Contra-argumentos = argumentos contra?

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Há contra-argumento, evidentemente, ao que alguém diz, que, latentemente, é argumento contra ao que a gente disse e/ou dirá. As 3 histórias seguintes são tentativas de mostrar como devemos ter cuidado, pois o, aparentemente, lógico pode ser, realisticamente, ilógico.

1- Tradução / Fundamento:

§ Não faz muito tempo, entre os evangélicos brasileiros a Bíblia, na tradução do Pr. João Ferreira de Almeida, circulava, quase só e polarizada, em duas versões, chamadas Corrigida e Atualizada. A 1.ª era da Imprensa Bíblica Brasileira, da Convenção Batista Brasileira, e a 2.ª, da Sociedade Bíblica do Brasil, indenominacional e, de certa forma, interdenominacional. Em tempo mais remoto, a Corrigida mantinha, entre muitas, as palavras caridade, mancebo e toscanejar, na Atualizada, respectivamente, amor, dormitar e moço; portanto, esta, fazendo jus ao nome, mais atualizada que outra, quando surgiram. Além dos batistas da Convenção Brasileira, e das Assembléias de Deus, grupos mais conservadores (teologicamente!), e, mais, fundamentalistas (!!!), usavam a Corrigida; e os presbiterianos, por exemplo, e outros grupos preferiam a Atualizada.
§ Fiquei sabendo que um ferrenho defensor da Corrigida ou ardoroso discordante da Atualizada disse, noutras palavras, isto: Atualizada? Vê se a Palavra de Deus precisa ser atualizada! Aí, pensei: Por quê ele não pensou também: Corrigida??? Vê se a Palavra do Senhor deve ser corrigida!!! – Vê-se que isto é mais sério que aquilo, pois corrigir mexe mais que atualizar, não contando que, se não atualizar u´a tradução, ela acabará dizendo o contrário do que deveria e quereria estar dizendo.

§ Então, ao querer quebrar o argumento de alguém, cuidado para não espatifar o seu, e, você mesmo espatifar-se no chão.

2- Celebração / Sacramento:

§ Certa vez, eu estava no Espírito Santo, onde, numa região rica em plantações de café, na “operação ´caça´ presbiterianos”, do meu pastorado da Igreja Presbiteriana de Mutum (MG), descobri boas dezenas de co-denominacionais, ali, portanto, começando ponto de pregação, imediatamente e, mediatamente, Escola Bíblica Dominical.

§ Numa quinta-feira, fui levar a Ceia para irmãos, e, aproveitando, perguntei ao membro de doutra denominação se ele queria participar. Ele, pertencendo a um grupo que celebrava a Ceia só em domingo, e, de manhã, perguntou-me se estava certo ministrar a Ceia numa quinta, à noite. – Aproveitei para dizer para ele que Cristo instituíra a Ceia num domingo, mas – para quem quer ser literal! – o foi num domingo de noite!!! Lembrei-lhe, outrossim, que, quando, numa noite dominical, Paulo fora obstruído na distribuição de pão e cálice, por causa do tombaço do jovem que toscanejou, Êutico, ele o fez na alta madrugada da 2ª-feira, e, que isso mostrava que, mesmo que idealmente, devamos ter a Ceia no domingo de noite, realmente, pode ser noutro dia e turno.

§ Então, ao querer quebrar o argumento de alguém, cuidado para não quebrar o seu, e, mais, mostrar que o do outro é mais inteiriço.

3- Adição / Tratamento:

§ Um irmão britânico aceitava coisas que seu grupo denominacional não concordava, inclusive o tratamento reverendo.

§ Um dia ele brincou, mais ou menos assim: Não pode tratar ninguém de reverendo, pois só Deus deve ser reverenciado; nem pastor, pois Jesus é Pastor; nem senhor, pois só Deus é Senhor; e, nem pai, pois Deus é Pai... Pois, sabe-se que tudo usado para o homem é aquém e limitado...

§ Então, ao argumentar contra o tratamento reverendo, o raciocínio tem de ser aplicado a todos tratamentos.

Enfim, temos de ter consistência e coerência em nossa argumentação, para ela não nos pegar. Aí, o que parece lógica, perece como ilógica. Além e acima dos exemplos dados acima, sei que você têm muitos outras histórias para contar! Fiquemos, por enquanto, com estas!!!

(Tripas/tri-Paz – 433).

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Opinião do leitor