Opinião
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Karl Barth: Escrituras Sagradas e Palavra de Deus
Por Julio César Silveira
“Jesus é a única Palavra de Deus!”
O que essa asseveração significa na teologia de Karl Barth (1886–1968), teólogo suíço, da Basiléia, de orientação reformada, pai da teologia dialética ou da neo-ortodoxia – como preferem alguns?
Além do óbvio, de que Jesus é o Salvador singular da humanidade, tal afirmação significa basicamente duas coisas:
1. A Palavra de Deus é uma pessoa
A Palavra de Deus não é um texto, não é um livro; é um Sujeito que se revela, vai ao encontro do ser humano e o atrai para si pela manifestação de sua presença, que provoca nele um evento salvífico. Esse Sujeito, essa Palavra, é o Deus encarnado, isto é, Jesus de Nazaré.
A Bíblia é o testemunho humano e histórico, por excelência, da Palavra de Deus, naquilo que sinaliza, revela e reflete Jesus Cristo. A Bíblia não “contém” a Palavra de Deus, porque esta não pode ser contida, não pode ser encadernada num livro, nem encapsulada em formas teológicas. Ela é livre, dinâmica e soberana.
Jesus também não é parte das Escrituras; Ele é o seu filtro, o seu critério, a sua medida, a sua régua, a sua chave hermenêutica. Antes que houvesse texto, houve Palavra; antes que houvesse codificação, houve Revelação.
Ao contrário do que possa parecer, Barth não desprezava a Bíblia. Ele tinha pelas Escrituras Sagradas um alto apreço.
Barth, lembremos, construiu sua teologia como um protesto contra o liberalismo teológico, do qual ele foi adepto e do qual rompeu. Liberalismo que, seja pelo seu viés racionalista, seja pelo seu viés romântico, de modo geral reduz as Escrituras a uma coletânea de mitos, lendas, tradições religiosas, intuições e interpretações humanas a respeito da história e do mistério divino. Mesmo que a teologia liberal reconheça o valor literário, estético e sapiencial da Bíblia, não lhe confere autoridade em matéria de teologia e de fé.
O teólogo da Basiléia não nega a autoridade das Escrituras; ele afirma que elas representam o critério e o fundamento da teologia e da igreja. O que Barth faz é subordinar a autoridade da Bíblia a Jesus Cristo: acima da autoridade das Escrituras está a autoridade da Palavra de Deus, ou seja, Jesus de Nazaré, o Cristo.
2. A Palavra de Deus não se equipara a palavras humanas
A Palavra de Deus não pode ser equiparada, nivelada e muito menos subordinada a qualquer palavra humana, seja uma teologia, uma filosofia, uma teoria ou uma ideologia política, independentemente de ser de direita, de centro ou de esquerda.
A Palavra de Deus põe em crise, põe em xeque, aponta as contradições e as relatividades, assim como revela as motivações ocultas e sinaliza o potencial de distorção e corrosão de qualquer sistema de pensamento, ainda que os seus formuladores tenham as melhores das intenções e estejam imbuídos das aspirações mais elevadas.
Disso não se deve deduzir que Barth fosse um fideísta. Ele não negava a contribuição da filosofia no labor teológico; pelo contrário, servia-se dela dialeticamente. A teologia barthiana ecoa, por exemplo, em níveis distintos, Agostinho, Kant e Kierkegaard.
O alerta de Barth dirige-se ao perigo de se identificar a teologia com um sistema cultural, permitindo que ela seja usada para legitimar uma agenda político-ideológica ou um projeto de poder. O teólogo suíço não apenas chamou a atenção para esse risco, como também denunciou profeticamente a sua ocorrência em seus dias. Barth foi testemunha ocular do amplo apoio do cristianismo alemão – tanto católico-romano quanto protestante – ao regime nazista. Grande parte da igreja via em Hitler um enviado de Deus, capaz de restaurar a grandeza da nação alemã, abalada após a Primeira Guerra Mundial, e de reestabelecer valores morais tradicionais, que supostamente se haviam perdido durante a República de Weimar, contribuindo para a decadência do país.
