Opinião
04 de agosto de 2025- Visualizações: 5204
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Mente lúcida não é um luxo espiritual
A mente que vê com clareza não existe para vencer debates, mas para dobrar os joelhos
Por Pedro Dulci
Tenham mente lúcida e sejam sábios para o propósito da oração.
É assim que Pedro, em 1Pe 4.7, nos chama a viver neste tempo em que o fim de todas as coisas se aproxima.
Da mesma forma que começou o capítulo, ele reforça que uma compreensão mental clara não é luxo espiritual – é fundamento para uma vida cristã coerente.
A mente lúcida e o coração sóbrio são virtudes que guardam o crente do devaneio e da embriaguez religiosa.
É curioso como essa exortação nasce num contexto de perseguição. Aqueles cristãos, ameaçados por todos os lados, poderiam facilmente se entregar ao medo, à ansiedade, à confusão de pensamentos. Facilmente perderiam a lucidez e a sobriedade.
Mas Pedro não manda que alimentem suas mentes de estratégias de autodefesa ou discursos de autojustificação. Ele os chama a não se perderem em teorias, mas a manterem os olhos abertos para a realidade inaugurada por Cristo.
Viver no tempo do fim não é viver em pânico, mas em vigilância. É ter clareza de que o Cristo vitorioso reina sobre todas as coisas, mesmo quando tudo parece contrário.
E o propósito dessa lucidez é, no mínimo, inesperado: a oração! A mente que vê com clareza não existe para vencer debates, mas para dobrar os joelhos. A sobriedade cristã não é fria, mas nos coloca de prontidão diante de Deus.
Não é uma oração fantasiosa, que delira, que se embriaga, feita de repetições vazias ou frases místicas... mas uma súplica sóbria, consciente do tempo em que vivemos, do pecado que ainda insiste em nós e da esperança que já foi garantida em Cristo.
Em dias hostis, quando a perseguição ou a confusão querem tomar conta da nossa mente, o apóstolo Pedro nos lembra que é justamente aí que precisamos manter o coração desperto.
Cada pensamento cativo à obediência de Cristo, cada emoção disciplinada pela certeza da vitória final, cada oração fundamentada na realidade do Reino.
Que nossa mente lúcida nos conduza menos a discussões inúteis e mais à sala do trono, onde todo medo se dissipa e toda esperança se renova. Uma igreja com mente clara e coração sóbrio será sempre uma igreja que ora – e uma igreja que ora jamais estará sozinha.
Artigo publicado originalmente no perfil do autor no Instagram. Reproduzido com permissão.
Imagem: Unsplash.
REVISTA ULTIMATO – ADOLESCÊNCIA – ONLINE E OFFLINE
Muito já se falou da adolescência como uma fase crítica da vida, em que as dificuldades próprias da idade inspiram cuidados especiais – o que é ainda mais importante hoje.
Os adolescentes desta geração são o grupo mais impactado pelo ritmo acelerado das mudanças. A matéria dessa edição oferece subsídio para melhor conhecer e atuar com esse grupo. Nos depoimentos dos 12 adolescentes que participam eles pedem: “Acreditem em nós!”.
É disso que trata a edição 414 de Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Oração de petição - uma investigação filosófica, Scott A. Davison
» Práticas Devocionais - exercícios de sobrevivência e plenitude espiritual, Elben César
» 4 elementos indispensáveis para a vida cristã, por Pedro Dulci
Por Pedro Dulci
Tenham mente lúcida e sejam sábios para o propósito da oração.É assim que Pedro, em 1Pe 4.7, nos chama a viver neste tempo em que o fim de todas as coisas se aproxima.
Da mesma forma que começou o capítulo, ele reforça que uma compreensão mental clara não é luxo espiritual – é fundamento para uma vida cristã coerente.
A mente lúcida e o coração sóbrio são virtudes que guardam o crente do devaneio e da embriaguez religiosa.
É curioso como essa exortação nasce num contexto de perseguição. Aqueles cristãos, ameaçados por todos os lados, poderiam facilmente se entregar ao medo, à ansiedade, à confusão de pensamentos. Facilmente perderiam a lucidez e a sobriedade.
Mas Pedro não manda que alimentem suas mentes de estratégias de autodefesa ou discursos de autojustificação. Ele os chama a não se perderem em teorias, mas a manterem os olhos abertos para a realidade inaugurada por Cristo.
Viver no tempo do fim não é viver em pânico, mas em vigilância. É ter clareza de que o Cristo vitorioso reina sobre todas as coisas, mesmo quando tudo parece contrário.
E o propósito dessa lucidez é, no mínimo, inesperado: a oração! A mente que vê com clareza não existe para vencer debates, mas para dobrar os joelhos. A sobriedade cristã não é fria, mas nos coloca de prontidão diante de Deus.
Não é uma oração fantasiosa, que delira, que se embriaga, feita de repetições vazias ou frases místicas... mas uma súplica sóbria, consciente do tempo em que vivemos, do pecado que ainda insiste em nós e da esperança que já foi garantida em Cristo.
Em dias hostis, quando a perseguição ou a confusão querem tomar conta da nossa mente, o apóstolo Pedro nos lembra que é justamente aí que precisamos manter o coração desperto.
Cada pensamento cativo à obediência de Cristo, cada emoção disciplinada pela certeza da vitória final, cada oração fundamentada na realidade do Reino.
Que nossa mente lúcida nos conduza menos a discussões inúteis e mais à sala do trono, onde todo medo se dissipa e toda esperança se renova. Uma igreja com mente clara e coração sóbrio será sempre uma igreja que ora – e uma igreja que ora jamais estará sozinha.
Artigo publicado originalmente no perfil do autor no Instagram. Reproduzido com permissão.
Imagem: Unsplash.
REVISTA ULTIMATO – ADOLESCÊNCIA – ONLINE E OFFLINEMuito já se falou da adolescência como uma fase crítica da vida, em que as dificuldades próprias da idade inspiram cuidados especiais – o que é ainda mais importante hoje.
Os adolescentes desta geração são o grupo mais impactado pelo ritmo acelerado das mudanças. A matéria dessa edição oferece subsídio para melhor conhecer e atuar com esse grupo. Nos depoimentos dos 12 adolescentes que participam eles pedem: “Acreditem em nós!”.
É disso que trata a edição 414 de Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Oração de petição - uma investigação filosófica, Scott A. Davison
» Práticas Devocionais - exercícios de sobrevivência e plenitude espiritual, Elben César
» 4 elementos indispensáveis para a vida cristã, por Pedro Dulci
Autor de Fé Cristã e Ação Política, Pedro Lucas Dulci, é filósofo e pastor presbiteriano. Casado com Carolinne e pai de Benjamin, desenvolve pesquisa em ética e filosofia política contemporânea e estudos sobre o diálogo entre ciência e religião, com estágio na Vrije Universiteit Amsterdam. É teólogo e coordenador pedagógico no Invisible College.
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