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Opinião

Não uma heroína digna de compaixão. Não mesmo

A cada sorriso, Laura interrompia a pressa do meu mundo

Por Emiliane Rezende

Resenha | O Sorriso de Laura

O Sorriso de Laura – do luto à esperança é o relato real e emocionante de uma família que enfrentou o diagnóstico de uma filha com uma síndrome rara e irreversível. Mais do que uma história de dor, é um testemunho profundo de amor, fé e resiliência. Um livro que transforma o lamento em esperança.

Embora Laura nunca tenha falado uma palavra, seu sorriso se tornou a linguagem do amor e da superação. A obra acompanha a jornada da família desde o diagnóstico até os desafios do dia a dia, trazendo reflexões sobre dor, luto e fé, principalmente. É um livro profundamente humano e sensível, curto, tocante e que fala sobre como os pais de uma criança com deficiência enfrentaram a dor de forma real, mas sem perder a esperança. Ele mistura relato pessoal com espiritualidade e é ótimo pra quem precisa de consolo ou inspiração diante do sofrimento.

Conheci Laura no contexto escolar. Lembro do temor do desafio que se apresentava no ato da matrícula na escola, mas ali, naquele primeiro contato, a fé já era marca visível daquela família.

Laura, como descrita no livro, foi uma criança profundamente marcante — não por causa da síndrome que carregava, mas pela forma como sua presença transformava quem estava ao seu redor. Embora ela nunca tenha falado uma palavra, comunicava-se com o olhar e, principalmente, com o sorriso. Esse sorriso se torna símbolo de vida e resistência, uma resposta silenciosa, porém poderosa, ao sofrimento e à fragilidade.

Ela viveu com uma condição neurológica rara e grave, que comprometeu seu desenvolvimento motor, cognitivo e verbal. No entanto, ela foi fonte de ensinamento sobre o que realmente importa: o amor, o cuidado diário, a presença e a fé.

No livro, Laura é descrita com ternura e profundidade, não como uma heroína, nem como digna de compaixão. Não era mesmo. Era digna do nosso amor. Não havia quem não respondesse sorrindo ao seu lindo sorriso. Foi descrita como alguém inteira, ainda que limitada aos olhos do mundo.

Ela provocava mudanças em mim, nos colegas, nos professores e toda comunidade escolar, justamente porque sua fragilidade revelava o que é essencial e eterno. Laura falava com a alma. Sua vida foi breve, mas seu impacto é duradouro – uma silenciosa mensageira de amor e graça.



Olhava-nos como quem já viu o invisível. Seus músculos eram frágeis, precisávamos carregá-la, mas a alma era cheia de força. A cada sorriso — e não eram raros, porém inteiros, ela interrompia a pressa do meu mundo.

Laura não aprendeu a segurar o lápis nem fez leituras, mas participava de todas as aulas com olhares e sorrisos, revelando muito mais interação que do que os mais habilitados.

Laura foi como um sopro de Deus num mundo barulhento. Seu sorriso não curava doenças, mas trazia conforto num dia agitado. Sua vida tão breve é uma presença que permanece. Laura nunca disse uma palavra. Mas com seu sorriso, ela disse tudo.

O Sorriso de Laura é mais do que um relato comovente. É um testemunho de fé, esperança e amor em meio à dor. Os autores, Josiel e Cristiane Valadares, seus pais, compartilham com sinceridade e coragem a jornada com sua filha.

Mesmo sem falar ou caminhar, Laura ensinou a seus pais – e agora a nós – sobre o que realmente importa: o cuidado que não desiste, a fé que atravessa diagnósticos difíceis e o amor que permanece, mesmo diante da perda.
  • Emiliane Rezende, esposa do Angelo, mãe do Mateus e da Marta e avó de Rebeca, Benício, Elias e Nícolas, é membro da Igreja Presbiteriana de Viçosa e pedagoga pela Universidade Federal de Viçosa. Trabalhou como coordenadora pedagógica por 22 anos.
Imagem: Unsplash.

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Saiba mais:
» O Sorriso de Laura – do luto à esperança
» Reflexões sobre a parentalidade atípica, Davi Daniel de Oliveira

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