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Palavra do leitor

Sou um traficante!

Invadíamos, na década de 1940, início da de 1950, o território das meninas [brincar de casinha ou de bonecas] exercendo o papel coadjutor de “pai”, “tio”, “avô”, “irmão mais velho”.

O tabu, para os mais idosos [nossos pais], era que “homem não brinca de boneca, nem de casinha”, preocupados que estavam com a masculinidade dos varões.

Foi assim que projetamos para o futuro, duas décadas depois [anos 60/70], famílias estáveis, bons profissionais, boas mães [e pais]; pessoas sãs, educadas, cristãs, responsáveis; e foi essa geração que ajudou a construir a sociedade de hoje, adiantada cultural e tecnologicamente, com recursos inimagináveis à época.

[Para evitar o desconforto feminino: citamos, apenas, “boas mães” porque, na época, ainda, as mulheres não haviam saído para exercer profissões extra-lar].

O lar, a família eram instituições muito fortes, célula “mater” da sociedade.

Há poucos dias, na cidade de Vitória (ES) três crianças uma de 10 e duas de 12 anos brincavam de traficantes; portavam armas, por elas fabricadas de cano de PVC e madeira, bem parecidas com armas de verdade.

Portavam elas dezenas de trouxinhas de plástico, contendo leite em pó e achocolatado, representando cocaína e maconha.

Leia

Correram riscos de serem baleadas pelos policiais que fizeram a abordagem, eis que os traficantes de “verdade” fugiram ao perceberem a chegada da viatura policial.

As crianças, ao serem perguntadas, responderam que estavam brincando de traficantes; por certo, em seus sonhos [acordadas] diziam, com orgulho: “sou um traficante!”

Pior, deveriam se achar o máximo, cópias xerocadas, e autenticadas, de seus heróis, os próprios pais, tios, avós e irmãos mais velhos.

Esse é o grande perigo dos adultos fazerem as coisas não observando ou sequer se importando para o fato de que crianças estão por perto assistindo e ouvindo tudo.

Sempre dissemos que as crianças fazem tudo exatamente igual ao que veem seus pais fazerem, motivo pelo qual os adultos devem ter o cuidado com a língua e com as atitudes, pois a criança está sempre “antenada”, sempre ligada no que acontece ao seu redor, mesmo quando está brincando ou praticando alguma outra atividade.

Lembramo-nos que, há umas duas décadas, um dos nossos filhos arguido por uma senhora sobre a razão pela qual era tão “certinho”, respondeu: “meus pais [pai e mãe] traçaram uma linha [de conduta] muito forte, e, quando nos desviamos, um milímetro que seja, lembramo-nos dos ensinamentos, dos exemplos de vida deles, e retornamos [eu e meus irmãos] imediatamente à linha de conduta que nos foi ensinada”.

Jamais foram orientados à força, mas ensinados através de exemplos, com atitudes, palavras, posturas muito regulares e inatacáveis.

Nunca levaram surras, nunca foram agredidos, sequer verbalmente, uma espécie de observância do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, muito antes dele existir.

O “ECA” daquela época se chamava “Provérbios 22. 6”: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e mesmo depois de grande não se desviará dele”.

Pela graça de Deus, nossos filhos não tiveram qualquer desvio de conduta.

Hoje as crianças brincam de traficantes e devem achar uma glória o "poder", o exemplo dos mais velhos, cujas vidas são ceifadas muito cedo pela prisão ou pela morte em tiroteios com a polícia. Isso as crianças não temem [ou não sabem]!

“São assassinadas, por ano, no Brasil, segundo o Ministério da Justiça, nada menos que 50 mil pessoas, média de 136 mortes por dia, índice de guerra civil. São vítimas, na quase totalidade, do crime organizado, que tem no tráfico de drogas o seu epicentro. Na guerra do Iraque, a média diária era de 35 homicídios de civis, por dia, segundo dados divulgados pela ONU ao final do conflito” [Drogas, a Peste do Século- Senadora Kátia Abreu – FSP caderno B5, 08.08.2012].

Citamos, a seguir, palavras sábias, lidas na semana anterior: “Antes de pedir que suas ovelhas [seus filhos] os imitem, sejam vocês mesmos imitadores de Cristo para transmitirem a imagem correta e não a imagem chamuscada” (Rev. Élben M. Lenz César – “De Cima para Baixo” – Devocionário Refeições Diárias no Partir do Pão e na Oração – pág. 263).

Essa história, das crianças brincando de traficantes, seguindo exemplos de adultos de sua convivência, nos faz lembrar palavras experientes do Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, na sessão de 29.08.2012, julgamento da Ação Penal 470 [Mensalão]: “Descemos na escala da degradação”...

Escrevemos algo parecido, em 2001: “o mundo está descendo as rampas inferiores do longo declínio espiritual, moral, ético e social.”

Reiteramos [do texto anterior]: “O tempo da Salvação se encurta, não podemos perder oportunidades de semear a Palavra de Deus para que os alcançados se arrependam, confessem seus pecados a Deus, e mudem de rumo [conversão é mudança de rumo].”
São Paulo - SP
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