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Opinião

O que a Bíblia diz sobre conversão

Por Mario Rost

No diálogo entre Jesus e o professor Nicodemos em João 3, a questão crucial examina “como é que alguém pode ver o reino de Deus e entrar nele?” Por metáfora, o Rabi ajuda o professor a colocar em ordem as peças: “...ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”. –“Mas como isso pode acontecer?” É bastante comum que uma pessoa no ‘olho do furacão’ de um evento não compreenda exatamente o que aconteceu ou está acontecendo com ela. Só com a ajuda de terceiros a pessoa vai formando o quadro completo. Não somos as testemunhas mais qualificadas quando se trata do que aconteceu ou está acontecendo conosco. Dizemos: como isso pode acontecer? Reflexões sobre a própria conversão, tomada como mudança completa de direção, da morte para a vida, podem não ser conclusivas.

É a pessoa que se converte ou é Deus quem converte a pessoa? Existe participação humana na conversão? Só existe uma forma de falar da conversão ou há outras maneiras válidas de se referir ao evento?

Tomemos alguns textos na perspectiva de observarmos como a Bíblia se refere ao conceito de “conversão”, de se voltar para Deus, de se converter a Cristo.
  •  Eu não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertam-se e vivam. (Ezequiel 18.22 - NAA)
  • Após a terrível praga de gafanhotos, seguida de seca prolongada (450 – 350 a.C), Judá ouve: Convertam-se a mim de todo o coração; com jejuns, com choro e com pranto. Rasguem o coração, e não as suas roupas. Convertam-se ao Senhor, seu Deus, porque ele é bondoso e compassivo, tardio em irar-se e grande em misericórdia, e muda de ideia quanto ao mal que havia anunciado (Joel 2.13 - NAA).
  • Já perdoei as suas maldades e os seus pecados; eles desapareceram como desaparece a cerração. Volte para mim, pois eu sou o seu Salvador. (Isaías 44.22 – NTLH) No mesmo sentido vale considerar também Isaías 55.7 – NAA; Marcos 1.15 – NTLH; Lucas 5.32 – NTLH; 2 Pedro 3.9 – NTLH).
Neste conjunto de textos aparecem vários sinônimos para conversão, como “voltar para Deus”, “arrependimento”, “receber o perdão”. O que há em comum é que a conversão pode acontecer e tem um pressuposto: o convite de Deus. Ele convida. A pessoa vai à festa ou não, para ficarmos na linguagem de Mateus 22 – em ‘A festa de casamento’.

Consideremos outro conjunto de textos da Bíblia:
  • ...ele nos salvou porque teve compaixão de nós, e não porque nós tivéssemos feito alguma coisa boa. Ele nos salvou por meio do Espírito Santo, que nos lavou, fazendo com que nascêssemos de novo e dando-nos uma nova vida. (Tito 3.5 – NTLH)
  • Pela sua própria vontade ele fez com que nós nascêssemos, por meio da palavra da verdade, a fim de ocuparmos o primeiro lugar entre todas as suas criaturas. Tiago 1.18 – NTLH)
  • Mas a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós é tanto, que, quando estávamos espiritualmente mortos por causa da nossa desobediência, ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. Pela graça de Deus vocês são salvos. (Efésios 2.5 – NTLH)
Aqui a ênfase recai sobre a ação de Deus – a conversão como obra de Deus. Deus traz para a vida; faz com que nasçamos outra vez.

Elencamos textos que representam a fundamentação bíblica das duas posições mais comuns sobre a conversão. De fato, há passagens mais que suficientes para embasá-las. Ou, há textos suficientes, claros demais, para ignorarmos simplesmente qualquer uma das alternativas. Todo o processo de renascimento acontece pelo chamamento e obra de Deus, sendo perfeito. Não cabe ressalva. Por outro lado, quando escolho ressaltar o envolvimento da própria pessoa, sou levado a apor alguma adjetivação, como arrependimento “sincero”, conversão “genuína”, volta “verdadeira”, fé “real”.

E é isso que a Bíblia diz sobre conversão. Ela não cria o conceito. Apresenta a realidade completa pela qual o pecador muda seu destino e modo de viver, lutando com a força que Deus lhe dá para evitar o pecado e crescer em consagração a Deus.

• Mário Rost, 62, nascido em Ijuí, RS, graduado em Teologia pelo Seminário Concórdia, de Porto Alegre, RS e Letras pela Universidade de São Paulo (USP), é pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) e Gerente de Desenvolvimento Institucional da Sociedade Bíblica do Brasil (“Engajamento com a Bíblia”).

A SBB
Desde 1948, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) tem a missão de “semear a Palavra que transforma vidas”. Trata-se de uma organização beneficente, sem fins lucrativos, assistencial, educativa e cultural. Sua finalidade é divulgar a Bíblia e a sua mensagem, tornando-a relevante para todas as pessoas. Para isso, traduz, produz e distribui a Bíblia — além de incentivar sua leitura e estudo — e desenvolve programas sociais que atendem a populações em situação de risco e vulnerabilidade social.


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