Acessibilidade no Congresso Brasileiro de Missões (CBM) 2025

Todos comprometidos com a inclusão, acessibilidade, respeito e empatia

Por Mônica Freitas

Congresso Brasileiro de Missões 2025

Em um tempo em que a Igreja de Cristo tem buscado ampliar sua atuação em diversas áreas, especialmente na área social, a acessibilidade deixou de ser apenas um tema e passou a ser uma bandeira de extrema importância, indispensável nos encontros da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB).

Nós como parte do corpo de Cristo, através do Departamento de Acessibilidade, temos trabalhado desde 2020 para garantir que pessoas com deficiência possam participar plenamente dos eventos com acessibilidade e inclusão.

Abrir espaço com inclusão e oferecer acessibilidade às pessoas com deficiência tem sido uma experiência maravilhosa, pois temos visto e sentido o Reino de Deus se cumprindo. Não há acepção de pessoas em meio ao movimento missionário brasileiro, e isso demonstra também o compromisso com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), legislação que garante direitos e igualdade em nosso país.

Hoje, com grande alegria, posso afirmar que no Congresso Brasileiro de Missões 2025 (CBM) tivemos uma equipe excepcional, que demonstrou uma acessibilidade atitudinal admirável.

Se erramos ou falhamos em algum ponto? Sim. Porém, o que mais se destacou foi justamente a postura acessível e acolhedora desde o presidente da AMTB, passando pelo diretor executivo e toda a equipe. Digo isso com alegria, pois não foi apenas um departamento que se voltou e se preocupou com as pessoas com deficiência, mas sim toda uma equipe comprometida com a inclusão, acessibilidade, respeito e empatia.

Tivemos alguns desafios relacionados ao uso de tecnologias assistivas, mobilidade e barreiras arquitetônicas, mas nada disso impediu que o nome do Senhor fosse adorado e glorificado em meio às PcDs e pelas PcDs durante o CBM 2025.



Ao todo, 29 pessoas com deficiência participaram do evento, entre surdos, cegos, pessoas com baixa visão, autistas, pessoas com mobilidade reduzida, cadeirantes, pessoas com paralisia cerebral e deficiências ocultas.

Ter a oportunidade de participar de um encontro como o CBM foi muito mais do que ver e ter uma porta de acessibilidade aberta; foi o Espírito Santo de Deus falando ao coração de cada um:
"Eu te criei e te formei à minha imagem e semelhança" (Gn 1.26)

"Mas, agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu” (Is 43.1)

Cada pessoa teve a oportunidade de compreender durante aqueles dias, que todos nós fomos chamados por Deus e que temos uma vocação, uma responsabilidade e um papel dentro da missão de Deus.

Se iremos cumprir esse papel sentados em uma cadeira de rodas, sem enxergar a luz do dia, com baixa mobilidade ou sem ouvir, isso não importa. O mais importante é estarmos no centro da vontade de Deus, pois é dele que vem a capacitação, o andar, o ouvir e o enxergar.

O que realmente precisamos é permanecer em na vontade de Deus e viver para a glória do seu nome.

Acredito que, no próximo CBM, como Departamento de acessibilidade conseguiremos avançar ainda mais na acessibilidade assistiva, tecnológica, arquitetônica e atitudinal, para que o Senhor continue sendo adorado em meio à diversidade do seu povo.

“A igualdade só cresce em terreno onde há amor, empatia, compreensão e respeito pelas diferenças.”

• Mônica Freitas é coordenadora do Departamento de Acessibilidade da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB).

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Saiba mais:
» Pessoas: Humanas e Divinas – Ensaios sobre a natureza e o valor das pessoas, Peter van Inwagen
» O Cultivo da Vida Cristã – Meditações a Partir de 1 João, Robert Liang Koo
» A Igreja – Uma comunidade singular de pessoas, John Stott e Tim Chester
» O movimento missionário brasileiro: de receptores a enviadores, e agora, interlocutores globais, por Mila Kobi
» A hora é agora: a igreja brasileira no Corpo global de Cristo, por Lisa Pak