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Seis aspectos do martírio no Novo Testamento
Um dos temas discutidos no 3º Congresso Lausanne de Evangelização Mundial - Cape Town 2010 foi o aspecto bíblico da perseguição vivida hoje por mais de 100 milhões de cristãos. Ultimato aproveita a semana que precede o Domingo da Igreja Perseguida para publicar um texto do Movimento Lausanne a respeito do assunto. Você pode ter acesso ao documento original aqui.
Seis aspectos do martírio no Novo Testamento
Tradução: Cláudia Alvarenga
1. Jesus é o protótipo do mártir (aspecto arquetípico)
O caminho de Jesus através do sofrimento à glória é exemplar para os seus discípulos. Estes são hoje tratados como ele foi, porque Cristo vive neles e eles falam e agem com a sua autoridade. O destino deles está unido ao de Jesus. Em muitas afirmações do Novo Testamento sobre o assunto, o sofrimento dos cristãos está profundamente enraizado no sofrimento de Cristo.
2. O mártir e os seus inimigos (aspecto antagônico)
Jesus foi rejeitado como o Messias em sua vida terrena e crucificado. Ele previu lutas e perseguição para seus seguidores, não paz. A pregação do evangelho é a razão para tanto sofrimento cristão. Espera-se que os perseguidos abençoem seus inimigos. Deus vai punir justamente os perseguidores em seu tempo. Atrás dos perseguidores estão os governantes do mundo que saem da escuridão e o adversário de Deus. Nenhum inimigo ou adversidade pode separar o cristão de Jesus.
3. A salvação do mártir e seu perseguidor (aspecto soteriológico)
A salvação está em jogo para o mártir diante da confissão ou negação. Pai, Filho e Espírito Santo, bem como os anjos de Deus confortam e ajudam o mártir. Os perseguidores endurecerão ainda mais os seus corações ou serão levados ao arrependimento através do testemunho dos mártires. O mártir pode contribuir para a salvação dos outros, mas apenas como mediador da salvação que Jesus já fez.
4. O corpo de Cristo e do mártir (aspecto eclesiológico)
O mártir pertence à comunhão do corpo de Cristo ao longo do tempo e tem muitos precursores. O corpo de Cristo em todo o mundo participa do sofrimento dos mártires de seu tempo, através da oração, informação, sofrendo com eles e se alegrando com eles, e apoiando. O martírio serve para edificar a Igreja, porque o mártir é abençoado por Deus.
5. A vitória do reino de Deus e do mártir (aspecto escatológico)
O sofrimento do mártir ocorre antes da plenitude do reino de Deus. O mártir é observado e esperado fora deste mundo. O sofrimento chega ao clímax com o passamento do velho mundo e a plenitude do novo. O cristão deve estar ligado ao mundo que vem, não ao que passará. Nada é em vão, porque os mortos ressuscitarão um dia. Deus guarda os seus discípulos e transforma o seu sofrimento em bem. Deus recompensa seus servos e os leva para estar com ele. Deus conforta os seus servos e castiga seus algozes. A vitória final de Deus não deve ser apressada, porque ele quer a salvação de muitos. Uma vez que a promessa não é cumprida de imediato, é preciso paciência para esperar.
6. Deus e a honra de cada mártir (aspecto doxológico)
Deus é honrado:
• pelo nome e a vida de suas testemunhas;
• pelo testemunho do mártir nos momentos de fraqueza e de morte;
• pela loucura do evangelho;
• pela confiança da igreja no seu reino;
• pela conversão do perseguidor.
No final, Deus será adorado até mesmo por seus inimigos. Honrar a Deus é o destino eterno dos filhos de Deus. O espírito de glória repousa sobre aqueles que sofrem por Cristo. Alguns mártires experimentam um vislumbre da glória de Deus, como Estevão. O mártir é conduzido através do sofrimento à glória e é honrado por Deus.
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