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Opinião

Livra-nos do mal

Uma oração mais para vencermos a tentação do que para evitá-la

Por John Stott

E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal. (Mateus 6.13)

Essas duas últimas petições da oração do Pai-Nosso na verdade são uma. Provavelmente devem ser tomadas juntas como aspectos negativos e positivos da mesma oração. Dois problemas, no entanto, nos confrontam.

Primeiro, a Bíblia nos diz que Deus não nos tenta, ou não pode nos tentar (Tg 1.13). Sendo assim, qual o sentido de orar para que ele não faça aquilo que prometeu nunca fazer? Alguns respondem interpretando “tentação” como “provação”. Uma melhor explicação, no entanto, está na união das duas orações do período: entender “não nos induzas à tentação” à luz da contrapartida “livra-nos do mal”, e interpretar “mal” como “o maligno”. Ou seja, é o Diabo que está à vista, que tenta induzir o povo de Deus a pecar, e de quem precisamos ser resgatados.

Segundo, a Bíblia diz que as tentações e provas são boas para nós (Tg 1.2). Se elas são benéficas, então por que orarmos para não cairmos nelas? A resposta provável é que essa é uma oração mais para vencermos a tentação do que para evitá-la. Poderíamos então parafrasear a petição: “Não permitas que sejamos levados à tentação e caiamos nela, mas que sejamos resgatados do mal”.



Olhando para trás agora, podemos observar que as três petições da oração do Pai-Nosso são maravilhosamente abrangentes. Em princípio, elas cobrem todas as nossas necessidades humanas – materiais (o pão nosso de cada dia), espirituais (o perdão dos nossos pecados) e morais (nosso livramento do mal). Quando fazemos essa oração, estamos expressando nossa humilde dependên¬cia de Deus em todas as áreas da existência humana. Além disso, um cristão trinitariano inevitavelmente verá nessas três petições uma alusão velada às três pessoas da Trindade, uma vez que é por meio da criação e da providência do Pai que recebemos o pão nosso de cada dia; é através da morte substitutiva do Filho que recebemos o perdão dos nossos pecados; e é por intermédio do poder do Espírito Santo, que habita em nós, que podemos ser livres do mal. Não é de admirar que alguns manuscritos antigos (embora não os melhores) terminem com a doxologia, atribuindo o reino, o poder e a glória a esse Deus triúno a quem eles pertencem com exclusividade.

Artigo publicado originalmente no devocionário A Bíblia Toda o Ano Todo, John Stott.

Imagem: Unsplash.


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O mal e o Maligno existem. E precisamos recorrer a Deus, o nosso Pai, por proteção.

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» O Mal e a Justiça de Deus – Mundo injusto, Deus justo?, N. T. Wright
» O Deus Que Eu Não Entendo – Para compreender melhor algumas questões difíceis da fé cristã, Christopher J. H. Wright
» Não imite o que é mau, por Ronaldo Lidório

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