De onde vêm os missionários? Do pólo norte?

Na minha casa não tem missionários. Aliás, não sei se os missionários têm famílias, se são de éter ou se vêm de Marte. De vez em quando aparecem na igreja e, quase sempre, falam de um mundo dantesco, de fome, de malária e outros bichos. Ainda assim, às vezes os invejo, não sei se pelos passaportes carimbados, pelas quinquilharias cheirando ao eldorado ou se por sentimento de culpa.

Fábrica de Missionários — nem leigos, nem santos, lançamento de novembro da Editora Ultimato, ajuda a desvendar esse quase-mistério: “Como nascem os missionários? De onde vêm? Para onde vão? O que fazem? E por que fazem o que fazem?”. Para o autor, “se a fábrica de brinquedos do Papai Noel fica no pólo norte, a fábrica de missões fica em Jerusalém. Se do pólo norte vem o Papai Noel, de Jerusalém vêm os missionários”.

Rubem Amorese nos ajuda a vencer traumas, a compreender que os missionários não são apenas os outros e que o “ide” de Jesus não significa que eu não possa ficar. Trata-se de uma compreensão bíblica e, diria, libertadora da palavra “missionário”. Lamento não ter lido algo assim há trinta anos, quando eu ainda pensava que deveria escolher entre “ir para a universidade” e “servir a Deus”. Se você ainda não sabe o que vai ser quando crescer, Fábrica de Missionários é o livro que você precisa ler; se você já cresceu, essa leitura pode lhe ajudar a fazer as pazes com o seu passado.



Leia o livro
• Fábrica de Missionários, Rubem Amorese