Jesus Cristo homem

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"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (1 Timóteo 2:5).

Foi Jesus uma mulher? Me perguntou seriamente um colega de trabalho, um operário alemão, no horário de pausa, na cantina da empresa em que trabalhávamos.

Em seu romance A Cabana, o autor apresenta inicialmente Deus como uma mãe. Que se revela para um homem que tinha um bloqueio psicológico com a figura paternal masculina. Após toda a "terapia" na Cabana, Deus se revela finalmente como o Amoroso Pai, que é.

"Jesus Cristo humano" ou "Jesus Cristo pessoa" seria talvez a melhor tradução para o texto acima. Lutero, na língua alemã, valeu-se do termo genérico "Mensch" e não do masculino "Mann". Mas é a tradução alemã... De fato, a palavra original grega ἄνθρωπος (anthropos), usada por Paulo, se refere a um termo genérico. Todos nós a conhecemos pois é ela que está na raiz de algumas palavras portuguesas, como no caso de antropologia – que é a ciência que estuda os homens... quer dizer, os seres humanos. Sim, pois em nossa língua homem é sinônimo de humano.

Por isso Jesus Cristo, além de homem, masculino, é também humano, como qualquer um de nós. Mas menos que puramente humano, Jesus foi também homem. E que homem! Jesus foi a masculinidade perfeita, pois em tudo que foi, Ele foi perfeito. E o que é o macho perfeito?

Jesus em tudo foi tentado. Mas em nada sucumbiu. Resistiu todas as tentações. Em tudo foi semelhante a nós, mas sem pecado. Jesus teve que resistir, máscula e varonilmente, a todas investidas do inimigo. E lutou como um guerreiro. Davi derrotou o gigante Golias. Jesus derrotou o Diabo e a Morte.

Jesus conversava de igual para igual com mulheres. Até mesmo estrangeiras, prostitutas, várias vezes divorciada, sem diminui-la subestimando-a ou sobrecarregando-a com fardos morais. Pelo contrário, Ele a eleva a confidente. Assim que desvenda os segredos do coração daquela samaritana também confidencia os seus. E se declara, de primeira mão, como o Cristo, o Messias prometido.

E assim foi Ele o tempo todo ao se relacionar com o gênero feminino. Desde seu nascimento, sendo miraculosamente concebido por uma virgem. No trato com sua mãe, com suas irmãs, e depois com suas discípulas. Com as mulheres judias na via sacra e com sua mãe na cruz. Com Maria Madalena em sua ressurreição. Jesus respeitou, protegeu, honrou, amou. Por isso a igreja cristã e chamada figurativamente de a noiva de Cristo e Cristo é o seu noivo.

Jesus é o macho por excelência - o homem masculino – porque em tudo foi um cavalheiro. Gentil, bondoso, manso e casto. Sendo rico se fez pobre. Ele tratou todos com amor verdadeiro e divino. Tanto as mulheres como os homens, e as crianças. (Crianças não nascem homens e nem mulheres. Crianças nascem crianças, e almejam ser homens e mulheres). Jesus foi firme. Seu sim era sim, e seu não era não.

Jesus também foi macho o suficiente ao tratar com seus pares masculinos. Isso não significa que foi um Alfa. Sim, Ele é o Alfa, mas não só o Alfa, Ele também é o Ômega! Jesus liderou servindo. Lavou os pés. Curou. Tocou leprosos. Perdoou pecados. Não guardou rancor. Não teve sede de vingança. Libertou e deixou livre. Viveu e deixou viver. Jesus fez amigos. Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Jesus ensinou e orou. Foi celibatário. Viveu uma vida dedicada às coisas espirituais e da religião, mas também trabalhou com suas próprias mãos. Não discordo dos teólogos da Libertação que afirmam que Jesus foi tão humano (misericordioso) que só poderia ter sido divino. Mas vou além: Jesus foi tão homem que só poderia ter sido masculino. Verdadeiramente Homem para nos revelar verdadeiramente Deus: o Pai, gerador e provedor de toda a vida.

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Opinião do leitor