Nesse contexto, Barth foi o principal redator da Declaração de Barmen, documento eclesiástico produzido pela Liga Pastoral de Emergência – um movimento de resistência dentro da Igreja Nacional do Reich contra o processo de nazificação que se instalara na instituição – durante o sínodo de Barmen, realizado entre 29 e 31 de maio de 1934. Nesse sínodo, a Liga se transformou em “Igreja Confessante”. A princípio, os cristãos confessantes continuaram como um bloco de resistência dentro das fileiras da igreja alemã, conforme atuavam na Liga. Posteriormente, a Igreja Confessante rompeu com a instituição.
A Declaração constituiu um protesto contra a ingerência do Estado alemão na doutrina e no governo da igreja. O documento afirmava essencialmente que Jesus Cristo é a única Palavra de Deus, o único Senhor da Igreja, e que só a Ele, não a nenhuma autoridade humana, a igreja deve lealdade absoluta.
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Atitude teológica
Para Barth, a produção de uma boa teologia, que ressoe a Palavra de Deus, isto é, de uma teologia autêntica, requer do ser humano uma atitude de humildade, de reconhecimento de sua relatividade diante do Absoluto, de sua finitude à vista do Infinito, de sua temporalidade frente ao Eterno. De igual modo, exige o compromisso de não distorcer, de não enviesar, de não manipular as Escrituras Sagradas para ajustá-las a um sistema de pensamento. Assim como o desejo real de encontrar na Bíblia a Palavra de Deus, de ser iluminado, confrontado e convertido por ela, de ter a sua consciência expandida no conhecimento de Jesus Cristo.
Controvérsia universalista
Um ponto controverso que faz com que Barth seja visto com reservas, ou até mesmo rejeitado por parte dos círculos conservadores, é o seu suposto universalismo.
O universalismo é uma tese ou “hipótese esperançosa” minoritária defendida por alguns cristãos trinitários desde os primórdios da igreja, como Clemente de Alexandria, Orígenes de Alexandria, Gregório de Nissa, Isaque de Nínive e Teodoro de Mopsuéstia – portanto, não é uma invenção do liberalismo teológico do século 18 – segundo a qual a salvação em Cristo implica na redenção de toda a humanidade. Ou seja, no final, todos serão salvos, ainda que alguns venham a passar primeiro por um “período de purgação”, uma espécie de “terapia divina” para a restauração, não para a condenação.
O inferno, na perspectiva universalista clássica, não é um lugar de “tormento eterno”. Seu fogo não simboliza a queima ininterrupta do pecador, como um verme que nunca morre, tampouco sua aniquilação, mas sim sua purificação, semelhante a um metal depurado de suas escórias e impurezas para reluzir com todo o seu fulgor.
A suposição decorre da tese barthiana de que a dupla predestinação não é de indivíduos. Diferentemente de Calvino, que assevera que Deus predestina algumas pessoas para a salvação e outras para a condenação, Barth sustenta que a dupla predestinação divina se dá em Jesus Cristo, o qual é tanto o réprobo quanto o eleito. Deus em Cristo, através de sua morte e ressurreição, experimentou a condenação no lugar de toda a humanidade e igualmente proporcionou a salvação em favor de toda a humanidade.
“Em Jesus Cristo, Deus rejeita a Si mesmo e elege o homem. O rejeitado por Deus é o próprio Filho de Deus, que tomou sobre si o destino do homem rejeitado. Nele, a eleição e a rejeição se encontram: Ele é o eleito e o reprovado”, disse o pai da teologia dialética em sua Dogmática Eclesiástica.
Barth foi inconclusivo em relação ao universalismo; não fechou questão. Aos que o acusavam de ser universalista, ele dizia que não era isso que ensinava. Ponderava, todavia, que também não ensinava o contrário, que a humanidade não seria totalmente salva:
“Não nos é permitido afirmar que todos os homens serão salvos, mas também não nos é permitido afirmar o contrário”, disse o teólogo da Basiléia na referida obra.
