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Palavra do leitor

O aborto e a renúncia

Salmos 139. 13-16

O aborto se apresenta como um assunto acarretador de inquietações, em qualquer pessoa compromissada com a vida e comprometida com o ser humano. Nessa linha de discussões acirradas e acaloradas, de um lado, as feministas e movimentos progressistas, como os aversivos a tradição judaica-cristã, se pautam na plataforma discursiva de a mulher não ser tratada como um meio, um objeto ou uma coisa. Ora, até, aqui, sem nenhum óbice ou empecilho, também concordo. Agora, tais, também, valem-se do enfoque de meu corpo, minhas regras ou no meu corpo, mando eu. Então, como essa abordagem reduz a mulher ao querer, logo, nada mais contraditório e o que está por trás de tudo isso se encontra na conceituação da liberdade, segundo as minhas impressões subjetivas e não a partir de padrões que nos precedem. Aliás, narrativa apreciável, com ênfase, diante de uma geração narcisista, vitimizada, ofendida e indiferente, por isso, encontra tamanha projeção e aceitação, por parte de uma realidade repulsiva a ideia de responsabilidade pelos seus atos. Além disso, se um blastocisto (um conjunto de estruturas embrionárias que inclui os blastócitos, células primordiais do embrião e dos anexos embrionários, a blastocele, cavidade que divide esses dois tipos celulares, e a zona pelúcida do óvulo, principal responsável por manter estas células unidas), a qual engloba um conjunto de células, considerado pela ciência como um ser humano em potencial, embora não pleno. O que dizer, por consequência, de um feto? Dou mais uma pinçada, agora, dentro dos enredos cristãos e reformados, a quem Deus estabeleceu como sua imagem e semelhança? Serão os animais, as plantas, as árvores, os oceanos, os rios, o cosmo, o universo ou o ser humano? Nessa linha de afirmação, ao ser imagem e semelhança, somos responsáveis e responsáveis por nossos atos e escolhas. A questão ou o pomo de discórdia se ancora no caso em que se retira a condição de ser responsável, como eventos de estupro e violência sexual (incesto, atos pedófilos, abusos sexuais), porque essa mulher não obteve a condição de exercer sua liberdade de escolha e decisão. Destarte, adentramos no confronto de dois direitos basilares, o da liberdade de escolha e decisão, com o preceito de ser responsável, e, de outro lado, o direito de uma vida, mormente em potencial, de se expandir. Atentemos, a discussão do aborto, como se observa e está em propagação, derruba-se, plenamente, porque ser livre implica exercer a liberdade sem renunciar do ser responsável, quer isso seja aprazível ou não. Em contrapartida, são as ressalvas que nos desafiam, principalmente, porque ser cristão envolve renúncia e sacrifício, até, inclusive, diga-se de passagem, das nossas emoções, das nossas impressões, das nossas volições. Ademais, será que estamos ligados ao espaço da Cruz do Ressurreto para conceder amparo e aparato aos atingidos por situações de arbitrariedade, a qual arruína o ser responsável de uma pessoa, com o encontro de duas situações de categórica importância, como a questão da liberdade de escolha e do ser responsável e da vida em potencial. Afinal de contas, se lermos o aborto, segundo a perspectiva das impressões subjetivas ou do querer, sem sombra de dúvida, sua realização não enfrentará muitos entraves, entretanto, somos seres de consciência e de liberdade, a qual não está atrelada ao querer, propriamente dito, e isto se entrelaça com responsabilidade. Anota-se, estamos diante de uma questão delicada, referente ao caso de uma condição anulada e de uma vida em potencial, e que nos leva a como lidar com essa situação, com essa verdade e sem as contradições, tão fluentes, atualmente, a qual desqualifica a vida humana e eleva a de um animal, a de uma planta, a de uma ideia.

Baruch Há Shem!
São Paulo - SP
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