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Palavra do leitor

O super-homem se encontra com Deus, por causa de suas limitações

Texto de Mateus 28.20

O sofrimento parece ser um caminho a ser vivenciado por cada um de nós. Não há escapatória, como se estivéssemos sujeitos a expericienciá-lo e sem nenhuma condição de o enganar, de o passar para trás. Ora, falo de um culto ao sofrimento, de uma veneração a aflição, como uma forma de ascensão e elevação espiritual e existencial? De maneira alguma, agora o quanto isso demonstra o quão frágeis somos. Afinal, qualquer um de nós pode se machucar, termos fraturas, tanto de ordem física quanto emocional, e, não paro, por aqui, vamos envelhecer e envelhecer dói, traz perdas, alterações e modificações nem sempre das mais apetecíveis. Anota-se todas essas confirmações causam angustias, inquietações, revoltas em muitos, porque emerge um questionar sobre qual a validade de lutar para ser feliz, para prosperar, para avançar e para ser alguém? Se tudo terminará! As vezes, debruçamo-nos em nossos pensamentos e perguntamos: o por qual motivo o Deus da bíblia permitiu haver na sua criação, nesse mundo, tantas contradições, uma criança com um diagnóstico de neoplasia maligna, um pai de família atropelado por um jovem sobre os efeitos do álcool, famílias desmoronadas por pessoas egoístas e indiferentes, ditadores que por um prazer mórbido dilaceraram milhões e milhões de vidas humanas e etc. A obra do escritor Russo Dostoiésvski, intitulado de os Irmãos Karamázov, através do personagem Ivan, o super homem ateu, e, o seu contraponto, Aliócha, declara que sua descrença não está em Deus, mas no mundo que Ele criou e não posso concordar com o mesmo. Lá no fundo, queremos levantar a face para o ceú, como uma janela aberta, e chamar a Deus para uma conversa franca, aberta, séria, sincera e sem ladainhas sobre o por que eu e por que ou para que tudo isso, a qual se apresenta como um desabafo de alguém honesto e não covarde, diante de suas vulnerabilidades e sem vitimismo ou comiseração ou coitadismo. Decerto, quer creiamos ou não, formos criados com limitações e tais aproximam o Ser onipotente, onisciente e onipresente. Dou mais uma pinçada, se não houvesse as limitações, não teríamos conexões, não teríamos desafios, não teríamos aprendizados, não teríamos como lidar e enfrentar os reveses, as oposições, as respostas bombásticas e desabonadoras. Negar seria uma temeridade, por causa das limitações, nós existimos, nós amamos, nós insistimos, nós nos refazermos, nós removermos os entulhos de idéias mortas, nós olhamos para nossas derrotas e decepções (choramos, até nos desesperamos, lavamos o rosto, embora não mais como antes). Isso me levou a essa correlação com o título dessa elucubração ou minuciosa reflexão, o Super-Homem, Eu e Você, nos encontramos com Deus, por causa das nossas limitações. A ideias do Super-Homem ora criado em 1938 por Jerry Siegel e Joe Shuster, apto a realizar toda uma sucessão de prodígios, com o desdobrar do tempo, passou a ser algo enfadonho e sem ligação com as pessoas. Destarte, introduziram as limitações ao super-homem, débil ao ser exposto a criptonita e isto reaproximou esse personagem dos leitores e dos fãs. Nenhum super-herói capaz de tudo, não passa de um vazio, de algo vago, de uma narrativa de nada ou de um nada. Eis a mensagem do evangelho da Graça das Bem-aventuranças, porque não faz vistas grossas para nossas limitações, adentrou nos meandros ou nos enredos da humanidade, com suas e por causa de suas limitações, para nos tornar em algo a mais, em algo diferente, em algo modificado, em algo melhor e, tão somente, vidas humanas limitadas, como eu e você, podem vivenciar isso. Todas essas colocações são convincentes e ainda assim não podemos nos desvencilhar ou nos depreender dessa pedrinha no sapato ora chamado de sofrimento, de aflição, de dor, quando estamos diante de um sonho desfeito, de um projeto desmoronado, de um ente querido envolto por um malefício, de um cenário marcado pela solidão e pelo abandono, de atos e gestos de traição e covardia de quem jamais esperávamos e acabamos por abrir a mesma gaveta: como pode um Deus (Pai da Eternidade, Princípe da Paz, Maravilhoso Conselheiro, Salvador e afins) não fazer nada, permitir tudo isso e aparentar ser conivente? As declarações movidas por uma indignação lógica e justa não pode ser descartada, o desabafo não pode ser retido e o regurgitar da dor e da revolta não são desconsiderados. Em meio a todas essas turbulências, a questão está em lançar o que está ruim, o que não está bom, o que está mal em uma situação ainda pior, catastrófica, deplorável, insuportavelmente pior e inflige um ódio em face de si mesmo. Qual a saída para trilhar por uma vida, mormente a mercê de dissabores e ingratidões? Acredito, piamente, não ser pela via do pensamento ou da espiritualidade, mas sim pela percepção de que o Deus Ser Humano Jesus Cristo nos amou e nos ama e nos justificou e nos justifica, por causa das nossas limitações.
São Paulo - SP
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