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Palavra do leitor

Três crônicas e uma poesia!

No espaço do leitor, tenho o privilégio de conceder-lhes três crônicas (Às 15 horas, O boi e a galinha e O relógio e a vida). e uma poesia sobre o silêncio. Deus os abençoe!

Às 15: 00 horas
Um homem? Um paria? Um coxo? Um sei lá! São tantas coisas! Agora, um homem? Não!...
Uns homens? Muitos homens? Os mesmo homens! Sobem as escadarias. Todos em direção ao rito sagrado. Passos apressados e compassados revelam as contradições e puerilidades, guardadas a sete chaves.
- Uma esmola!
A sonoridade dessa frase não chega a incomodar. Faz parte de um cenário envolto pela areia e olhar de indiferença. Nada pode sobrar. A esperança soterrada em algum lugar remoto. Nem Deus pode acudir.
Quem pecou? O pai ou a mãe? Que trama pode ser essa? Por que o basta não chega? Melhor assim. Os bons homens ficariam privados de suas justificativas. O templo sucumbiria num piscar de olhos. E, quiçá, sem pestanejar, Deus deixaria de, literalmente, existir.

O boi e a galinha
Na última quinta-feira, tive a oportunidade de encontrar, no Terminal P.D Pedro, um boi e uma galinha. Até aí, nada de anormal! O que me chamou foi ver o boi e a galinha olharem fixamente para um homem dentro de um restaurante. A curiosidade já havia infectado todo o meu ser. Então, sem mais adiar, me aproximei para acabar com essa curiosidade. E ouvi o falar:
- Está vendo galinha aquele homem comendo?
A galinha respondeu:
- Sim!
O boi fez outra pergunta:
- O que você diz?
A galinha rodou e rodou em bobagens, mas não chegou a nada.
O boi então disse:
- Você percebeu que aquele homem está comendo um suculento bife e um ovo frito por cima?
A galinha mais desorientada que cego em tiroteio:
- E daí!
O boi prosseguiu:
- O que é mais importante para aquele homem?
- Para você será o ovo ou bife?
A galinha:
- Sei lá!
- Para mim tudo é a mesma coisa!
O boi taxativamente disse:
- Não, não e não!
O ovo apenas representa a sua participação, mas o bife representa uma parte minha ali.
Moral da história:
1. Eu posso participar, mas não me comprometer, assume a responsabilidade e o compromisso pelo bem-estar de alguém (a começar pelos meus irmãos (as) em Cristo (Gálatas 6. 10 b).
2. Valendo-me da propaganda do gelol:
- não basta penas participar, tem que se comprometer, reconhecer a necessidade de dependência diante do Espírito Santo e ser cultivado pela alegria, pelo êxtase e sorriso da Graça.

O relógio e a vida
As seis da matina, ou até bem antes, o relógio toca e ressoa. Aí concluo a imprescindível interrupção do ócio. As sete da matina, ou até bem antes, lá nos encontramos em algum meio de transporte. Via de regra, imbuído de faces exauridas, quietas, aguardando mais um dia de monotonias e agendas a serem cumpridas.
As oito da matina, ou até bem antes, damos início às articulações de esforços em prol de alvos a serem consumados e suportados. As dez da matina, ou até bem antes, adentramos num estágio de súplicas pelo desembocar da transição do dia para a tarde.
As doze, ou até bem antes, paramos e devoramos inexoravelmente a artificialidade dos faast-food, ou das marmitas aquecidas, ou dos refinados restaurantes regados a vinho e apetecíveis guloseimas.As duas, ou até bem antes, continuamos a laborar com certo ensejo de que tudo pudesse mudar e fôssemos conduzidos para uma realidade menos tensa e densa. As quatro, ou até bem antes, pulamos no cerne do nosso ser, aguardando o findar de mais um ciclo, um dia em que Kronos esteve ao nosso lado.As seis, ou até bem antes, retornamos para o cantinho do que deveras somos esperando ou tentando se desconectar da celeridade do cotidiano. As oito e dez, ou até bem antes, preparamo-nos para o ócio.
Uns não o terão, devido às ânsias de uma decapitação noutro dia. Já outros, devido às vulnerabilidades causadas por um outro. Alguns tentarão por meio de expedientes químicos. As vinte e quatro horas querem queiramos ou não, seja aqui ou acolá, o relógio e a vida patenteiam a sua presença impactante em nosso itinerário de ser e viver.

O Silêncio
O silêncio traz um quê de insosso.
Parece que não e nem precisa dizer nada.[1]
Não sente, ecoa, acena e toca.
Mesmo não tateando,
vai me lançando nas mais agudas tensões,
parecendo estar munido de um propósito já traçado,
na intenção de esmiuçar a minha alma
e lançá-la nos mais agradáveis dos enganos.
Seja na cozinha, com o relógio batendo tic-tac,
o ronco oriundo de lá do quarto
e soturno servindo de pano de fundo lá fora.
Que coisa estranha, mantemo-nos numa boa
convivência.
Aqui está.
Por si só, faz-me compreender um pouco mais
da finitude e de quão enigmática pode ser a vida.
São Paulo - SP
Textos publicados: 362 [ver]

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