Não se trata de ambiguidade do teólogo suíço. Numa carta resposta a um pastor patrício escrita em 1961, posterior à Dogmática, que o indagara se ele era universalista, Barth revela seu “universalismo esperançoso”, não certeiro, inequívoco.
Por um lado, afirma que não é possível afirmar dogmaticamente que todos serão salvos, pois a Bíblia fala de juízo e condenação. Por outro, declara que as Escrituras Sagradas também dizem que o desejo de Deus é que todos sejam salvos, assim como que sua misericórdia é sem fim, se renova a cada manhã, o que abre espaço para a ‘possibilidade’ – não obrigatoriedade – da salvação universal.
“A Bíblia fala claramente da vontade de Deus de que todos os homens sejam salvos. O que poderíamos nós desejar ou esperar senão aquilo que Ele mesmo quer?”
Para o teólogo da Basiléia, portanto, desejar a salvação de todos os membros da espécie humana significa estar em consonância com o desejo divino.
Podemos concluir que Barth é um teólogo sui generis. É tido inequivocamente como um conservador pelos liberais, para os fundamentalistas é um liberal disfarçado de ortodoxo, e entre os conservadores divide opiniões: há quem o tenha como um dos seus, quem o aprecie com moderação e quem o rejeite completamente.
REVISTA ULTIMATO – JESUS, A LUZ DO MUNDO
Jesus, o clímax da narrativa da redenção, é a luz do mundo. Não há luz que se compare a ele. Sua luz alcança todo o mundo.
Além de anunciar-se como Luz, Jesus declara que os seus seguidores são a luz do mundo. “Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nosso coração para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2Co 4.6).
É disso que trata a edição 415 de Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Bíblia e Psique - Marcas Bíblicas na Psicologia e na Psiquiatria, Ageu H. Lisboa, Deborah C. Esquarcio, Heliane A. L. Leitao
» Lançamento do livro “Bíblia & Psiquê” é marcado por clima de descontração e de interação, Notícia
» O cristão e a psicologia: tensões e possibilidades, por Júlio César Silveira
“Jesus é a única Palavra de Deus!”O que essa asseveração significa na teologia de Karl Barth (1886–1968), teólogo suíço, da Basiléia, de orientação reformada, pai da teologia dialética ou da neo-ortodoxia – como preferem alguns?
Além do óbvio, de que Jesus é o Salvador singular da humanidade, tal afirmação significa basicamente duas coisas:
1. A Palavra de Deus é uma pessoa
A Palavra de Deus não é um texto, não é um livro; é um Sujeito que se revela, vai ao encontro do ser humano e o atrai para si pela manifestação de sua presença, que provoca nele um evento salvífico. Esse Sujeito, essa Palavra, é o Deus encarnado, isto é, Jesus de Nazaré.
A Bíblia é o testemunho humano e histórico, por excelência, da Palavra de Deus, naquilo que sinaliza, revela e reflete Jesus Cristo. A Bíblia não “contém” a Palavra de Deus, porque esta não pode ser contida, não pode ser encadernada num livro, nem encapsulada em formas teológicas. Ela é livre, dinâmica e soberana.
Jesus também não é parte das Escrituras; Ele é o seu filtro, o seu critério, a sua medida, a sua régua, a sua chave hermenêutica. Antes que houvesse texto, houve Palavra; antes que houvesse codificação, houve Revelação.
Ao contrário do que possa parecer, Barth não desprezava a Bíblia. Ele tinha pelas Escrituras Sagradas um alto apreço.
Barth, lembremos, construiu sua teologia como um protesto contra o liberalismo teológico, do qual ele foi adepto e do qual rompeu. Liberalismo que, seja pelo seu viés racionalista, seja pelo seu viés romântico, de modo geral reduz as Escrituras a uma coletânea de mitos, lendas, tradições religiosas, intuições e interpretações humanas a respeito da história e do mistério divino. Mesmo que a teologia liberal reconheça o valor literário, estético e sapiencial da Bíblia, não lhe confere autoridade em matéria de teologia e de fé.
