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Palavra do leitor

Viva por e não contra algo

"Se minhas palavras limitarem Jesus a um discurso, até comovente e belo, mas sem nos levar a acreditar na vida, no próximo e em nós mesmos, não passa de uma narrativa inócua ou sem efeito algum’’.

1 Coríntios 11.23-26

O por qual motivo participamos da denominada Santa Ceia ou da Ceia do Senhor, praticada, em boa parte das comunidades evangélicas, entre o primeiro e segundo domingo de cada mês? De certo, muitos veem como um momento de restauração e confirmação para seguir adiante, sem esmorecer, em meio as alternâncias da vida. Mesmo assim, não trazemos uma bagagem de situações, de orações, aparentemente, entravadas, de promessas, cada vez mais, distantes, de um abismo intransponível entre os discursos advindos do púlpito e a constatação de os anos, diante do espelho? Quem sabe, surge aquele calhamaço de justificativas, como – nada ainda aconteceu, porque você não fez por merecer ou porque falta sinceridade e seriedade, na sua oração, ou porque você não atende aos propósitos de Deus ou porque o inimigo de nossas almas está furioso ou porque há uma ausência de oração forte ou de jejum ou porque pecados não foram perdoados ou porque não há arrependimento ou por não ser o tempo da sua vitória e tudo isso não ocasiona estados de não ser merecedor ou de carregar uma dívida, em forma de punições e restrições? Ao participar da Ceia, as vezes, parece haver um acerto de contas, uma espécie de contabilidade de o quanto acertei e errei para, quem sabe, quiçá ou talvez, no próximo mês, tenha uma projeção maior ou mais exponencial de acertos, não é mesmo. Sem sombra de dúvida, em direção oposta, longe de rebaixar a importância do chamado de Jesus para estarmos ao redor da mesa e estarmos sem mascaras, com a remoção de todas as maquiagens das conveniências, de não ser aquilo que não é, enfim, de ser você mesmo. Não para ser diminuído, não para ser alienado, não para ser abominado, não para ser escorraçado, não para ser palco de escárnio ou de zombaria, não para ser condenado e lançado aos calabouços da culpa. Em direção oposta, perceber o quanto posso me refazer e concluir de que a vida deve ser vivida, compartilhada, experienciada em favor de algo e não contra algo. Nesta colocação, somos impelidos a ajudar e sermos ajudados a não se afundar ou permitir ser afundado no por qual motivo isto me aconteceu ou o que fiz para merecer ou será que trago todo esse peso para uma finalidade maior. Em direção oposta, diante dos eventos acontecidos ou ocorridos, como vou lidar ou o que fazer, a partir de agora e quem está aí e aqui para me ajudar? Ora, essas abordagens alteram os mosaicos ou os fragmentos de uma ceia mais assemelhada a uma inquisição, a um caça as bruxas, a uma deformação das consciências e faço um encontro de Martin Gray, um dos sobrevivente do Gueto de Varsóvia, na Polonia, autor do livro, com o título – "Por aqueles que Eu Amo’’, a qual, embora tivesse reconstruído sua vida, com uma nova família e filhos, ao término do Holocausto, acabou atingido pela perda de tudo (esposa, filhos e casa), devido a um incêndio e deixou gravado de que a vida deve ser vivida por alguma coisa e não contra alguma coisa. Deveras, não venho fechar os olhos e não reconhecer o quanto as perdas, as tragédias, as violências causam impactos, em nós, agora, temos a oportunidade de redimensionar nossa existência, não mais como antes, obviamente, e reconhecer o papel de Deus, daquele que tudo precede, não como um personagem indiferente e indecente, mas voltado a nos levantar, quando somos golpeados por eventos da vida. As palavras de um rabino hassídico, datado do Século 19, nos traz uma resposta sólida e coerente sobre o por qual motivo da Ceia, com benéfica declaração: ‘’os seres humanos são a linguagem de Deus’’ e, vou além, somos não apenas a linguagem, como também o escutar, o estender as mãos, o amparar com os ombros, o enxugar as lágrimas, os porta vozes para dizer – você é amado ou é importante, pelo que você é, e acreditamos que você pode ir adiante, além e fazer o melhor, ser útil e benéfico. Vejo a Ceia do Senhor, em Jesus, o Cristo, o Deus ser humano, como o chamado para nos inundar de força, de coragem, de perserverança, de destemor, de integridade e de dignidade para superar os desafios da caminhada. A Ceia traz os elementos simbólicos, tanto do pão quanto do vinho, da esperança para o hoje e da vivacidade para prosseguir, para ser fortalecido, para ser ajudado, para ser alentado, para ser libertado, em meio as adversidades, mais as oposições, em meio as tensões. Vou adiante, a Ceia nos chama para está ao redor, sermos iguais, segundo a condição de valor a toda vida humana, de um não ao egoísmo e de não um não a todo individualismo doentio. A Ceia do Deus ser humano Jesus Cristo nos ajuda a ser parte das boas novas e não das más novas, sem nenhuma utopia, porque a vida é complexa, é intricada, é de dissabores e pode, apesar disso, nos oferecer nuances ou diversidades de vida.
São Paulo - SP
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