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Palavra do leitor

Igreja e Política: uma salada indigesta

Cada vez mais as igrejas estão se envolvendo, e com mais força e mais afinco, na política partidária. Na Câmara dos Deputados, existe a chamada bancada evangélica que é composta por 76 deputados que formam a Frente Parlamentar Evangélica. Destes 76, nada menos do que 24 pertencem á Igreja Assembléia de Deus, segundo dados do jornal Folha de S. Paulo do dia 22 de julho de 2012. É uma representação forte e nada desprezível dentro do contexto da Câmara dos Deputados.

Este ano, por ser um ano eleitoral, esses assuntos vêm á baila e dão ensejo a vários comentários contra e a favor desta mudança numa igreja que tradicionalmente sempre foi avessa á política partidária. Realmente, muita coisa mudou, pois muitas igrejas hoje são verdadeiros comitês eleitorais com direito a discursos inflamados e propaganda mais do que explícita. O que chama mais a minha atenção é que a grande maioria das igreja apóia os candidatos que estão no poder, deixando bem clara a sua intenção de continuar no poder. Antes, os políticos é que procuravam as igrejas atrás dos votos dos fiéis, hoje muitos pastores procuram os políticos e até se candidatam e envolvem a igreja nesta trama perigosa que para muitos é também diabólica. Gostaria muito de poder entender todo este imbróglio.

Segundo o jornal supracitado, a Assembléia de Deus espera eleger mais de 5600 vereadores em outubro. Animada com os dados recentes do IBGE, que dão conta do grande crescimento dos evangélicos no Brasil, esta que é a maior igreja evangélica do País, hoje centenária, espera "fazer bonito" nestas eleições. O poder temporal, humano acompanhado das benesses da política encoraja muitas pessoas a irem á luta e sonhar com a possibilidade de se eleger a um cargo que dá, no mínimo, quatro anos de poderes quase absolutos. Afinal, estamos no Brasil, e o político aqui é como se fosse um pequeno rei, inclusive com direito a coroa e trono.

Conheço muitos crentes que não concordam com essa guinada que a igreja evangélica deu em relação á política partidária. Por outro lado, muitos que eram contra agora são favoráveis a tudo isto. Isto me lembra o Imperador romano Constantino (270 a 337 DC), que "se converteu ao cristianismo" e causou muitos males á igreja de então associando a igreja com o paganismo da época. Foram disseminados péssimos costumes com os quais sofremos até os dias de hoje. Guardadas as devidas proporções, hoje muitos políticos estão "se convertendo ao evangelho" e depois simplesmente somem das igrejas e deixam os pastores literalmente falando sozinho. Já vi muitos casos semelhantes. Mas a tentação é muito grande e muitos pastores hoje usam as "suas igrejas" para eleger alguém e depois tentam tirar proveito desta eleição. É o famoso "é dando que se recebe" que nem sempre funciona a contento. Infelizmente, é assim.

Quem não concordar, que saia da igreja e procure outra que ainda não se vendeu á política partidária. Difícil é encontrar alguma que ainda não se envenenou com o poder político e temporal. O que será que Deus pensa de toda esta orgia?
Mogi Guaçu - SP
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