O teólogo da Basiléia não nega a autoridade das Escrituras; ele afirma que elas representam o critério e o fundamento da teologia e da igreja. O que Barth faz é subordinar a autoridade da Bíblia a Jesus Cristo: acima da autoridade das Escrituras está a autoridade da Palavra de Deus, ou seja, Jesus de Nazaré, o Cristo.
2. A Palavra de Deus não se equipara a palavras humanas
A Palavra de Deus não pode ser equiparada, nivelada e muito menos subordinada a qualquer palavra humana, seja uma teologia, uma filosofia, uma teoria ou uma ideologia política, independentemente de ser de direita, de centro ou de esquerda.
A Palavra de Deus põe em crise, põe em xeque, aponta as contradições e as relatividades, assim como revela as motivações ocultas e sinaliza o potencial de distorção e corrosão de qualquer sistema de pensamento, ainda que os seus formuladores tenham as melhores das intenções e estejam imbuídos das aspirações mais elevadas.
Disso não se deve deduzir que Barth fosse um fideísta. Ele não negava a contribuição da filosofia no labor teológico; pelo contrário, servia-se dela dialeticamente. A teologia barthiana ecoa, por exemplo, em níveis distintos, Agostinho, Kant e Kierkegaard.
O alerta de Barth dirige-se ao perigo de se identificar a teologia com um sistema cultural, permitindo que ela seja usada para legitimar uma agenda político-ideológica ou um projeto de poder. O teólogo suíço não apenas chamou a atenção para esse risco, como também denunciou profeticamente a sua ocorrência em seus dias. Barth foi testemunha ocular do amplo apoio do cristianismo alemão – tanto católico-romano quanto protestante – ao regime nazista. Grande parte da igreja via em Hitler um enviado de Deus, capaz de restaurar a grandeza da nação alemã, abalada após a Primeira Guerra Mundial, e de reestabelecer valores morais tradicionais, que supostamente se haviam perdido durante a República de Weimar, contribuindo para a decadência do país.
Nesse contexto, Barth foi o principal redator da Declaração de Barmen, documento eclesiástico produzido pela Liga Pastoral de Emergência – um movimento de resistência dentro da Igreja Nacional do Reich contra o processo de nazificação que se instalara na instituição – durante o sínodo de Barmen, realizado entre 29 e 31 de maio de 1934. Nesse sínodo, a Liga se transformou em “Igreja Confessante”. A princípio, os cristãos confessantes continuaram como um bloco de resistência dentro das fileiras da igreja alemã, conforme atuavam na Liga. Posteriormente, a Igreja Confessante rompeu com a instituição.
A Declaração constituiu um protesto contra a ingerência do Estado alemão na doutrina e no governo da igreja. O documento afirmava essencialmente que Jesus Cristo é a única Palavra de Deus, o único Senhor da Igreja, e que só a Ele, não a nenhuma autoridade humana, a igreja deve lealdade absoluta.
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Atitude teológica
Para Barth, a produção de uma boa teologia, que ressoe a Palavra de Deus, isto é, de uma teologia autêntica, requer do ser humano uma atitude de humildade, de reconhecimento de sua relatividade diante do Absoluto, de sua finitude à vista do Infinito, de sua temporalidade frente ao Eterno. De igual modo, exige o compromisso de não distorcer, de não enviesar, de não manipular as Escrituras Sagradas para ajustá-las a um sistema de pensamento. Assim como o desejo real de encontrar na Bíblia a Palavra de Deus, de ser iluminado, confrontado e convertido por ela, de ter a sua consciência expandida no conhecimento de Jesus Cristo.
Controvérsia universalista
Um ponto controverso que faz com que Barth seja visto com reservas, ou até mesmo rejeitado por parte dos círculos conservadores, é o seu suposto universalismo.
O universalismo é uma tese ou “hipótese esperançosa” minoritária defendida por alguns cristãos trinitários desde os primórdios da igreja, como Clemente de Alexandria, Orígenes de Alexandria, Gregório de Nissa, Isaque de Nínive e Teodoro de Mopsuéstia – portanto, não é uma invenção do liberalismo teológico do século 18 – segundo a qual a salvação em Cristo implica na redenção de toda a humanidade. Ou seja, no final, todos serão salvos, ainda que alguns venham a passar primeiro por um “período de purgação”, uma espécie de “terapia divina” para a restauração, não para a condenação.
