Opinião
18 de junho de 2025
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O que foi pode nos impedir de viver o que é
O Senhor dos meses passados é o mesmo do vale da angústia
Por Ronaldo Lidório
“Ah! Quem me dera ser como nos meses passados, como nos dias em que Deus me guardava” (Jó 29:2)
As palavras de Jó carregam uma pungente nostalgia. Diante do sofrimento, ele se recorda de dias melhores, quando a vida lhe parecia segura, cercada de bênçãos e da presença protetora de Deus. Esse lamento, ainda que envolto em dor, revela uma verdade comum a todos nós: somos seres que olham para trás. Recordamos tempos de alegria, de saúde, de comunhão; revisitamos lembranças como quem volta à sombra de uma árvore conhecida em dia de calor intenso.
Mas há perigos quando o olhar para o passado se transforma em âncora de abatimento. A saudade pode virar tristeza persistente. O que foi pode nos impedir de viver o que é. Jó, em meio à sua dor, começa a recordar com pesar e sem esperança o que viveu. Seu “quem me dera” transita entre a memória e a queixa, entre o louvor do que viveu e a amargura do que perdeu.
Entretanto, o próprio livro de Jó nos conduz a um entendimento mais profundo. Deus não o abandonou, mesmo que o presente seja de provação. O Senhor que esteve com Jó nos “meses passados” é o mesmo no vale da angústia.
Olhar para o passado com gratidão é sinal de maturidade espiritual. Cada lembrança pode ser um memorial de Ebenézer: “Até aqui nos ajudou o Senhor” (1Sm 7.12). Lembramos para agradecer, aprender e renovar a esperança.
Olhar para trás deve também produzir aprendizado. Ao revisitarmos o caminho, enxergamos os livramentos, os consolos, as respostas de oração e as lições aprendidas. A memória, santificada pela fé, nos educa para o dia presente e fortalece o espírito para os dias futuros.
Por fim, devemos olhar o passado com expectativa. A fidelidade de Deus ontem é argumento da Sua fidelidade hoje. O que Ele fez, Ele pode fazer novamente. E ainda mais. A história que carregamos é testemunho da graça de um Deus que não muda, que sustenta, guia e restaura. O “quem me dera” de Jó pode se transformar, em nós, em “sei em quem tenho crido” (2Tm 1.12).
Portanto, não permita que a saudade lhe roube a alegria, fé ou esperança. O Deus que guardou a sua vida nos “meses passados” continua firme ao seu lado hoje e sempre.
Artigo publicado originalmente no perfil do autor no Instagram. Reproduzido com permissão.
Imagem: Unsplash.
REVISTA ULTIMATO – LIVRA-NOS DO MAL
O mal e o Maligno existem. E precisamos recorrer a Deus, o nosso Pai, por proteção.
O que sabemos sobre o mal? A que textos bíblicos recorremos para refletir e falar do assunto? Como o mal nos afeta [e como afetamos outros com o mal] e porque pedimos para sermos livres dele? Por que os cristãos e a igreja precisam levar esse assunto a sério?
É disso que trata a matéria de capa da edição 413 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Bíblia e Psiquê – Marcas bíblicas na psicologia e na psiquiatria. Ageu H. Lisboa / Deborah C. Esquarcio / Heliane A. L. Leitão
» Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento – A resistência de Jó em meio à dor, Elben César
» A relevância do Livro de Jó para psicologia clínica e aconselhamento bíblico, por Fernando Capovilla
Por Ronaldo Lidório
“Ah! Quem me dera ser como nos meses passados, como nos dias em que Deus me guardava” (Jó 29:2)
As palavras de Jó carregam uma pungente nostalgia. Diante do sofrimento, ele se recorda de dias melhores, quando a vida lhe parecia segura, cercada de bênçãos e da presença protetora de Deus. Esse lamento, ainda que envolto em dor, revela uma verdade comum a todos nós: somos seres que olham para trás. Recordamos tempos de alegria, de saúde, de comunhão; revisitamos lembranças como quem volta à sombra de uma árvore conhecida em dia de calor intenso.
Mas há perigos quando o olhar para o passado se transforma em âncora de abatimento. A saudade pode virar tristeza persistente. O que foi pode nos impedir de viver o que é. Jó, em meio à sua dor, começa a recordar com pesar e sem esperança o que viveu. Seu “quem me dera” transita entre a memória e a queixa, entre o louvor do que viveu e a amargura do que perdeu.

Olhar para o passado com gratidão é sinal de maturidade espiritual. Cada lembrança pode ser um memorial de Ebenézer: “Até aqui nos ajudou o Senhor” (1Sm 7.12). Lembramos para agradecer, aprender e renovar a esperança.
Olhar para trás deve também produzir aprendizado. Ao revisitarmos o caminho, enxergamos os livramentos, os consolos, as respostas de oração e as lições aprendidas. A memória, santificada pela fé, nos educa para o dia presente e fortalece o espírito para os dias futuros.
Por fim, devemos olhar o passado com expectativa. A fidelidade de Deus ontem é argumento da Sua fidelidade hoje. O que Ele fez, Ele pode fazer novamente. E ainda mais. A história que carregamos é testemunho da graça de um Deus que não muda, que sustenta, guia e restaura. O “quem me dera” de Jó pode se transformar, em nós, em “sei em quem tenho crido” (2Tm 1.12).
Portanto, não permita que a saudade lhe roube a alegria, fé ou esperança. O Deus que guardou a sua vida nos “meses passados” continua firme ao seu lado hoje e sempre.
Artigo publicado originalmente no perfil do autor no Instagram. Reproduzido com permissão.
Imagem: Unsplash.

O mal e o Maligno existem. E precisamos recorrer a Deus, o nosso Pai, por proteção.
O que sabemos sobre o mal? A que textos bíblicos recorremos para refletir e falar do assunto? Como o mal nos afeta [e como afetamos outros com o mal] e porque pedimos para sermos livres dele? Por que os cristãos e a igreja precisam levar esse assunto a sério?
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» Bíblia e Psiquê – Marcas bíblicas na psicologia e na psiquiatria. Ageu H. Lisboa / Deborah C. Esquarcio / Heliane A. L. Leitão
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» A relevância do Livro de Jó para psicologia clínica e aconselhamento bíblico, por Fernando Capovilla
Ronaldo Lidório é teólogo e antropólogo, missionário (APMT e WEC) entre grupos pouco ou não evangelizados. É organizador de Indígenas do Brasil -- avaliando a missão da igreja e A Questão Indígena -- Uma Luta Desigual.
- Textos publicados: 51 [ver]
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