papa Leão XIV, coloca limites à devoção mariana e levanta os perigos que essa prática pode representar ao ofuscar o papel exclusivo do Senhor Jesus Cristo, seja na sua mediação entre Deus e os seres humanos, seja na entrega graciosa da sua vida em favor de muitos, ou seja na conexão da sua pessoa com aqueles que o buscam.

O documento pretende preservar a admiração dos católicos por Maria sem sobrecarregar a devoção com excessos que ferem a teologia católica, a orientação pastoral e o diálogo ecumênico. Para vários protestantes, essa é uma notícia muito boa, pois retoma a lembrança da importância e da centralidade de Jesus na obra da redenção.

Outros não estão tão animados assim, porque talvez considerem que o fato revele apenas a Igreja Católica sendo ela mesma, isto é, sem se desviar do que sempre foi. É o caso do teólogo evangélico Leonardo De Chirico. Entrevistado por Protestante Digital (Espanha), ele analisa a "oscilação pendular" dos últimos três séculos e descarta uma profunda reforma da devoção mariana.

Para conhecer detalhes e implicações dessa declaração do Vaticano:
Nota doutrinal sobre os títulos marianos: Mãe do povo fiel, não Corredentora. Vatican News.
“María no es corredentora”, afirma el Vaticano: ¿qué significa en la práctica?. Protestante Digital.
Devoção mariana é “um tesouro”, mas tem limites: Maria não é “corredentora” nem “mediadora de todas as graças”. 7 Margens.

Outros artigos do portal Ultimato sobre o assunto:
“Maria de mais e Maria de menos”
“Maria em questão”

  • Délio Porto é engenheiro e professor universitário aposentado, presbiteriano, reside em Viçosa, MG.

Imagem: Unsplash.


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