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Palavra do leitor

Continuo admirado com Cristo!

Ele não recuou. Não negociou uma estratégia com Satanás, o pecado ou o mundo. Sua glória moral foi calar a todos, e quem contra Ele falava, anulava-se a si mesmo. Deste modo soam ocas as considerações do establishment religioso vigente. O poder emanado e vivenciado pelos governantes se esboroava na singularidade da cruz. Onde era flagrante a realidade de seu poder atemporal e transcendental, anulado por vontade própria a fim do triunfo final. Donde concluímos que suas ações sejam minimamente calculadas, jamais um recuo estratégico. Nem de longe masoquismo!

A suprema contradição de sua morte era a condição irremediável de sua vida, enfermo que estava de amor. Se não viesse e morresse aqui, nada poderia ser feito pelo homem. A palavra chave para entender o absurdo de sua morte segundo os homens, é incompreensão, uma vez que nada nele se encaixava em nossa ótica. Quem de nós seria capaz de sofrer por alguém desconhecido? Qual de nós pagaria um preço tão alto, mesmo que os beneficiados o rejeitassem? Algum crédito, então, deve ser dado aos conterrâneos, pois era demasiadamente incrível e ilógico, que um messias tão logo eleito e reconhecido, fosse morto brutalmente. Nem o eco das palavras do profeta messiânico: ...ao Senhor agradou moê-lo... fazem nossa mente acalmar. O modo singular e singelo pelo qual se entregou, sem questionamentos quanto à vontade de seu Pai, nem sobre o quanto a humanidade o amava, nem sobre qualquer outra reciprocidade, faz calar fundo o drama daquela última semana.

No instante final jantou numa mesa em discórdia. Um queria ser maior que outro, mas ninguém queria ser servo. Ele permaneceu incólume das primeiras às últimas provas. Enxergo na desavença a tentação para a auto-glorificação, mil vezes pior de que o sexo, a bebida ou a idolatria. Um balde de barro (vaso, diriam!) reduziu drasticamente sua estatura, e ele seguiu o roteiro, fazendo o que estava previsto. Quem quiser ser o maior seja o menor, disse numa das lições finais enquanto lavava-lhes os pés. Minha admiração não encobre que Ele era maior mesmo assim. Ele não se ausentou dos problemas. Quem sabe, conhecendo seus corações evitasse o choque final, contudo, decidiu estar presente. Até mesmo ao traidor deu a demonstração de que tudo que estava previsto aconteceria, quando ordenou irem à cidade e encontrar o dono do Cenáculo. Judas creu, mas não obedeceu, tal como àquele que o incitava. À mesa, lhe disse em silêncio com seu gesto: Vocês me trairão, mas eu faço questão de lhes dar o pão! Sofreu calado as dores mais cruéis. Olhando-o assim nenhuma beleza víamos, mas as pepitas sofrem para serem lapidadas. Ou ele não seria tão humano assim?

Não sei se via o caos moderno que fizeram de suas ordenanças, mas ele sofreu pelos pecadores. Se é assim, tivemo-lo como sua própria sorte o quis, e não formatado como desejávamos. A colheita final fará a diferença entre os que o servem, entre os que mercadejam sua Palavra, entre os que buscam seus próprios interesses, cada um veja como edifica?! Ele não vislumbra o curto prazo, nossa vida êfemera de 80 anos, no máximo, é apenas um flash em sua eternidade. Ao fim da era humana surgirá triunfante para reunir seus verdadeiros adoradores, aqueles procurados por Deus, como Ele dissera à mulher samaritana. Portanto, não é apenas querer ou achar bonito, é preciso tomar a cruz e partilhar o sofrimento, a dor, a ansiedade, mas também vislumbrar a glória que em nós há de ser revelada. Por ela sofremos, martirizando nossos desejos, abdicando do apetite temporal, crucificando nosso eu, sabendo que não foi com ouro, nem com prata, mas com o poderoso sangue do cordeiro imaculado, que fomos comprados de uma vida miserável, condenada ao fracasso eterno, para nos assentarmos à mesa.

Um dia veremos como tudo faz sentido, como nossa admiração presente representa tão pouco diante do que nos reserva o futuro. Hoje nos vemos brindados por laivos de seu amor, mas um dia Ele será tudo em todos. Enquanto não chega o bendigamos por sua dolorosa morte. Feliz Páscoa, não aquela dos ovos e das festas saborosas, mas a da lembrança de cruz e morte, e ressurreição ao final! Continuo admirado de que tenha me amado. E você?
Igarassu - PE
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