O inferno, na perspectiva universalista clássica, não é um lugar de “tormento eterno”. Seu fogo não simboliza a queima ininterrupta do pecador, como um verme que nunca morre, tampouco sua aniquilação, mas sim sua purificação, semelhante a um metal depurado de suas escórias e impurezas para reluzir com todo o seu fulgor.
A suposição decorre da tese barthiana de que a dupla predestinação não é de indivíduos. Diferentemente de Calvino, que assevera que Deus predestina algumas pessoas para a salvação e outras para a condenação, Barth sustenta que a dupla predestinação divina se dá em Jesus Cristo, o qual é tanto o réprobo quanto o eleito. Deus em Cristo, através de sua morte e ressurreição, experimentou a condenação no lugar de toda a humanidade e igualmente proporcionou a salvação em favor de toda a humanidade.
“Em Jesus Cristo, Deus rejeita a Si mesmo e elege o homem. O rejeitado por Deus é o próprio Filho de Deus, que tomou sobre si o destino do homem rejeitado. Nele, a eleição e a rejeição se encontram: Ele é o eleito e o reprovado”, disse o pai da teologia dialética em sua Dogmática Eclesiástica.
Barth foi inconclusivo em relação ao universalismo; não fechou questão. Aos que o acusavam de ser universalista, ele dizia que não era isso que ensinava. Ponderava, todavia, que também não ensinava o contrário, que a humanidade não seria totalmente salva:
“Não nos é permitido afirmar que todos os homens serão salvos, mas também não nos é permitido afirmar o contrário”, disse o teólogo da Basiléia na referida obra.
Não se trata de ambiguidade do teólogo suíço. Numa carta resposta a um pastor patrício escrita em 1961, posterior à Dogmática, que o indagara se ele era universalista, Barth revela seu “universalismo esperançoso”, não certeiro, inequívoco.
Por um lado, afirma que não é possível afirmar dogmaticamente que todos serão salvos, pois a Bíblia fala de juízo e condenação. Por outro, declara que as Escrituras Sagradas também dizem que o desejo de Deus é que todos sejam salvos, assim como que sua misericórdia é sem fim, se renova a cada manhã, o que abre espaço para a ‘possibilidade’ – não obrigatoriedade – da salvação universal.
“A Bíblia fala claramente da vontade de Deus de que todos os homens sejam salvos. O que poderíamos nós desejar ou esperar senão aquilo que Ele mesmo quer?”
Para o teólogo da Basiléia, portanto, desejar a salvação de todos os membros da espécie humana significa estar em consonância com o desejo divino.
Podemos concluir que Barth é um teólogo sui generis. É tido inequivocamente como um conservador pelos liberais, para os fundamentalistas é um liberal disfarçado de ortodoxo, e entre os conservadores divide opiniões: há quem o tenha como um dos seus, quem o aprecie com moderação e quem o rejeite completamente.
- Julio César Silveira é mestre em Ciências da Religião pela PUC-SP. Psicólogo e especialista em Neurociências e Psicologia Aplicada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Membro Pleno do CPPC (Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos). Autor de Igreja: vocação para a desobediência - uma leitura da Declaração de Barmen feita a partir da Teologia de Karl Barth e Espiritualidade transversal. Visite: www.youtube.com/@juliocesarcanal81
REVISTA ULTIMATO – JESUS, A LUZ DO MUNDOJesus, o clímax da narrativa da redenção, é a luz do mundo. Não há luz que se compare a ele. Sua luz alcança todo o mundo.
Além de anunciar-se como Luz, Jesus declara que os seus seguidores são a luz do mundo. “Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nosso coração para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2Co 4.6).
É disso que trata a edição 415 de Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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» Bíblia e Psique - Marcas Bíblicas na Psicologia e na Psiquiatria, Ageu H. Lisboa, Deborah C. Esquarcio, Heliane A. L. Leitao
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