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14 de fevereiro de 2023
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Condição da igreja na América Latina piorou de acordo com Lista Mundial da Perseguição 2023

Por Ultimatoonline

Quatro países latino-americanos estão na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023: Colômbia, Cuba, México e Nicarágua – a Nicarágua aparece pela primeira vez entre os 50 países.

Em média, a pontuação total dos quatro países aumentou 4,2 pontos, liderada pelo aumento de 8 pontos da Nicarágua. O início da perseguição neste país remonta a abril de 2018, quando a repressão do governo se intensificou após protestos públicos. Entre outubro de 2021 e setembro de 2022, o presidente Ortega e sua esposa tentaram silenciar qualquer voz contrária às suas decisões. A igreja tem sido um alvo particular – prédios danificados, estações de TV e faculdades fechadas, líderes religiosos expulsos – por causa da reputação de autoridade e legitimidade que tem no país.

As pontuações mais altas destes países também resultaram em classificações mais altas na LMP 2023. A Colômbia ocupa o 22º lugar na Lista 2023, oito posições acima do 30º lugar no ano anterior. Cuba subiu dez posições, indo do 37º para o 27º lugar, e o México subiu cinco posições, passando do 43º para o 38º lugar.

A corrupção e a ineficácia dos governos têm causado a deterioração das condições nesses quatro países. Esses fatos criaram espaço para que grupos criminosos e líderes étnicos surgissem, se fortalecessem e se tornassem fontes de perseguição. Redes criminosas estão crescendo e dominando amplos territórios.

Os incidentes violentos documentados pela pesquisa da LMP 2023 envolvem cristãos como alvo e têm sinais de crueldade. Os cristãos que resistem ao crime estão especialmente em risco em regiões onde grupos criminosos lutam entre si pelo controle territorial. Viver a fé tornou-se uma razão pela qual os seguidores de Jesus estão sendo forçados a fugir de suas comunidades e, às vezes, do país, por segurança.

O status legal especial e semiautônomo que as populações indígenas desfrutam em partes da América Latina é uma faca de dois gumes. Livres de algumas medidas de autoridade do governo central sobre a cultura e os costumes locais, elas também não têm assistência do governo central para resistir a elementos criminosos. Cidadãos indígenas que abandonam as tradições da comunidade para se tornarem cristãos são duplamente vulneráveis, expostos não apenas à atividade criminosa, mas também ao assédio da liderança indígena por causa da apostasia.

Há um antagonismo crescente em relação à presença da igreja na esfera pública, especialmente em relação à defesa do ensino bíblico sobre gênero. Marchas e manifestações em favor da autodeterminação de gênero incluem regularmente ataques a igrejas. A pressão leva à autocensura cristã.

Fonte: Tendências da Perseguição, Portas Abertas.

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